Saúde

Em um mês, casos confirmados aumentam 329%

Resultados positivos passaram de 35 para 150

Os números da Covid-19 mostram que, em um mês, o número de pessoas que contraíram o novo coronavírus aumentou 329% em Flores da Cunha. De 9 de junho a 9 de julho, a quantidade de pacientes infectados passou de 35 para 150. A  média tem sido de 28 novos casos por semana, chegando a 32 nos últimos sete dias.

Nos nove primeiros dias de julho, já foram notificados 41 casos positivos da doença na cidade, o que representa 43% do total do mês anterior (95). Em maio, o município contabilizou 13 casos confirmados e em abril, apenas um. Desde o início da pandemia, uma morte foi registrada em decorrência da Covid-19.

O secretário municipal da Saúde, Vanderlei Stuani, cita três fatores ao analisar a evolução das infecções. O primeiro deles, seria a ampliação das testagens, o que naturalmente resultaria em mais confirmações. Outra razão, segundo Stuani, seria a migração da  doença para o interior, a exemplo do que ocorreu em São Paulo. “Começou nos grandes centros e foi para municípios menores”, compara.

A terceira justificativa estaria no relaxamento das medidas de proteção por parte da população. “Percebe-se muitas festas, reuniões e aglomerações. Mas as normas seguem valendo”, salienta o secretário, acrescentando que, embora o sistema de saúde do município e da região ainda não esteja no limite, a tranquilidade “pode ser passageira”, se não houver colaboração de todos. “O que anima é que há poucos casos de internações e, quando há, elas são rápidas”.

Os dados divulgados diariamente pelo Centro de Operações de Emergência (COE) também apontam que 64% dos pacientes que testaram positivo para a Covid-19 já são considerados recuperados. Até esta quinta-feira, dia 9, o total chegava a 96. Em 9 de junho, quando havia 35 casos confirmados em Flores da Cunha, o percentual de curados era de 22% (oito pacientes).

Risco de adoecimento

Com população de 30.745 habitantes, Flores da Cunha tem uma taxa de 488 infectados a cada cada 100 mil pessoas, acima da vizinha Caxias do Sul, com população 16 vezes maior e uma taxa de 302 infectados a cada 100 mil pessoas. Na Capital, Porto Alegre, a taxa é de 303 para cada 100 mil e no Rio Grande do Sul, 320. Os números baseiam-se nas estatísticas do dia 9 de julho.

“Essa taxa nos mostra o risco que uma população tem de adoecimento, a velocidade de novos infectados e o reflexo das estratégias adotadas para evitar a propagação viral. Ou seja, quanto maior a taxa e o seu crescimento, maior a probabilidade de a população adoecer. O que se espera é que a curva de casos novos estabilize por um determinado período e após reduza para que estratégias de saúde pública se tornem mais flexíveis”, explica a infectologista Viviane Buffon, que atua no Hospital Fátima.

Perfil dos pacientes

Dos 150 casos positivos na cidade, 84 (56%) são mulheres. A faixa etária predominante é a dos 21 a 40 anos. Sâo 68 pacientes (45%).

Com 23 casos, o bairro União contabiliza o maior número de infectados. Na sequência, aparecem Aparecida (22 casos), Centro (20 casos) e São José (21 casos).

Veja a lista completa dos bairros com casos positivos:
União: 23
Aparecida: 22
Centro: 20
São José: 21
Nova Roma: 12
Lot. Monte Belo: 9
São Cristóvão: 7
Pérola: 6
Comun. São Roque: 5
São Gotardo: 3
Parque dos Pinheiros: 3
Comun.  Alfredo Chaves: 3
Linha 60: 4
Villagio: 2
Otávio Rocha: 3
Videiras: 2
Comum. N. Sra. Do Carmo: 1
Granja União: 1
Vindima: 1
Comun. São Paulino: 1
Comum. Lagoa Bella: 1

 - Foto Diego Adami
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