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Bar Central fecha as portas e divide opinião dos florenses

ustificativa apresentada pelo pároco Frei Darci Vazzata, responsável pelo imóvel, é de que o espaço necessita de reformulações para um melhor aproveitamento

Um dos pontos mais tradicionais do Centro da cidade, o Bar e Café Central (antiga Lancheria Dutra), fechou as portas no domingo, dia 9, para tristeza de muitos florenses, acostumados a frequentar o local, principalmente nos finais de semana ou em jogos importantes transmitidos pela televisão, e de turistas que visitavam o município. O motivo seria o término do contrato de aluguel e a necessidade de reformulações no local, segundo o pároco frei Darci Vazzata, responsável, em nome da Mitra (proprietária do imóvel) pelo estabelecimento. Inaugurada em fevereiro de 1976, pouco antes da abertura da Festa da Vindima, a Lancheria Dutra, como ficou conhecida pelos florenses, trocou de dono e de nome pelo menos cinco vezes e teve diversos proprietários, entre eles Hilário Sgarioni, o primeiro, José Sgarioni e Clóvis Boff.

De acordo com frei Darci Vazzata, há a necessidade de a paróquia reestruturar os espaços das galerias, valorizando, também, o segundo piso, que está desocupado. Conforme o pároco, há um comerciante instalado ao lado da sala que será reformada interessado em ampliar seu espaço e que poderá alugar, também, a parte superior. Dependendo do estudo, parte da sala poderá voltar a funcionar como lanchonete, mas não nos moldes que estava sendo feito. “É contraditório ter um lugar que incentive alcoólatras e, no prédio ao lado, promover a sua recuperação”, frisou. Sem estimar valores para o novo investimento, o religioso garante que os recursos provenientes com os alugueis dos prédios da Mitra Diocesana e um percentual do dízimo serão aplicados na formação de novas comunidades e lideranças.

Ainda segundo o pároco, além da reforma nas galerias, com previsão de término para o final deste ano, está programado para 2011 uma mudança na estrutura do Salão Paroquial, especialmente na parte de entrada, que tem um espaço de 20m x 40m sem aproveitamento. “Não podemos nos dar o luxo de ter um espaço destes, no Centro, que não renda o suficiente”. De acordo com Vazzata, o projeto será discutido em conjunto com os membros da comissão paroquial. O trabalho de manutenção das duas salas na área central prevê rebaixamento e troca de piso, substituição da iluminação, reforma dos banheiros, melhorias nas divisórias e pintura, entre outros reparos. A previsão é que a obra seja concluída até o final do ano.

Questionamentos
Segundo o chefe de almoxarifado Ari Massoni, 57 anos, que foi gerente da lancheria quando o proprietário era Hilário Sgarioni, o local, durante muitos anos, foi ponto de referência. Além dos lanches e bebidas, a sala da galeria central, localizada na esquina da Rua John Kennedy com a Avenida 25 de Julho, serviu também para expor os cartazes anunciando as atrações do cinema, que funcionava a uma quadra dali. “Era uma das melhores lancherias da região. Estou triste com o fechamento”, disse o ex-gerente domingo à noite, pouco antes do fechamento, numa roda de amigos enquanto assistia a um dos jogos da primeira rodada do Campeonato Brasileiro.

Na mesma linha de pensamento segue o contador e ex-membro da comissão da paróquia, Paulo Roberto Finger (Beto), que promoveu um encontro com o pároco a fim de buscar informações sobre o que seria feito no local. É uma lancheria histórica, um ponto de encontro de amigos que deveria ser preservado”, destacando que o ambiente precisa ser melhorado. O comerciante Jamil Susin, que era o atual proprietário do ponto, lamenta a perda do espaço que mantinha desde 2001 e pelo qual desembolsou cerca de R$ 20 mil, sendo R$ 10 mil de alugueis atrasados de uma antiga proprietária.



Estabelecimento encerrou atividades no dia 9. - Na Hora / Antonio Coloda
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