Política

Giseli Boldrin Rossi: a vereadora mais votada de Nova Pádua

Primeira mulher a presidir a Câmara de Vereadores, Giseli Boldrin Rossi, 41 anos, agora também ostenta o título de vereadora mais votada nas eleições de 2024. Agricultora, mãe de dois filhos e professora  com oito anos de dedidação, Giseli agora se consagra pela sua força na política paduense.
A vereadora reeleita com 208 votos pelo Progressistas (PP) possui graduação em Licenciatura em Geografia e pós-graduação em História e Geografia do Brasil e Gestão Escolar. Em seu novo mandato, Giseli se compromete a lutar por melhorias em áreas essenciais como agricultura, infraestrutura, esporte e saúde. 

O Florense: O que a levou a entrar na política?    
Giseli Boldrin Rossi: Fui motivada, principalmente, pelos três jovens que entraram quatro anos antes: Danrlei Pilatti, Maico Morandi e Jéssica Boniatti. Aos 18 anos, eles concorreram se elegeram e demonstraram muita vontade de fazer mais pelo município. No período deles, em especial do Danrlei como presidente da Câmara, iniciaram-se as transmissões ao vivo das sessões, e comecei a acompanhar de casa os trabalhos do Legislativo. A partir disso, senti vontade de contribuir com o município, levar as minhas ideias e fazê-las acontecer.

Qual o sentimento de ser a primeira mulher presidente do Legislativo e, agora, a mais votada na eleição?
Me sinto no compromisso de deixar um bom exemplo para todas as gerações, para todos os futuros presidentes, em especial, para outras mulheres que venham a assumir esse cargo. Quero deixar um bom exemplo para que mais mulheres venham para a política. Sobre a votação expressiva, foi uma surpresa. Devo isso às mulheres de Nova Pádua, mas também, ao eleitor masculino que se identifica comigo na questão da agricultura e do trabalho. Creio que o trabalho do dia a dia fez com que as pessoas se identificassem com o meu nome. O povo reconheceu minha dedicação e meu trabalho feito nesses quatro anos. 

Como a sua formação e atuação como professora a influenciam na política?
Acredito que, por ter sido professora, a gente aprende a respeitar as opiniões dos outros, a escutar e a compreender o posicionamento de quem pensa diferente de nós. Acho que ser professora também me auxiliou a explicar ao público os projetos de lei que estão sendo votados, porque muitos termos são técnicos. A transmissão ao vivo faz com que eu me sinta no dever de explicar para quem está do outro lado, muitas vezes para aquele agricultor que talvez não tenha compreensão de uma linguagem mais técnica.

Quais são as suas expectativas para o futuro, agora com um novo prefeito à frente?
Analisei os dois planos de governo, tanto o do Danrlei, que foi o prefeito que apoiei, quanto o do Itamar Bernardi. Em muitos aspectos, os planos se assemelham. Os ideais são os mesmos, com alguns sendo mais objetivos em percentuais e outros mais cautelosos, mas todos seguindo a mesma linha. Grande parte do que está descrito nos planos eu também defendo: a reforma do ginásio, um incentivo maior aos agricultores e um bom atendimento nas propriedades. Acredito que, agora com Itamar eleito, ele deva trabalhar em prol do que está no seu plano de governo. Como vereadora, estarei atenta à execução dessas propostas, sempre respeitando que ninguém consegue cumprir 100% do plano, mas buscando a máxima aproximação do que foi proposto. Considero fundamental que o prefeito não faça distinção entre os cidadãos e que busque reunir o povo novamente, evitando a divisão que os partidos políticos, especialmente em período eleitoral, costumam promover.

Quem são as suas principais inspirações?
Na vida pessoal, sempre foi meu pai (Rui Luiz Boldrin), que é agricultor. Desde pequena, sempre o acompanhei na lida da agricultura. Seja sábado, seja domingo, eu não ficava em casa com a mãe fazendo as unhas. Eu sempre ia para a roça com o pai. Desde cedo, aprendi a me virar. Na vida política, não teria alguém que idealizo, mas penso que a gente tem que fazer o máximo para preservar a moral, a ética, os bons costumes e ser justo. Se você me pedir alguém que admiro, tem o Luiz Carlos Heinze (PP), nosso senador do Rio Grande do Sul. Com certeza, é uma das pessoas que  admiro. A nível estadual, tem o deputado Guilherme Pasin (PP), que é um grande lutador pela causa dos agricultores e da vitivinicultura, junto com o deputado federal Afonso Hamm (PP). A nível nacional, sempre fui muito de Direita, então tenho admiração pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).


Na sessão pós-eleições, a senhora pediu serenidade à população. Por que?
Pedi serenidade porque tivemos alguns eventos durante a campanha que não nos agradaram. Nos debates, tivemos muitos comentários agressivos. Após as eleições, vimos também algumas provocações na festa de comemoração. O fanatismo, seja no futebol, na política ou na religião, nos cega, não nos deixa refletir e faz com que percamos a razão em algumas circunstâncias. O nosso povo é tranquilo, é sereno. Entendo que é o momento de parar de falar de partidos. Vamos olhar para o município. A partir do ano que vem, o prefeito é o Kiko Bernardi, vamos respeitar, vou respeitar com certeza a autoridade máxima do município.

 - Antonio Galvão
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