Segurança

Delegacia de polícia terá atendimento limitado

Redução ocorre devido à falta de recursos para manutenção dos serviços administrativos

A partir do dia 1° janeiro de 2019, a Delegacia de Polícia Civil estará com atendimento limitado para serviços de expediente, emissão de certidões de antecedentes criminais, fornecimento de certidões diversas, cópias de inquéritos policiais e termos circunstanciados, além de registros de acidentes de trânsito com danos materiais. A orientação é para que a população se dirija ao município de Caxias do Sul para evitar delongas no atendimento. De acordo com a titular, a delegada Aline Martinelli, a redução na prestação dos serviços administrativos ocorre porque não estão mais sendo repassados os recursos necessários para manutenção do atendimento.  Os repasses, destinados pelo Conselho Comunitário Pró-Segurança Pública (Consepro), foram cortados, o que afetou a permanência de duas servidoras cedidas à Delegacia de Polícia e que realizam o serviço. Gastos como materiais de escritório também foram suspensos. “Existe também um déficit muito grande de equipamentos de informática os quais estão sucateados, uma vez que o Estado, há muito tempo, não renova os materiais. Não há como retirar um policial da rua, que está investigando, para que fique realizando serviços administrativos”, pontua a delegada. 

Conforme a titular, que está há quase dez anos na cidade, nos últimos anos houve um descaso por parte dos órgãos públicos que auxiliam o policiamento. “Não há qualquer investimento, e agora, o pouco que havia está sendo cortado. Temos sorte que crimes mais graves não estejam ocorrendo, pois cidades vizinhas estão tomadas por facções”, frisa.  Em virtude disso, alguns serviços terão que ser buscados em outras delegacias.

O que diz o Consepro
De acordo com o presidente do Consepro, Itamar Brusamarello, a entidade deverá se reunir nos próximos dias com o prefeito Lídio Scortegagna para encontrar uma forma de manter o projeto de convênio entre o Judiciário florense e o Conselho – o repasse de recursos era obtido por meio de penas alternativas, as quais eram utilizadas para o pagamento das servidoras. O problema teria surgido há cerca de quatro meses, quando o titular da Comarca florense, o juiz Roberto Laux Júnior, pediu remoção para outra cidade e o Judiciário local passou a ser comandado por um juiz substituto. Com isso, os recursos deixaram de entrar nos cofres da entidade. 

Segundo Brusamarello, pelo menos uma das secretárias será mantida até o fim deste ano. Em janeiro do próximo ano, quando um novo juiz deverá ser empossado, o Consepro e o poder público deverão se reunir para buscar uma alternativa. “Está bem complicado. A única fonte de renda para pagamento das servidoras vinha desses repasses do Judiciário, que há algum tempo não é mais feito”, reclama. De acordo com ele, o Consepro gasta mais de R$ 30 mil por ano com o salário das servidoras.

A partir de janeiro atendimento limitado em Flores. - Divulgação
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