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Esgoto a céu aberto preocupa moradores

Poluição e mau cheiro geram reclamações nos bairros Vindima e União

Moradores das proximidades da Rua Sixto Rossetto, no bairro Vindima, e proprietários de áreas rurais próximas, estão insatisfeitos com as condições precárias em que o local se encontra. A reclamação está voltada ao esgoto que há anos corre a céu aberto. O problema tem preocupado e causado transtornos diários aos moradores e proprietários de áreas próximas, que convivem com o mau cheiro e ficam sujeitos a doenças. De acordo com o agricultor aposentado Ulisses Meneguzzo, 74 anos, que há 17 reside no bairro, a situação é antiga. Conforme o morador, um dos maiores problemas é a questão do mau cheiro, principalmente em dias quentes.

Já o motorista aposentado Maximiliano Bulla, 76 anos, e um dos proprietários de terras por onde o esgoto desemboca, numa área ao Norte da cidade, alerta que o esgoto está contaminando as poucas vertentes de água que ainda restam, causando problemas a inúmeras famílias. De acordo com ele, o esgoto da maioria das residências do bairro Vindima é despejado a céu aberto num terreno desabitado a oeste do bairro, que faz limite com a área destinada ao Parque Ecológico. Além do mau cheiro, a sujeira contribuiu para a poluição do meio ambiente, sem contar a contaminação dos córregos, uma vez que próximo ao local há várias fontes, que abastecem mais de uma dezena de famílias localizadas às margens da Avenida 25 de Julho, no Acesso Norte. Segundo o agricultor Luiz Sogari, 63 anos, em sua propriedade, de cerca de 14 hectares, há pelo menos três grandes vertentes, mas uma já não está sendo utilizada para consumo humano devido a sujeira que desce do morro da Vindima. “Quando chove o córrego transborda e a água se junta a da fonte”, aponta o agricultor.
Para Bulla, a saída seria a implantação de uma rede nova de esgoto que se uniria a já existente, a qual passa próximo a Escola 1º de Maio. No entanto, segundo o secretário de Planejamento, Meio Ambiente e Trânsito, Paulo Ribeiro, a solução do problema que, havia sido apontado num dos encontros do Orçamento Cidadão no ano passado, passa pela construção de uma estação de tratamento. De acordo com ele, os trabalhos devem começar ainda na próxima semana. O reservatório será construído numa área institucional de propriedade do município, na margem esquerda da Avenida Pelizzer, e irá captar os resíduos de três pontos de esgoto que caem a céu aberto. Conforme o secretário, com isso grande parte do problema será resolvido, enquanto a prefeitura aguarda aprovação de convênio com a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), que se responsabilizará, além do abastecimento, pela destinação do esgoto.

União também reclama

Além de moradores do Vindima, no bairro União há reclamações com relação a esgoto que corre a céu aberto. Conforme uma das moradoras, o cheiro de esgoto que desemboca no final da Rua Marechal Floriano está cada vez mais insuportável. Segundo o autônomo Luciano Ceccatto, 33 anos, o problema se arrasta há cerca de um ano, quando as fortes chuvas teriam danificado parte da canalização.
Conforme o secretário Paulo Ribeiro, a empresa Lanzarin, responsável pela construção de uma caixa de contenção, deveria ter concluído a obra ainda no final do ano passado. De acordo com ele, semana passada a empresa foi notificada, e tem prazo de 15 dias para executar o serviço. O prazo encerra na próxima sexta-feira, dia 7. Depois disso, caso o trabalho não seja realizado, a prefeitura deverá tomar outras medidas, avisa o secretário.

Os transtornos com poluição, danos ao meio ambiente e esgoto a céu aberto, além de problemas com alagamentos não se resumem aos bairros União e Vindima. Na capela da Fulina, a moradora Aire Lodea e vizinhos reclamam do mau cheiro que vem de um pequeno córrego que cruza a estrada principal da localidade. A origem do problema, segundo a moradora, seria uma fossa da chácara em frente, que teria transbordado. Ela disse que servidores do Departamento do Meio Ambiente já estiveram no local, mas ainda não apresentaram uma solução. De acordo com o secretário Paulo Ribeiro, as residências construídas no local se encontram numa área irregular, e que dependem primeiro de legalização dos lotes, para depois atacar outros problemas.

Já em São Gotardo, as fortes chuvas do início da semana causaram alagamento na residência de Ivan Ceccatto, na Rua Milano, estrada de acesso a São João. O alagamento pode ter sido causado devido ao entupimento de canos ao lado direito da estrada, que cruza pela pista de motocross. Conforme a dona de casa Jurema Ceccatto, o acúmulo de água passou de um metro e meio, invadindo a garagem e outras peças do imóvel. Servidores municipais estiveram vistoriando o local, visando encontrar uma solução, uma vez que a área de alagamento, e por onde é canalizada a água, são propriedades particulares.
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