Município de Nova Pádua completa 25 anos de emancipação política
Comissão pró-emancipação de Nova Pádua fez um levantamento em 1991 que culminou com a criação do novo município
A frase “Se pudermos andar sozinhos, porque depender dos outros?” não saía da cabeça dos paduenses no ano de 1991. O dito se tornou o lema do movimento emancipatório que elevaria Nova Pádua de segundo distrito de Flores da Cunha para município. Desmotivados pela falta de interesse do município-mãe que, como escreveu o padre Antônio Galiotto, destinava “poucas migalhas que caíam da mesa farta” e ansiosos com a Lei Complementar Estadual 89/1990, que definia que o número mínimo de eleitores para a formação de um novo município seria de 1,8 mil habitantes, Nova Pádua passou a se mobilizar pela regulamentação do processo legislativo emancipacionista.
As rodas da engrenagem começaram a se mover e foi criada uma comissão pró-emancipação que fez um levantamento de dados sobre a viabilidade do pedido, contendo informações relativas às atividades da indústria, comércio, serviços e agricultura. Em março os documentos estavam entregues. Conforme noticiou o Jornal O Florense em 19 de julho de 1991, a Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia concedeu parecer favorável a 28 dos 92 processos de emancipação. Entre eles estava o de Nova Pádua. O processo ainda precisava ser votado em plenário e, em seguida, apreciado pelo então governador Alceu Collares (PDT).
Nesse ínterim, iniciou-se uma grande discussão. O Travessão Alfredo Chaves, que havia sido inserido no mapa geográfico do território de Nova Pádua e garantiria o número de habitantes necessários à emancipação, rebelou-se e passou a não aceitar a separação de Flores da Cunha. A localidade criou uma comissão denominada Pró-Desanexação do Alfredo Chaves. Mesmo com o impasse, foi agendado para o dia 10 de novembro de 1991 o plebiscito que decidiria o futuro de Nova Pádua. Nas páginas d’O Florense foram elencadas as vantagens e desvantagens da liberdade política. Entre os pontos positivos estavam uma alta renda per capita, além da decisão comunitária sobre os destinos das verbas e investimentos. Do lado contrário, havia a necessidade construção de infraestrutura para operação do novo município.
Após meses de conversas e negociações, chegou o grande dia. Dos 2.117 eleitores aptos a votar, 1.932 compareceram às urnas. Destes 1.154 optaram pelo ‘sim’ e 756 votaram ‘não’. Como era previsto, 92,17% dos moradores do Travessão Alfredo Chaves disseram ‘não’ nas urnas, demonstrando sua vontade em continuar pertencendo a Flores da Cunha.
Depois da peleia, em 20 de março de 1992 Nova Pádua foi decretado oficialmente município, sendo que a instalação do mesmo ocorreria em 1º de janeiro de 1993. A localidade foi desmembrada de Flores da Cunha com os travessões Leonel, Barra, Mützel, Bonito, Cerro Grande, Cerro Largo, Paredes, Aciolli, Divisa e Curuzu. Como almejou, Alfredo Chaves foi excluído da faixa territorial do novo município e o acordo cumprido.
Parabéns Nova Pádua pelo seus 25 anos. Município tão jovem e que teve, como alguns de seus primeiros habitantes, os meus familiares antepassados. Moro em Campos Novos, SC. Sou Advogado. Filho de João Mantovani, filho de Umberto Santo Mantovani, filho de Vitório Mantovani, filho de Francisco Mantovani, esses dois últimos, estão entre os primeiros habitantes do Município. meu telefone: (49)9.9914-1697 - e-mail: inavotan@gmail.com e advalvadi@yahoo.com.br.