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Acidente grave e mais uma morte na ERS-122

Raul Tartarotti, motorista de um caminhão betoneira, seguia em direção a Antônio Prado quando tombou na rodovia depois de chocar-se contra o paredão de pedras, um pouco antes da ponte sobre o Rio das Antas

O motorista de um caminhão betoneira morreu em um acidente por volta das 15h15min desta segunda-feira, dia 20, em uma curva do Km 108 da ERS-122, em Flores da Cunha. Raul Tartarotti, 39 anos, seguia em direção a Antônio Prado quando tombou na rodovia depois de chocar-se contra o paredão de pedras, um pouco antes da ponte sobre o Rio das Antas. Conforme testemunhas, o caminhão, um Volkswagen modelo 24.250, placas IQB-0158, de Caxias do Sul, da empresa Concresul, pode ter ficado sem freios. O concreto que Tartarotti transportava de Caxias do Sul para Ipê ficou espalhado rente ao paredão e sobre a pista. O caminhoneiro, que viajava sozinho, morreu no local.

As causas de mais um dos inúmeros acidentes registrados naquele trecho da rodovia ainda não são conhecidas. No entanto, conforme o sargento do Corpo de Bombeiros de Flores da Cunha, Cristiano da Silva, a hipótese mais provável é falha mecânica, uma vez que não restaram sinais de frenagem na pista. O caminhão percorreu um declive de mais de 3 km e, já desgovernado, quase no final da serra, conseguiu desviar de pelo menos três veículos que estavam na sua frente. Primeiro, o caminhão chocou-se contra o guard rail da rodovia, depois entrou na contramão e bateu no paredão. Natural de Farroupilha, Tartarotti morava em Caxias do Sul, e há dois anos trabalhava na Concresul, transportando concreto. Na segunda-feira, ele levaria a carga para uma obra em Ipê. Em menos de 20 dias este foi o segundo acidente com morte quase no mesmo local. No dia 2 de dezembro, um caminhão Scania carregado de cerveja tombou no km 107, matando o caminhoneiro Hélio Martins de Castro.

O sargento Cristiano da Silva, que auxiliou nos trabalhos de resgate ao corpo do motorista nesta segunda-feira, viveu situação semelhante em março deste ano quando, em atendimento a uma ocorrência, também no km 108, o caminhão da corporação ficou sem freios e colidiu contra o paredão. Cristiano e um bombeiro voluntário sofreram ferimentos leves ao serem arremessados para fora do veículo. O caminhão ainda não foi consertado, e desde então, o Corpo de Bombeiros de Flores, não atende mais a ocorrências naquele trecho por questão de segurança. O veículo reserva, um Ford fabricado em 1971, está sem condições de trafegar carregado em estradas com declive acentuado.



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