Economia

Indústria gaúcha avalia programas federais

Edição especial da Sondagem Industrial do RS foi realizada pela FIERGS

Pesquisa realizada pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS) revela a percepção dos industriais gaúchos sobre os programas federais lançados pelo Ministério da Economia durante a pandemia, entre eles o Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, criado ainda no ano passado. Devido aos rumos tomados pela Covid-19, novas medidas provisórias surgiram em 2021: a MP 1.045, permitindo a suspensão de contratos de trabalho e a redução de jornadas e salários, com compensação parcial da remuneração assegurada pelo governo; e a MP 1.046, com flexibilizações na legislação trabalhista, como antecipação de férias sem o pagamento imediato do terço, instituição do teletrabalho e suspensão da exigência de recolhimento do FGTS por alguns meses.

A edição Especial da Sondagem Industrial do RS – Programas Trabalhistas do Governo aponta também que, em 2020, 53,8% das indústrias do Rio Grande do Sul utilizaram a suspensão de contratos e/ou redução de jornada de trabalho e salário. Para avaliar as medidas, os empresários responderam se as ações realizadas pelo governo federal em 2021 foram efetivas para a manutenção dos quadros de funcionários. Uma nota de zero a dez, deveria ser atribuída, sendo zero para “Nada efetivas” e dez para “Totalmente efetivas”. A nota média ficou em 6,3, mostrando que o programa foi positivo na manutenção de empregos. Em termos percentuais, 20% atribuíram nota abaixo de 5 (baixa efetividade), 15% atribuíram nota 5 (média efetividade) e 65% atribuíram nota acima de 5 (alta efetividade).

Se em 2020, entre as indústrias, quase 54% aproveitaram a suspensão de contratos e/ou redução de jornada de trabalho e salário, em 2021 esse percentual é bem menor. Somente 20,4% das empresas utilizaram ou pretendem fazer uso das medidas para manutenção de empregos. A utilização/pretensão é semelhante na Transformação (20,1%) e Construção (22,4%). As grandes empresas são as que mais usam as medidas (26,4%) frente às pequenas (15,2%) e médias (15,6%). No ano corrente, ao contrário de 2020, a suspensão de contratos ganhou prioridade: 11,7% optaram por essa alternativa, frente a 8,2% que adotaram a redução de jornada. No ano passado, esse percentual foi de 33,6% e 38,4%, respectivamente.

Mais da metade das empresas (52,8%) consultadas utilizaram ou pretendem utilizar as medidas contidas na MP 1.046/2021, sendo a implementação do regime de teletrabalho a mais adotada, com 24,1%. Mas a demanda por uma nova rodada de medidas é baixa: a nota média dos respondentes foi de 4,4, considerando um intervalo de zero a dez. Em termos percentuais, 45% atribuíram nota abaixo de 5 (baixa demanda) e 36% atribuíram nota acima de 5 (alta demanda).

A edição Especial da Sondagem Industrial do RS foi realizada entre 1º e 13 de julho com 229 empresas: 46 pequenas, 77 médias, 106 grandes, sendo 195 da Indústria de transformação e 34 da Construção.

 - Divulgação
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