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Nanetto Pipetta em seis línguas

No último domingo, dia 21, um ícone da imigração italiana foi eternizado em livro: o personagem Nanetto Pipetta.

No último domingo, dia 21, um ícone da imigração italiana foi eternizado em livro: o personagem Nanetto Pipetta. A obra Vita e Stòria de Nanetto Pipetta – Nassuo in Itàlia e vegnudo in Mérica per catare La cucagna reproduz as histórias originais do personagem criado por pelo frei capuchinho Aquiles Bernardi e publicadas no Correio Riograndense de janeiro de 1924 a fevereiro de 1925. Esta edição especial integra o conjunto de atividades desenvolvidas para marcar os 100 anos de circulação do Correio Riograndense, fundado em 13 de fevereiro de 1909. O diferencial da obra é que as histórias de Nanetto são contadas em seis idiomas: talian, italiano, português, francês e espanhol e o dialeto alemão hunrück. É a universalização do ícone da imigração italiana – ou do texto dialetal considerado por especialistas como um dos mais importantes do século XX. O livro, com 432 páginas, tem prefácio de frei Aldo Colombo e foi idealizado e coordenado por frei Rovílio Costa. Este pode ser considerado o último grande projeto editorial de frei Rovílio, falecido em 13 de junho de 2009, aos 75 anos. Foi editado em parceria com a Est Editora e impresso na Editora São Miguel. Durante a Festa da Uva, a obra pode ser encontrada no estande da Rádio São Francisco (Centro de Eventos) e após, na Livraria São Miguel (54 3226 1008 – livraria@editorasaomiguel.com.br) e na Est Edições (51 3336 1166). Nanetto O personagem Nanetto Pipetta simboliza os imigrantes italianos e revela a trajetória fantástica que eles passaram para conquistar as novas terras. Na apresentação da obra, o professor e filósofo Luis Alberto de Boni, escreve: "O Nanetto refere-se à América como a “pì grande alegria, que mai passa via” (a maior alegria e que jamais se acaba). Chegando ao Brasil, surpreende-se com as coisas corriqueiras, como o pinhão, o chimarrão (“uma abóbora com água quente”), a bananeira (“uma planta de salame”). Para um pobre desamparado como ele, não deixar de ser fundamental a constatação de que “in Mérica de fame não se more” (não se morre de fome na América), mas “La cucagna de La Mérica no Zé mia in questi loghi” (a cocanha da América não se encontra por estes lugares)”.
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