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Número de transplantes se mantém estável durante a pandemia

A manutenção das taxas se deve às ações de planejamento que foram implementadas

A Central Estadual de Transplantes do Rio Grande do Sul manteve o seu principal indicador no processo de órgãos transplantados desde o início da pandemia da Covid-19. O Estado registrou 63 transplantes de março a junho de 2020. Um a menos do que o realizado no mesmo período em 2019.

Segundo a coordenadora da Central de Transplantes, Sandra Lúcia Coccaro de Souza, a manutenção das taxas se deve às ações de planejamento que foram implementadas. Ela citou o intercâmbio de experiências com outras instituições, como a webconferência com o corpo clínico de médicos chineses do Hospital de Leishenshan, da cidade de Wuhan, capital da província de Hubei, na China, onde ocorreu o foco inicial da pandemia de coronavírus.

“Em abril deste ano, participamos de uma reunião virtual com os médicos chineses que estavam vivenciando a pandemia pelo novo coronavírus. Eles relataram informações sobre as manifestações da doença e agudização rápida do quadro, podendo levar à morte”, relatou.

Disse também que a troca de experiências com a equipe do hospital de Wuhan qualificou o trabalho da Central de Transplantes no enfrentamento às dificuldades trazidas pela pandemia da Covid-19, como a disseminação viral do doador para o receptor em lista de espera e a preocupação com a proteção dos trabalhadores da área da saúde.

Sandra afirmou ainda que os pareceres de infectologistas e intensivistas foram determinantes para uma boa preparação das equipes de captação e de transplantes. Na oportunidade também foi abordada a importância de cuidados como o isolamento dos pacientes e das equipes das Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) e da utilização dos equipamentos de proteção individual (EPIs) pelos profissionais da saúde. A webconferência foi realizada com representantes da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) e do Sistema Nacional de Transplantes (SNT).

Além da webconferência com os médicos chineses do Hospital de Leishenshan de Wuhan, a Central Estadual de Transplantes organizou, desde o início da pandemia de coronavírus, diversas webconferências com temas ligados à área.

Participaram médicos reguladores, representantes de Organizações de Procura de Órgãos, de Comissões Intra Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos, de Câmaras Técnicas de Órgãos e Tecidos, equipes de captação de órgãos e equipes de Hospitais Transplantadores de Múltiplos Órgãos.

 

 - Divulgação
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