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Ainda há escolas estaduais sem funcionários

Déficit de docentes e servidores é observado em instituições de Flores e Nova Pádua

Faltam cerca de dois meses para o fim do ano letivo e algumas escolas da rede estadual de ensino de Flores da Cunha ainda enfrentam contratempos com a falta ou redução do número de funcionários. 
Na Escola Estadual de Ensino Fundamental Professor Targa não faltam professores, entretanto existem poucos funcionários. Segundo a diretora, Andreia Pegoraro, a instituição de ensino atende 271 alunos e trabalha com número reduzido de atendentes. “Nós teríamos direito a mais coordenadores pedagógicos, merendeiras e serventes. Uma pessoa só faz a merenda e outra é responsável pela limpeza da escola. Porém, em nenhum momento os alunos foram prejudicados”, afirma. Na Escola Estadual de Ensino Médio Frei Caneca, devido ao pedido de dispensa de um professor na última semana, há carência de docente na disciplina de Filosofia para o Ensino Médio. De acordo com a vice-diretora do turno da manhã, Raquel Mainardi, já foi solicitada a vinda de outro profissional. 
Conforme a diretora da Escola Estadual de Ensino Médio São Rafael, Ana Paula Citolin Rigotto, a instituição de ensino registra a falta de professor de Biologia – a docente está de licença-maternidade – há uma semana  e de Química desde agosto. Para suprir a demanda, o Círculo de Pais e Mestres (CPM) está arcando com as despesas de pagamento dos profissionais substitutos. “Para que os alunos não fiquem sem aula, tomamos essa medida. Assim, até que o professor não chega, contratamos os substitutos de cada área e pagamos com o valor do CPM”, afirma Ana Paula. Segundo a diretora, alguns professores que ocupavam cargos administrativos foram reconduzidos para a sala de aula, como é o caso de uma docente de História, que atuava na biblioteca, e de uma professora de Física, que trabalhava na secretaria.  
O cenário na Escola Estadual de Ensino Fundamental Antônio Soldatelli, em Nova Roma, não é diferente. O quadro de professores, por sua vez, está completo. Conforme a instituição, a carência é de servente, já que a funcionária que ocupava a vaga pediu demissão há alguns meses. 
Já na Escola Estadual de Ensino Fundamental Antônio de Souza Neto, no distrito de Mato Perso, os alunos do 6º ao 9º ano estão sem docente de Ciências há cerca de dois meses – a professa está de licença-maternidade. “A supervisora escolar está indo para a sala de aula até sanar isso”, diz a diretora da escola, Andreza Bertuol. A escola possui turmas multisseriadas, ou seja, o professor atende, no mesmo espaço, mais do que uma série simultaneamente. Como são os casos do 1º, 2º e 3º ano; 4º e 5º ano - no período da tarde; 6º e 7º ano e 8º e 9º - de manhã. 
Nas escolas estaduais de Ensino Fundamental Horácio Boghetti – que atende estudantes do 1º ao 5º ano – e Pedro Cecconello o quadro de professores e funcionários está normal.  
Neste ano, a Escola Estadual de Ensino Fundamental Professor Marcos Martini, localizada na Linha 60, deixou de atender a comunidade devido ao número reduzido de alunos. A instituição, que trabalhava com os anos iniciais do Ensino Fundamental, estimava que apenas três estudantes permanecessem na instituição em 2019. 

Nova Pádua
No município vizinho, a situação é semelhante. Na Escola Estadual de Ensino Médio Luiz Gelain, conforme a coordenação, há carência de uma coordenadora pedagógica. Além disso, a instituição, que conta com cerca de 280 alunos, teria direito a mais uma servente e uma merendeira. No momento, o quadro de professores está completo. 
 

Na Escola São Rafael, CPM paga os professores para não deixar os alunos sem aula. - Bruna Marini
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