UCS solicita registro de nova área de indicação geográfica vitivinícola na região
Delimitação resultante de trabalho feito em conjunto com a Embrapa cria a denominação de origem de espumante ‘Altos de Pinto Bandeira’
Mais uma área de indicação geográfica vitivinícola está prestes a ser oficializada na Serra Gaúcha. A Universidade de Caxias do Sul e a Embrapa Uva e Vinho encaminharam, nesta semana, pedido de registro da denominação de origem (DO) de espumante natural ‘Altos de Pinto Bandeira’ ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
A área da denominação de origem de espumante natural Altos de Pinto Bandeira possui 65 km² de área contínua, sendo 76,6% localizada no município de Pinto Bandeira, 19% em Farroupilha e 4,4% em Bento Gonçalves. Contempla integralmente a viticultura existente para a elaboração do produto designado na DO, bem como o conjunto de vinícolas produtoras do vinho-base e do espumante natural.
A delimitação abrange uma área homogênea da produção atual e do potencial da DO, com altitudes entre 520 e 770 metros. Devido às condições térmicas, o ciclo vegetativo da videira no local é um pouco mais longo em relação à média da região. A interação do clima com o solo, sistema de cultivo e período de colheita confere características específicas às uvas (e consequentemente à cor, aroma, paladar e estrutura da bebida resultante) produzidas na área delimitada.
Cinco DOs oficializadas e três em processo
Desde 1993, a parceria entre UCS, Embrapa Uva e Vinho, Embrapa Clima Temperado e UFRGS, em conjunto com associações de produtores de uva e vinho e instituições de apoio, resultou no reconhecimento das seguintes indicações de procedência de vinhos e espumantes: ‘Vale dos Vinhedos’, ‘Pinto Bandeira’, ‘Altos Montes’, ‘Monte Belo’ e ‘Farroupilha’. Estão em processo as indicações ‘Campanha Gaúcha’, ‘Vale do São Francisco’ e, agora, ‘Altos de Pinto Bandeira’.
“As indicações geográficas no âmbito da vitivinicultura foram importante contribuição da UCS à sociedade regional, colaborando para que esta atividade e cultura alcançasse um novo patamar qualitativo, projeção e reconhecimento internacional”, destaca a professora Ivanira Falcade, coordenadora institucional do trabalho pela UCS, acrescentando que as pesquisas foram viabilizadas com aporte de recursos públicos (da Fapergs, FINPE, Embrapa e Ministério da Agricultura), bem como das associações de produtores.
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