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O crescimento populacional de Flores tem gerado alguns problemas. Um dele é a rede de esgoto da Rua Siena, no Loteamento Paradiso, em São Gotardo, que está com problemas na capacidade da vazão dos canos, que faz com que o próprio esgoto e a água da chuva invadam as casas, além de ocasionarem mau cheiro. De acordo com o morador Edilson de Pellegrin, que residente na localidade desde 2008, a situação tem se agravado nos últimos anos devido ao aumento populacional da vizinhança. “O encanamento está tendo problemas. As pessoas começaram a construir suas casas e a tubulação não está mais suportando a quantidade de resíduos. Ela saturou”, destaca Pellegrin. 
Conforme ele, a prefeitura já realizou outras obras no local, mas nenhuma chegou a solucionar o problema, que estaria afetando nove residências – todas localizadas no final da Rua Siena. “Em uma das obras para tentar sanar o problema da última casa, que era a mais afetada, a prefeitura construiu um bueiro que desemboca em uma área verde. Mas com a demanda de moradias aumentando, não resolveu nada, e quando chove temos muitos problemas”, aponta. Cristiano Ferreira de Almeida, morador da mesma rua, comprou a moradia pronta em 2010 e há nove anos enfrenta o problema. “A tubulação não funciona, quando chove a água volta e chega a borbulhar dentro do vaso sanitário. O cheiro é horrível”, conta Almeida. 
Os moradores acreditam que o problema é devido à vazão do esgoto, que não teria capacidade suficiente e, por isso, reivindicam uma nova tubulação. “Não queremos apenas reparos, queremos soluções, pois isso também está afetando o meio ambiente”, alegam.
De acordo com a secretária de Planejamento, Meio Ambiente e Trânsito, Ana Paula Ropke Cavagnoli, o problema ocorre porque os moradores ligaram a rede cloacal e pluvial em um único cano. “A rede de esgoto foi calculada para receber a parte cloacal. Só que muitos moradores, quando construíram suas casas, ligaram a rede pluvial também na rede de esgoto, e quando chove, como a rede não está projetada para tanta demanda, ela transborda”, explica. 
Na semana passada, o diretor de Obras, Matias Bordin, averiguou a situação e concorda com os moradores em relação à vazão dos canos “Fizeram uma tubulação de esgoto que hoje não comporta a demanda das casas, o cano é muito fino, além de não ter caimento”, informa Bordin. A prefeitura precisou abrir um buraco na rua para realizar o escoamento das calhas, mas não encontrou a tubulação. “Essa é outra situação que está errada no loteamento. As calhas estão ligadas na rede de esgoto porque não há uma rede pluvial, mas os moradores não podem deixar assim, é necessário fazer a retirada da ligação para a rua”, enfatiza. 
Com isso, a primeira providência  indicada é a retirada das calhas da tubulação do esgoto. A prefeitura também contratou uma empresa para desentupir os canos. “Vamos ver como o problema vai se comportar com esses dois passos. Se não adiantar,  possivelmente teremos que fazer uma rede nova”, diz o diretor.