Cidade do Porto: perdições gastronômicas e culturais
Para entender o vinho, nada melhor que viajar para onde ele é elaborado.
Para entender o vinho, nada melhor que viajar para onde ele é elaborado, conhecer sua história, a característica de sua gente. De alguma forma, tudo isto se expressa na taça, nos hábitos, na gastronomia. E ir à cidade do Porto não poderia ser diferente. Emociona lembrar, como nos sentimos em casa. Seja pelo idioma, origens, ou pelos doces, vinhos e bacalhau. Tudo torna esta viagem inesquecível. São perdições gastronômicas e culturais em todos os lados.
Esta linda cidade, onde o Douro encontra o mar, é patrimônio da Unesco. São igrejas, pontes e vilas formando um conjunto arquitetônico único. De lá, um passeio de barco é a pedida para chegar a alguns dos vinhedos mais lindos do mundo. Cultivados há séculos sobre patamares, formam curvas, linhas, mosaicos naturais sobre as montanhas, produzindo as uvas de vinhos clássicos portugueses. Esta paisagem também é tombada, uma relíquia visual que o passeio de barco faz vivenciar em cada detalhe. Em suas margens descobrem-se cidades onde o vinho é a base de tudo, como Peso da Régua e Pinhão. No Douro quase não há vinhos varietais, apenas “assemblages”, resultantes de mais de 40 tipos de uvas, entre vinhas velhas e novas. Touriga Nacional, Tinta Amarela, Tinta Barroca, Tinta Roriz e outras tantas são algumas delas. Serão sempre vinhos exclusivos, em cada safra, em cada produtor, sejam eles grandes, como Symington, ou pequeninos, como a Quinta do Vale Dona Maria.
A uva é colhida no alto destas encostas, sendo o vinho elaborado por lá. Em seguida, é enviado até os armazéns da linda Vila Nova de Gaia, onde acontece o “blend” (mistura) e a guarda. Gaia é privilegiada: recebe o vento norte do Atlântico. Os enólogos da região defendem que este agrega aos armazéns as perfeitas condições de envelhecimento para o Porto. Entender a classificação deste vinho é outro atrativo: Ruby, Tawny, Colheitas, LBV, Vintages... enfim, uma infinidade de descobertas. Vale tirar uma tarde para caminhar nas margens do rio: lojas de artesanato, cafés e adegas são parte deste roteiro, destacando o Museu e as caves de Adriano Ramos Pinto. De um lado, a vista do Porto, da outra Gaia, as pontes. Vale reservar tempo para sentir todo este visual. Fica ali pertinho também a região do Vinho Verde, o Minho. Há cerca de uma hora do Porto, cidades como Braga e Guimarães são paradas obrigatórias. Religiosidade, aliada a uma arquitetura espetacular, sem contar a gastronomia, são alinhavados como arte. Esta é a magia: viajar pelo vinho é relembrar os momentos a cada garrafa que se abre. Experiência para os cinco sentidos.
*Enóloga e organizadora de viagens e eventos através da Vinho e Arte Eventos Viagens e Serviços (mariaamelia@vinhoearte.com)
Esta linda cidade, onde o Douro encontra o mar, é patrimônio da Unesco. São igrejas, pontes e vilas formando um conjunto arquitetônico único. De lá, um passeio de barco é a pedida para chegar a alguns dos vinhedos mais lindos do mundo. Cultivados há séculos sobre patamares, formam curvas, linhas, mosaicos naturais sobre as montanhas, produzindo as uvas de vinhos clássicos portugueses. Esta paisagem também é tombada, uma relíquia visual que o passeio de barco faz vivenciar em cada detalhe. Em suas margens descobrem-se cidades onde o vinho é a base de tudo, como Peso da Régua e Pinhão. No Douro quase não há vinhos varietais, apenas “assemblages”, resultantes de mais de 40 tipos de uvas, entre vinhas velhas e novas. Touriga Nacional, Tinta Amarela, Tinta Barroca, Tinta Roriz e outras tantas são algumas delas. Serão sempre vinhos exclusivos, em cada safra, em cada produtor, sejam eles grandes, como Symington, ou pequeninos, como a Quinta do Vale Dona Maria.
A uva é colhida no alto destas encostas, sendo o vinho elaborado por lá. Em seguida, é enviado até os armazéns da linda Vila Nova de Gaia, onde acontece o “blend” (mistura) e a guarda. Gaia é privilegiada: recebe o vento norte do Atlântico. Os enólogos da região defendem que este agrega aos armazéns as perfeitas condições de envelhecimento para o Porto. Entender a classificação deste vinho é outro atrativo: Ruby, Tawny, Colheitas, LBV, Vintages... enfim, uma infinidade de descobertas. Vale tirar uma tarde para caminhar nas margens do rio: lojas de artesanato, cafés e adegas são parte deste roteiro, destacando o Museu e as caves de Adriano Ramos Pinto. De um lado, a vista do Porto, da outra Gaia, as pontes. Vale reservar tempo para sentir todo este visual. Fica ali pertinho também a região do Vinho Verde, o Minho. Há cerca de uma hora do Porto, cidades como Braga e Guimarães são paradas obrigatórias. Religiosidade, aliada a uma arquitetura espetacular, sem contar a gastronomia, são alinhavados como arte. Esta é a magia: viajar pelo vinho é relembrar os momentos a cada garrafa que se abre. Experiência para os cinco sentidos.
*Enóloga e organizadora de viagens e eventos através da Vinho e Arte Eventos Viagens e Serviços (mariaamelia@vinhoearte.com)
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