Com as chaves na mão
Imóveis para alugar e construções prontas são os mais procurados pelos florenses
Já sabemos que 2022 foi o primeiro ano pós-pandemia, um período de retomada, mas também que foi marcado pela instabilidade econômica e política no país. No entanto, como isso afeta o futuro do setor da construção e imobiliário?
Especialmente dois fatores interferem nesse mercado: os rumos da política habitacional e o cenário de juros. O primeiro sofreu recentes modificações com a volta do programa ‘Minha Casa, Minha Vida’, enquanto o segundo está atrelado à taxa Selic, que está em 13,75%, e a perspectiva é que se inicie um ciclo de baixa, com previsão de chegar a 12,25% até o fim deste ano, segundo o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central.
De acordo com dados da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) um conjunto de impactos positivos se sobrepuseram à piora em indicadores relacionados à taxa de juros e oferta de crédito imobiliário e, em pesquisa realizada em parceria com a Brain Inteligência Estratégica, no terceiro trimestre de 2022, 62% dos entrevistados afirmaram acreditar que o panorama deste ano estará um pouco ou muito melhor em comparação ao ano que passou. Além disso, 55% das pessoas avaliaram que as vendas no fim do ano anterior estiveram de acordo ou acima das metas previstas no início de 2022.
O mercado imobiliário de Flores da Cunha, no ano passado, foi bem distribuído entre os vários produtos do segmento – terrenos, imóveis prontos e em planta. Conforme o gerente da Lucatta Investimentos Imobiliários, Luiz Carlos Mattana, de 60 anos, houve, inclusive, um leve aumento na procura por terrenos para construção.
O que faz a diferença na hora de escolher um imóvel para comprar ou alugar, conforme o gerente, é a questão de estar ou não mobiliado: “Também existe uma maior procura por casa ou sobrado, com pátio. Perfil este em falta para locação na cidade. Apartamentos também já estão restritos, dada a grande procura, mesmo com o preço do aluguel mais alto”, reforça.
Para 2023, sua expectativa é manter um número de imóveis disponível em estoque, sem grandes lançamentos. Tendo, assim, uma projeção de valorização geral, tanto para imóveis novos, quanto usados. “O mercado imobiliário de Flores da Cunha e região é formado por imóveis de bons ou ótimos padrões construtivos, que garantem valor agregado e valorização constante dada a exigência do consumidor final. Por isso, quanto antes conseguir investir melhor para se ter um patrimônio duradouro e garantido”, aconselha Mattana.
As perspectivas para este ano também não são as mais elevadas para o corretor da Schiavenin Imóveis, Luciano Massoni, de 35 anos. De acordo com ele, existe uma expectativa que o mercado se movimente mais, mas ela ainda é menor em comparação ao ano passado. “Em 2022 a procura por terrenos foi, principalmente, para financiamento ‘Minha Casa, Minha Vida’; terrenos de baixo valor. Também teve alguma coisa de valor um pouco maior para construção. A procura por imóveis prontos foi maior no ano passado, em contrapartida, os em planta tiveram pouca procura”, esclarece Massoni.
Segundo o corretor, no cenário atual as pessoas estão buscando bastante por locações e essa procura se torna ainda maior levando em consideração a pouca quantidade disponível no mercado florense: “O que faz a diferença na hora de escolher um imóvel para locar é a localização e o valor do aluguel. Os imóveis mais procurados, hoje, são apartamentos e casas com até dois dormitórios, e os valores giram em torno de R$ 800 mensais”, revela.
“Flores da Cunha apresenta uma grande oferta de terrenos, bem mais do que o mercado movimenta; média oferta de apartamentos novos de baixo valor; e novas linhas de financiamento propostas pelos bancos que podem aquecer a procura daqueles que almejam seu primeiro imóvel ou seu imóvel definitivo”, defende Massoni.
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