Segurança

A Polícia Civil de Farroupilha segue as investigações sobre o homicídio que vitimou o empresário Arquimedes Pandolfi, 62 anos, em sua propriedade na comunidade de Monte Bérico, próximo à divisa de Farroupilha com Flores da Cunha, no último sábado, dia 23. Pandolfi era natural do distrito de Mato Perso, onde foi sepultado na manhã de segunda-feira, dia 25.

De acordo com o delegado Rodrigo Veiga Morale, foi instaurado inquérito pelo crime de latrocínio, mesmo que nada tenha sido levado da propriedade pelos criminosos. “A intenção deles era um assalto e como houve a morte em decorrência da tentativa de assalto é um latrocínio consumado. Foi um crime de homicídio, não uma execução”, aponta o delegado.

A Polícia está analisando imagens de câmeras de segurança, aguardando o laudo pericial e ouvindo testemunhas. Morale adianta que não há suspeitos confirmados pela autoria do crime e a relação do homicídio com uma tentativa de assalto na residência de Pandolfi no início do ano não está confirmada. No dia 23, os criminosos invadiram a propriedade em Monte Bérico por volta das 21h. Segundo ocorrência policial, as câmeras de monitoramento mostraram que pelo menos quatro homens participaram do crime. Um deles conseguiu acessar o interior da casa onde estavam Pandolfi, a esposa e um idoso.

Após luta corporal com o assaltante, Pandolfi acabou sendo baleado. Este é o sétimo assassinato registrado em Farroupilha neste ano.

Comunidade assustada
“Ele sempre foi muito participativo na comunidade, da criação da Associação de Desenvolvimento Comunitário de Mato Perso às obras conquistadas, por tudo. É até difícil falar”, lamenta um amigo da família Pandolfi, que preferiu não se identificar. A morte do empresário, mesmo tendo sido em Farroupilha, deixou a comunidade do distrito de Mato Perso assustada e com medo.

Há alguns anos Pandolfi passou a residir em Monte Bérico, mas era em Santa Juliana que mantinha laços de amizade e comunitários. “Quando jovem, e ainda residindo em Mato Perso, foi atleta do Esporte Clube Corinthians, e por muito tempo jogou futebol no América de São Vítor. Até hoje era associado da comunidade de Santa Juliana onde colaborava ativamente. Participou muito do desenvolvimento de Mato Perso”, recorda o amigo.

Empresário do ramo de terraplanagem, Pandolfi era conhecido por famílias da região, por onde já tinha trabalhado. “Acredito que ele tenha trabalhado em praticamente todas as propriedades da região. Se dava bem com todos”, conta o amigo.