Ginecologistas e pacientes reforçam a necessidade de realizar o autoexame
Estimativas indicam que na região Sul o câncer de mama é um dos principais responsáveis pela incidência de morte pela patologia
Aos 33 anos, Juliana Massoni (foto) reforça a importância do autoexame. A jovem descobriu a doença por meio do principal sintoma: a presença de um nódulo no seio.
— Um dia, estava deitada me preparando para dormir e mexendo no celular. Fui arrumar o meu pijama e passei a mão na lateral do seio esquerdo. Foi quando notei um círculo, uma bolinha, um volume. No dia seguinte, no banho, investiguei e concluí que, de fato, era um nódulo e que precisava procurar um médico — relembra.
Apesar de ter notado o sintoma, Juliana postergou a ida ao profissional. Foi apenas dois meses depois, entre marcar a consulta e conseguir comparecer, que a mastologista, por meio de uma ecografia e biópsia, revelou o diagnóstico. Seu tratamento incluiu cirurgias, quimioterapias e a retirada total das mamas, que, segundo ela, poderiam ter sido evitadas se não tivesse tardado a procurar ajuda.
— É muito importante estarmos atentos aos sintomas do nosso corpo e ao que ele está dizendo, inclusive para o nosso emocional. Não devemos deixar o tempo passar: se tiver um nódulo ou qualquer suspeita, procurem um médico o quanto antes e tratem com urgência. Talvez, se eu tivesse recebido o diagnóstico antes, não teria precisado fazer a quimioterapia. Poderia ter retirado o nódulo antes — conta Juliana.
O ginecologista Marcio Rigotto salienta que o câncer de mama é um dos principais responsáveis por mortes por câncer, especialmente na região Sul.
— Os principais sintomas sugestivos de câncer de mama são o aparecimento de um nódulo no seio e a secreção que sai pelo mamilo com aspecto sanguinolento ou semelhante a uma borra de café. Há outros sintomas que são subjetivos, como a dor na mama — esclarece.
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