Inquérito da Brigada inocenta PM que matou haitiano
Investigação interna teve a mesma conclusão que o trâmite da Polícia Civil de Flores da Cunha
Depois de quatro meses de investigação e dezenas de diligências, o comando do 36º Batalhão de Polícia Militar (36º BPM) de Farroupilha concluiu no dia 12 de fevereiro o Inquérito Policial Militar (IPM) que envolveu um sargento da Brigada Militar (BM) de Flores da Cunha que baleou e matou o haitiano Jean Wesly Moriseme, 28 anos, no dia 7 de outubro de 2015. A exemplo do que apurou a Polícia Civil florense, o IPM concluiu que o disparo feito pelo sargento contra o agressor não foi com a intenção de matar, mas sim para cessar as agressões de Moriseme contra outro soldado, de 39 anos, que teve um dedo amputado com uma mordida.
Inicialmente, o inquérito esteve a cargo do capitão Márcio Leandro Silva da Silva, no entanto, com a transferência dele para o 12º Batalhão de Polícia Militar (12º BMP) de Caxias do Sul, foi designado como substituto o capitão Daniel Tonatto, que concluiu o trabalho.
Conforme o comandante do 36º BPM, major Luís Fernando Becker, o resultado do inquérito não poderia ser diferente. De acordo com o oficial, durante as investigações ficou comprovado que PM de 51 anos agiu em legítima defesa, uma vez que atirou na tentativa de cessar a ação da vítima quando estava em luta corporal com um colega de farda. Segundo o major, o soldado que teve o dedo amputado voltou à ativa há poucos dias, enquanto que o sargento que atirou no haitiano se aposentou. Ainda conforme Becker, o inquérito será encaminhado à Justiça Militar, em Porto Alegre, que irá decidir se acolhe ou não a decisão do comando do 36º BPM.
O caso
Jean Wesly Moriseme, 28 anos, morreu na noite de 7 de outubro de 2015 após levar um tiro na perna direita, na Rua Professora Maria Dal Conte, a uma quadra da Delegacia de Polícia (DP) de Flores da Cunha. O disparo foi feito por uma sargento da Brigada Militar, na quarta tentativa do dia de conter o acusado de provocar desordens na área central da cidade. Conforme os registros policiais, às 15h50min Moriseme envolveu-se numa briga com outros dois haitianos em frente à antiga Estação Rodoviária. Ao ser conduzido à DP, no trajeto, danificou uma viatura da BM a chutes.
Depois disso, foi levado ao Hospital Fátima e, após receber alta, voltou a promover desordens no Centro de Saúde Irmã Benedita Zorzi. Por volta das 23h30min do mesmo dia, foi flagrado jogando lixo nos carros que passavam pela rua e virando lixeiras. Ao ser abordado novamente, avançou contra os PMs, mordendo a mão de um deles, tentando pegar a arma. Na tentativa de contê-lo, o sargento disparou contra a perna. Moriseme foi socorrido e levado ao Hospital Fátima, onde morreu enquanto era atendido. O haitiano foi sepultado em Flores da Cunha após o conselheiro da Embaixada do Haiti no Brasil, Jackson Bien-Aimé, informar-se sobre o caso e liberar o funeral.
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Inicialmente, o inquérito esteve a cargo do capitão Márcio Leandro Silva da Silva, no entanto, com a transferência dele para o 12º Batalhão de Polícia Militar (12º BMP) de Caxias do Sul, foi designado como substituto o capitão Daniel Tonatto, que concluiu o trabalho.
Conforme o comandante do 36º BPM, major Luís Fernando Becker, o resultado do inquérito não poderia ser diferente. De acordo com o oficial, durante as investigações ficou comprovado que PM de 51 anos agiu em legítima defesa, uma vez que atirou na tentativa de cessar a ação da vítima quando estava em luta corporal com um colega de farda. Segundo o major, o soldado que teve o dedo amputado voltou à ativa há poucos dias, enquanto que o sargento que atirou no haitiano se aposentou. Ainda conforme Becker, o inquérito será encaminhado à Justiça Militar, em Porto Alegre, que irá decidir se acolhe ou não a decisão do comando do 36º BPM.
O caso
Jean Wesly Moriseme, 28 anos, morreu na noite de 7 de outubro de 2015 após levar um tiro na perna direita, na Rua Professora Maria Dal Conte, a uma quadra da Delegacia de Polícia (DP) de Flores da Cunha. O disparo foi feito por uma sargento da Brigada Militar, na quarta tentativa do dia de conter o acusado de provocar desordens na área central da cidade. Conforme os registros policiais, às 15h50min Moriseme envolveu-se numa briga com outros dois haitianos em frente à antiga Estação Rodoviária. Ao ser conduzido à DP, no trajeto, danificou uma viatura da BM a chutes.
Depois disso, foi levado ao Hospital Fátima e, após receber alta, voltou a promover desordens no Centro de Saúde Irmã Benedita Zorzi. Por volta das 23h30min do mesmo dia, foi flagrado jogando lixo nos carros que passavam pela rua e virando lixeiras. Ao ser abordado novamente, avançou contra os PMs, mordendo a mão de um deles, tentando pegar a arma. Na tentativa de contê-lo, o sargento disparou contra a perna. Moriseme foi socorrido e levado ao Hospital Fátima, onde morreu enquanto era atendido. O haitiano foi sepultado em Flores da Cunha após o conselheiro da Embaixada do Haiti no Brasil, Jackson Bien-Aimé, informar-se sobre o caso e liberar o funeral.
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