Modo caseiro de produção da cerveja
Conheça a história dos amigos florenses que criaram a cerveja Santo de Casa. Neste domingo a programação do Beer & Music Festival segue até às 20h, na Praça da Bandeira
Flores da Cunha está tendo um final de semana dedicado à cerveja. A 3ª edição do Beer & Music Festival tem atividades neste domingo, dia 31, com música e gastronomia na Praça da Bandeira.
O mercado profissional da cerveja está em ascensão no município, mas muita gente tem reunido os amigos para fazer aquela produção caseira. É o caso do publicitário Johnnie Oliveira, 38 anos, e do engenheiro mecânico Luís Eduardo Wiechoreck, 32 anos, que há seis anos se reúnem, por diversão, para produzir cerveja de ‘panela’, como é chamada no ramo a cerveja produzida caseiramente, para consumo próprio. “Antes de nos conhecermos cada um já tinha passado por experiências com a produção e tínhamos parado. Então decidimos voltar a ativa, comprar os equipamentos e nos aventurar”, conta Johnnie, que complementa que as receitas são únicas e a produção é de aproximadamente 90 litros.
A pequena produção dos amigos tem até marca: Santo de Casa. “Sempre queremos fazer coisas diferentes. Raramente repetimos uma receita, só aquelas que são mais consagradas e nossos amigos gostam. Já chegamos a fazer uma vez por mês, o ano inteiro. Agora estamos fazendo menos, por causa do trabalho. Temos uma pronta que só falta engarrafar e beber e não conseguimos encontrar tempo”, relata Luís. Os amigos adoram fazer experimentos e beber estilos diferentes para deixar as cervejas mais personalizadas. “Colocamos laranja, coentro, cacau e até produzimos em barril de carvalho, tudo para deixar com um gosto e aroma diferentes”, revela o publicitário.
Os ‘empresários’ do ramo ainda contam que nunca estragaram uma cerveja, pois possuem equipamentos adequados para controlar a temperatura, o álcool e a densidade, apenas tiveram experiências de “não chegar no resultado esperado”. Para eles, o que importa é a diversão entre amigos. “Aquele conceito de vou deixar de comprar no mercado para fazer e ficar mais barato, não é bem assim. Como compramos em pequenas quantidades, se torna mais caro, ainda mais se contabilizarmos o tempo e todos os equipamentos que são utilizados, além de água, luz e gás”, lista Luís. Para os amigos, o nível das cervejas produzidas por eles tem que ser alto. “Não gostamos das boas, só das ótimas. Até porque bebemos também coisas ótimas para ter uma comparação com o nosso produto”, salienta Johnnie.
Sobre crescer e abrir um negócio no ramo cervejeiro, os amigos brincam: “Toda vez que produzimos uma cerveja pensamos em abrir uma mega cervejaria, mas depois que começamos a lavar os equipamentos já desistimos”, brincam os amigos, que acreditam que o investimento seria muito alto. “Como cada um tem a sua profissão, percebemos que para fazer isso teria que ter uma dedicação maior, e hoje em dia o problema é a falta de tempo, além do imposto ser alto e ser necessária toda uma estrutura adequada para conseguir as liberações”, conclui Luís Eduardo. Por enquanto, só por diversão.
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