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Um clube que é só delas

No Dia das Mães, O Florense conta como é o dia a dia de um dos muitos grupos especiais que existem em Flores da Cunha e Nova Pádua

Juntas elas conversam, trocam experiências, trabalham, rezam, se divertem, ensinam e aprendem. Trinta e quatro mulheres integram o Clube de Mães Unidas do 60, da comunidade São Bartolomeu, na Linha 60, que no próximo mês completa 42 anos de fundação. No próximo domingo, 13 de maio, é celebrado o Dia das Mães, e nada melhor do que mostrar um clube só delas para celebrar a data.

O movimento dos clubes de mães comunitários surgiu na década de 1970, com o intuito de integrar as mulheres em suas comunidades. “Na época, os homens se reuniam nas capelas aos domingos para jogar cartas e bochas e conversar e as mulheres ficavam em casa, limpando ou trabalhando. E então ir ao clube passou a ser uma atividade para as mulheres saírem de casa e se integrar em comunidade”, destaca uma das sócias mais antigas, Lourdes Maria Lorenzet Munari, 68 anos, que também este ano carrega a faixa de Mãe Destaque.

Entre as voluntárias, representaram o grupo a presidente Zeli Tonet, 57 anos, a vice Luciane Caberlon, 44 anos, a tesoureira Silvia Molon Tomazzoni, 51 anos, a secretária Lourdes Girotto, 55 anos, além das associadas Ivone Merlin, 62 anos, Zenaide Andreazza Serafini, 63 anos, Neusa Molon Ravizzoni, 64 anos, e Alexandra Merlin, 40 anos. “Percebemos que o movimento dos clubes de mães vai se perdendo, por que as mais novas não querem participar, isso acaba afastando as mulheres de conviver em grupo”, destaca Ivone.

Porém, elas concordam que atualmente as mulheres têm mais oportunidades, o que as faz se tornarem mais independentes. “Uma vez as mulheres só iam à missa e ao clube, agora todas acabam tendo muitos compromissos. A parte ruim disso é que elas não vivenciam estas experiências de compartilhar a vida entre amigas, que nós temos”, enfatiza Lourdes Maria.

Em grupo, elas já fizeram cursos como de panificação, culinária e artesanato, e sempre que possível promovem atividades de integração, como passeios para outras cidades, palestras e viagens. Elas se reúnem mensalmente, mas conversam todos os dias pelo grupo de WhatsApp, uma inovação que elas também acompanham. “Hoje é tudo mais fácil, desde a comunicação, a divulgação das nossas ações e também a forma de diminuir a saudade dos filhos”, frisa Zeli, que tem um filho morando na Itália. As mães ficam conectadas para compartilhar ideias e têm um arquivo de fotos digitais das ações que promovem.

O famoso café colonial

Entre as atividades do Clube do 60 está a promoção de um café colonial tradicional. São mais de 50 variedades de comidas, entre doces e salgados, tudo preparado pelas mães associadas. “Fizemos tudo aqui com muito carinho e capricho, nos últimos anos vendemos mais de 800 ingressos no evento”, conta Luciane. O envolvimento é integral, e elas falam com muito orgulho sobre a referência que o evento se tornou na região. A próxima edição ocorrerá no dia 8 de julho, e os ingressos são vendidos antecipadamente. “O melhor de fazer parte do grupo é podermos dividir experiências e conversar, nada de falar de doenças ou fofocas. Damos força umas às outras e tomamos as decisões do Clube juntas. O dia da reunião é sagrado”, frisa Zeli.

Quando o assunto é ser mãe, elas se emocionam e falam sobre a dedicação integral aos filhos, e muitas delas, aos netos. Neste domingo, a data será comemorada ao lado da família, pois o clube se reuniu na semana passada para celebrar a alegria de ser mãe, que é festejada por elas a cada encontro, a cada atividade, a cada receita feita em conjunto; a cada café realizado, a cada risada espontânea e a cada ano que passam unidas, honrando o nome do próprio clube.

 

As descontraídas associadas na Linha 60: Lourdes Maria Lorenzet Munari, Zeli Tonet, Luciane Caberlon, Silvia Molon Tomazzoni, Lourdes Girotto, Ivone Merlin, Zenaide Andreazza Serafini, Neusa Molon Ravizzoni e Alexandra Merlin. - Larissa Verdi/OF
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