Saúde

Mais de um terço da população está vacinada

Conheça um pouco mais das quatro vacinas aplicadas em Flores da Cunha: CoronaVac, AstraZeneca, Pfizer e Janssen. E atenção, sábado é dia de vacinação da primeira e segunda dose

12.904 (ou 41,5% da população). Este é o número de florenses que já receberam a primeira dose da vacina contra a Covid-19. Destes, 36,1% já está com a imunização completa – 4.662 pessoas receberam a segunda dose, o que representa 15% da população que é estimada em 31.063 pessoas, segundo o IBGE.
“As pessoas estão sim buscando a vacinação”, afirma a secretária da Saúde, Jane Paula Baggio. Conforme a chefe da pasta, a Secretaria não tem uma precisão de quanto é a população por faixa etária por ter um senso muito desatualizado. “Fizemos uma estimativa de número de pessoas por faixa etária dentro do crescimento populacional e, com base nisso, podemos afirmar que temos uma procura importante”, relata Jane que intensifica. “Quem não consegue buscar a vacinação nas ações, pode procurar o Centro de Saúde durante a semana. Precisamos todos nos vacinar, pois essa é uma das nossas melhores ações para vencer a pandemia”, relata.
O município florense já vacinou a população com quatro tipos de vacina: CoronaVac, AstraZeneca, Pfizer e Janssen. “Praticamente não tivemos negativa de algum munícipe de fazer escolha de laboratório. São poucos os casos de preferência, mas a gente diz que a vacina boa é aquela que está no braço da população”, enaltece Jane que informa que por isso não são divulgados nos drives a vacina (laboratório) que será aplicada. “Todas as vacinas são boas, a gente reforça isso, todas elas têm a autorização da Anvisa, que é nosso órgão máximo, e sabemos que não é a escolha da vacina que vai fazer a diferença e sim o maior número de pessoas vacinadas”, frisa Jane.
Conforme a secretária, atualmente o município não está com falta de doses para a segunda aplicação. “Tivemos ação na quarta-feira e teremos neste sábado e todas as doses já estão no nosso município”. 
Neste sábado, dia 3, a vacinação ocorre para a população de 63 anos que tem que realizar a segunda dose da vacina Oxford/AstraZeneca/Fiocruz agendada na carteirinha para o dia 3 de julho. A vacinação ocorre no salão paroquial, das 10h às 11h30min. Antes, das 8h às 10h, terá vacinação da primeira dose para pessoas de 43 anos ou mais. É preciso apresentar documento com foto, Cartão SUS e carteirinha de vacinação. O grupo Flores do Bem Voluntariado estará arrecadando alimentos, itens de higiene e cobertores no local.
“Diariamente analisamos como está se comportando a procura da população durante a semana no Centro de Saúde após as ações. Então, antes de abrir uma nova faixa etária, precisamos finalizar as faixas etárias que a gente tem em aberto e, claro, se as pessoas não vieram buscar a gente vai baixando a idade, porque não queremos vacina na geladeira, queremos as vacinas na população”. 

As vacinas e suas reações
Conforme a florense Ana Paula Muterle, mestre em virologia, toda vacina é produzida sob um rígido controle de qualidade, eficácia e, principalmente, segurança. “Durante o desenvolvimento, as vacinas são submetidas a uma série de testes que ocorrem em etapas, incluindo ensaios clínicos projetados para identificar e evitar qualquer efeito adverso que possa ocorrer. Os resultados desses testes são cuidadosamente analisados pela Organização Mundial da Saúde, a qual aprovará ou não o imunógeno e recomendará sua administração”, explica Ana Paula. 
Sendo assim, as quatro vacinas que estão disponíveis no Brasil – CoronaVac, AstraZeneca, Pfizer e Janssen – foram submetidas à rigorosa avaliação realizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) antes de serem distribuídas para a população. “Todas as vacinas têm como finalidade estimular o sistema imunológico contra um agente causador de doença (patógeno). No caso das vacinas contra o novo coronavírus, elas são produzidas com diferentes metodologias e tecnologias, por isso diferem quanto à proteção e possíveis reações adversas”, relata a virologista. 
A CoronaVac é produzida por uma das metodologias mais clássicas, na qual o vírus é cultivado em laboratório, inativado e purificado. Vacina contendo vírus inativado induz uma resposta imunológica menos intensa, por isso uma substância (adjuvante) deve ser adicionada para auxiliar o sistema imunológico a produzir anticorpos contra o vírus. “Esse é um dos motivos pelo qual a CoronaVac não tem causado nenhum tipo de reação às pessoas imunizadas”, relata. 
Por outro lado, a vacina AstraZeneca é produzida com uma metodologia que induz maior resposta ao imunizado, o que tem causado alguns desconfortos nos primeiros dias após a vacinação, como febre, dor no corpo, náusea, entre outros. “Efeitos colaterais leves após a vacinação podem ou não ocorrer, dependerá do sistema imunológico de cada indivíduo. Qualquer que seja a reação, ela é passageira e sinaliza que o sistema imune está gerando proteção”, declara Ana Paula. 
Apesar de, até o momento, nenhuma das vacinas serem 100% eficazes contra a infecção, conforme a também doutora em Biologia Celular e Molecular, “a vacinação protege contra o desenvolvimento de doença severa, necessidade de hospitalização e poderia ter evitado milhares de mortes”. 
Contudo, conforme Ana Paula, ainda não se pode afirmar “se conseguiremos erradicar esse vírus ou se precisaremos de reforços vacinais no futuro próximo. Provavelmente, esse vírus continuará circulando, porém em menor intensidade ou sem causar tanto dano, como acontece com o vírus influenza (vírus da gripe). O que podemos afirmar é que a vacinação em massa da população é a “arma” mais eficaz para frear a circulação do vírus e o surgimento de novas variantes”, finaliza Ana Paula. 

Dados mês de junho
O mês de junho contabilizou 834 casos de Covid-19 e nove mortes foram registradas em Flores da Cunha. No ano de 2021, junho ficou somente atrás do mês de março, que até o momento foi o que mais teve casos, 985. 
As duas primeiras semanas do mês contabilizaram números bastante elevados, chegando a 270 casos em sete dias. A terceira e quarta semana teve uma redução de 50% nos casos. 
“Começamos o mês com uma preocupação grande com o número elevado de casos de contaminação, não só no nosso município, mas em todo o Estado. Na maioria dos municípios vimos esse crescente de casos, de internações e de UTIs também, um cenário que foi muito preocupante”, analisa a secretária de Saúde, Jane Paula Baggio, que relata a baixa nos últimos dias. “Ainda não estamos confortáveis com os números de internações. Flores da Cunha segue com um número grande de pessoas internadas em UTIs e pessoas de uma faixa etária de adulto e não mais de idosos. Acredito muito nas vacinas”, diz. 
A secretária continua enfatizando o quanto é importante as pessoas buscarem a vacina e continuarem com a utilização de máscaras, higienização das mãos e evitar aglomerações. “A nossa preocupação no município ainda é com as festas clandestinas, que a gente vê todo final de semana. Isso nos preocupa, porque o público jovem não está vacinado, ele também está ficando doente e está dando continuidade a essa cadeia de transmissão da infecção que é justamente isso que precisamos cortar”, finaliza.

 - Arquivo O Florense
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