Segurança

Bombeiros alertam para os cuidados na água

Número de afogamentos cresce durante o período de férias e cautela pode evitar a tragédia. Flores e Nova Pádua não registraram nenhuma ocorrência neste ano

Com as altas temperaturas do verão, é comum que as pessoas busquem mais momentos de lazer em lugares com água para se refrescar e aproveitar ao lado da família e amigos. Contudo, é exatamente neste período que, segundo o Corpo de Bombeiros, aumenta significativamente a incidência de afogamentos, ocorrências que acontecem principalmente nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro, nos finais de semana, e em locais onde não há a abrangência de profissionais como guarda-vidas. No Rio Grande do Sul, desde o feriado de Natal até esta semana, foram registradas mais de 17 vítimas de afogamentos, a maioria onde não havia a presença de salva-vidas. Em Flores da Cunha e Nova Pádua nenhum incidente foi registrado. Na região, dois afogamentos foram registrados pelos Bombeiros, que destacam que, em comparação com o mesmo período do ano de 2017, houve uma redução de 50% no atendimento deste tipo de ocorrência.

Com o intuito de evitar a tragédia, a tenente Juliana de Morais Damin, comandante do Batalhão de Bombeiro Militar de Flores da Cunha, alerta para alguns cuidados indispensáveis na hora do lazer, seja em rios, açudes a até mesmo em piscinas. “Cuidado nunca é de mais. Crianças sempre com supervisão e adultos com cautela, evitando o consumo de bebidas alcoólicas ou alimentos pesados antes de entrar na água. Se não conhece o local deve se informar antes de entrar e, mesmo se conhecer, precisa prestar atenção na movimentação das águas, resultado de chuvas, por exemplo. Nunca se arrisque, mesmo que saiba nadar, pois a maioria dos casos de afogamentos são de pessoas que sabiam nadar. A prevenção é sempre o melhor caminho”, resume Juliana.

O Corpo de Bombeiros do Estado realiza a Operação Verão – um planejamento adotado pelas corporações em virtude do expressivo aumento do número de frequentadores nas praias. Os últimos dados divulgados apontaram para mais de 160 salvamentos de dezembro a janeiro – 115 no Litoral Norte e mais de 40 em águas internas, além do Litoral Sul. Entre as praias com mais registros de afogamentos está Torres.

Em Flores da Cunha, o último caso de afogamento ocorreu em outubro de 2017, quando uma criança foi encontrada já sem vida após ter caído em uma piscina, na localidade de São Gotardo.

Os cuidados
– Para bebês e crianças pequenas, até baldes, banheiras e vasos sanitários podem oferecer riscos. Um adulto deve sempre supervisionar as crianças e adolescentes onde houver água, mesmo que saibam nadar ou que os locais sejam considerados rasos;
– Não superestime sua natação, em 46% dos afogamentos as pessoas achavam que sabiam nadar;
– Evite álcool e alimentos pesados antes de entrar no mar, açudes ou rios;
– Seja prudente ao tentar salvar alguém, pois muitas pessoas morrem desta forma. Sempre que possível chame um salva-vidas;
– Antes de mergulhar em águas, verifique a profundidade;
– Evite o banho próximo às plataformas de pesca e desembocaduras de rios e costeiras, pois nestes locais existem correntes de retorno (repuxo) permanentes;
– Assim que avistar uma pessoa se afogando, ligue imediatamente para o Corpo de Bombeiros – 193;
– Em rios, observe as correntezas, os buracos e os galhos submersos;
– Em açudes e barragens, verifique a profundidade, os galhos e o lodo no fundo;
– Em cascatas, veja profundidade, pedras e água;
– Evite brincadeiras como simulações de afogamentos ou forçar a cabeça de um amigo para dentro da água;
– Siga as placas de orientações sobre o perigo;
– Evite banhos em período de enchentes ou em zonas de correnteza;
– Mantenha-se distante das rochas. 

No mar
– Pergunte ao salva-vidas o melhor lugar para o banho;
– Banhe-se sempre próximo ao posto de salvamento com salva-vidas.
– Afaste-se de animais marinhos como água-viva e caravelas;
– Tome conhecimento e obedeça as bandeiras de sinalização de perigo;
– Reconheça suas habilidades e limites;
– Não ultrapasse profundidades superiores à cintura;
– Evite pontos com correntes, obstáculos e em desembocaduras de rios. Mais de 85% dos afogamentos ocorrem em buracos e valas;
– Evite mergulhar perto de costões;
– Cuidado com as superfícies escorregadias e cortantes dos costões;
– Nunca perca crianças de vista e indique a elas onde podem tomar banho.

Em piscinas
– Quando a piscina estiver fora de uso, faça um cercamento de proteção com a altura mínima de 1,5m e, no máximo, 12cm entre as barras verticais. O cercamento reduz os afogamentos de 50% a 70%. Evite a colocação de brinquedos próximos à piscina. Isso atrai crianças. Mais de 40% dos proprietários de piscinas não sabem realizar os primeiros socorros;
– Crianças devem sempre estar sob a supervisão de um adulto. Cerca de 89% das crianças não têm supervisão durante o banho de piscina. Quase 90% dos afogamentos em piscinas ocorrem por distração do adulto. Leve sempre as crianças junto, caso preciso afastar-se do local;
– Boia de braço não é sinal de segurança. Apenas 2,5cm de água são suficientes para afogar uma criança. Boa parte dos afogamentos acontece em razão de 10 segundos de desatenção.

Fonte: Corpo de Bombeiros

No mar as crianças não podem ficar desacompanhadas. - Divulgação
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