Segurança

O Juizado de Violência Doméstica de Caxias do Sul condenou, nesta quinta-feira, dia 30, o ex-secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Nova Pádua, Samoel Smiderle, a seis anos e quatro meses de prisão por tortura, agravada por ser servidor público, e agressões dirigidas à dignidade sexual e ao patrimônio contra uma mulher de Caxias do Sul. O caso aconteceu em 1º de novembro de 2020.
A esposa de Smiderle, Cláudia Luciane Grando, e a irmã dela, Cristiane Aparecida Grando Cavagnolli, também foram condenadas, mas somente pelo crime de tortura, com pena de quatro anos e oito meses cada. 
As penas devem ser cumpridas em regime semiaberto, mas ainda cabe recurso da decisão. 

Relembre o caso
Conforme a denúncia do Ministério Público (MP) de Caxias do Sul, o secretário municipal de Agricultura e Meio Ambiente de Nova Pádua, Samoel Smiderle, teria torturado, estuprado e roubado uma mulher em um parque de Caxias do Sul. Os crimes teriam sido praticados em conjunto com a companheira do secretário, a cunhada e outras duas mulheres que não foram identificadas.
Conforme a investigação, o secretário e a vítima tiveram um relacionamento amoroso. A esposa teria descoberto o caso, o que levou ao fim da relação entre o secretário e a vítima. Em 1º de novembro de 2020, ele teria marcado um encontro com a mulher com quem se relacionava. De acordo com o MP, a reunião estava marcada para ocorrer em frente à lagoa do Desvio Rizzo, em Caxias. A ocasião foi uma emboscada.
A mulher teria sido agredida com chutes, socos e arranhões, além de ter as roupas rasgadas e seu cabelo cortado, entre outros ataques. A violência física, as ameaças de morte e o sofrimento psicológico levaram o MP a classificar o crime como tortura. De acordo com a denúncia, as agressões só cessaram quando populares interviram, o que fez com que as quatro mulheres e o secretário paduense deixassem o local.