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PM volta a ser alvo de investigação por tortura

A comandante da Polícia Civil de Flores da Cunha, delegada Aline Martinelli, instaurou Inquérito Policial (IP) por crime de tortura e investiga o envolvimento de dois PMs da 2ª Cia PM por supostas agressões a um jovem na noite do último dia 16.

A comandante da Polícia Civil de Flores da Cunha, delegada Aline Martinelli, instaurou Inquérito Policial (IP) por crime de tortura e investiga o envolvimento de dois PMs da 2ª Cia PM por supostas agressões a um jovem na noite do último dia 16. Ginei Duarte de Sá, 23 anos, que precisou passar por uma cirurgia devido a uma perfuração no intestino delgado, já teve alta e se recupera da operação, em casa, mas tem medo de falar sobre o assunto. A dona de casa Maria Luiza de Sá, 60 anos, acusa os policias de terem espancado seu filho no interior do quartel, após ele ter sido preso no loteamento Pérola e levado à sede da companhia. A delegada Aline aguarda o resultado da perícia para apurar se houve abuso de autoridade e, assim, decidir pelo indiciamento ou não dos acusados (nomes mantidos em sigilo). De acordo com a delegada, já foram ouvidas as partes, diversas testemunhas e pessoas que atenderam o rapaz no Hospital Fátima da cidade. À delegada, os PMs disseram que o rapaz estava drogado e, ao ser abordado, reagiu à prisão, sendo preciso usar de força moderada para conte-lo. No entanto, o jovem nega que estivesse de posse de drogas. “Eles queriam saber onde tinha drogas”, disse ontem, ao ser questionado pela reportagem sobre o motivo que teria levado os brigadianos a agredi-lo. Conforme o capitão Wagner Carvalho dos Santos, interino no comando da 2ª Cia PM, Ginei foi detido por posse de entorpecentes e reagiu a abordagem. Segundo o capitão, após ser confeccionado um termo circunstanciado na portaria do hospital, o rapaz foi liberado. Ainda de acordo com Carvalho, no exame de corpo de delito não consta nenhuma lesão, por isso foi liberado. O oficial determinou instauração de Inquérito Policial Militar (IPM), e já encaminhou toda documentação ao 36º BPM de Farroupilha. Segundo a mãe do rapaz, ao ser informada sobre a prisão do filho ligou para o quartel, e seu filho mal conseguia falar. Ela conta que Ginei foi agredido a chutes, e não entende como foi encontrado agonizando a cerca de 60 metros do Hospital Fátima, caído na calçada. A dona de casa acrescenta ainda que o médico que o atendeu disse que não constatou lesões, por isso o liberou, no entanto, não apresentou laudo médico. A cirurgia realizada no rapaz foi feita por outro profissional. Indignada com o fato, a mãe do rapaz se diz muita revoltada, e espera por justiça. “Se tiver lei não vou deixar barato”, completou.
Maria Luiza de Sá, mãe do rapaz: “Se tiver lei não vou deixar barato”. - Na Hora / Antonio Coloda
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