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Estudo aponta que clínica para idosos é viável em Flores da Cunha

Levantamento encomendado pelo Hospital Nossa Senhora de Fátima é favorável à implantação de espaço de longa permanência

A diretoria do Hospital Beneficente Nossa Senhora da Fátima apresentou os resultados da pesquisa sobre a viabilidade de implantação de uma clínica para a terceira idade nas dependências da instituição. Intitulado de Estudo sobre a realidade de unidade para atendimento do envelhecimento e desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas Econômicas e Sociais da Universidade de Caxias do Sul (UCS), o relatório apontou que seria viável a criação de uma clínica de longa permanência em Flores da Cunha.

O estudo abrangeu os sete municípios referenciais do Hospital Fátima (Antônio Prado, Caxias do Sul, Farroupilha, Flores da Cunha, Nova Pádua e São Marcos) levantando dados sobre essas cidades, clínicas já existentes e percentuais sobre o número crescente de pessoas com mais de 60 anos nessas localidades – de acordo com o estudo em 2015, Flores da Cunha teria 4.314 pessoas com mais de 60 anos, um crescimento de 26,6% em cinco anos. “Pela estatística, hoje 1% dos idosos acima dos 60 anos são institucionalizados, ou seja, estão internados. Pela população municipal teríamos que ter 44 pessoas internadas na região, que seria o público que poderia estar usufruindo da nossa clínica de longa permanência. O que ficou comprovado nesse estudo é que existe a viabilidade para a implantação de uma clínica”, explica a presidente do Hospital Fátima, Olga Baggio Sandri.

Com o resultado positivo, o próximo passo da diretoria é buscar alternativas para a viabilidade financeira do projeto e angariar parceiros para implantação do projeto. Pela pesquisa, a clínica seria sustentável e inclusive ajudaria nos custeios da instituição, tornando-se mais uma fonte de receitas. “O Planejamento Estratégico do Hospital feito em 2010 nos mostrou que precisamos diversificar os negócios e a clínica seria um deles. O estudo comprovou a viabilidade de que ela se sustentaria e ainda traria um retorno para o Hospital de forma a minimizar os déficits que temos, porque a instituição não pode mais sobreviver apenas com a internação. Agora, como virá o investimento para a clínica, ainda não sabemos”, pontua a diretora administrativa, Andréia Francescatto Vignatti.

Segundo o pré-projeto, a clínica contaria com 31 quartos e estaria localizada no segundo andar das obras de ampliação da estrutura física – o primeiro piso contará com uma nova lavandeira, instalações para a área de nutrição e dietética e ala de resíduos –, que está sendo construída na parte de trás do Hospital Fátima. O setor de nutrição, dietética e resíduos está com obras em andamento e o custo previsto é R$ 1,2 milhão – com verbas oriundas da rifa comemorativa ao sexagésimo aniversário que lucrou mais de R$ 700 mil para a instituição e também de verbas (R$ 105 mil) doadas pelo Fórum e que foram usadas para construção do muro de contenção. “A obra está com a base pronta, já com os rachões e com o muro. Ainda não subimos as paredes e atrasamos um pouco os trabalhos porque estávamos esperando o resultado do estudo para darmos prosseguimento à estrutura do vigamento para a implantação da clínica no segundo andar”, diz a presidente.

Uma equipe da diretoria, composta por Bruno Debon, Marco Paviani, Nilto Pilatti e Bertinho Picoli, está encarregada da administração dessa obra.

Presidente Olga Sandri mostra obra de ampliação da estrutura física do Hospital e também o pré-projeto da clínica da terceira idade. - Danúbia Otobelli/O Florense
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