Saúde

Covid-19 volta a trazer preocupações

Apesar de o município florense não ter registrado casos das novas variantes, o número de infectados voltou a subir

A preocupação em relação à Covid-19 retornou ao Brasil. Prova disso é que, na última terça-feira, dia 22, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou uma nova resolução que retoma a obrigatoriedade de máscaras em aeroportos e aviões, devido ao aumento de casos pelo país e aos registros de infectados com as novas sublinhagens da variante Ômicron. A medida entrará em vigor nesta sexta-feira, dia 25, e substituirá a de agosto deste ano, que previa o uso de máscaras somente como recomendação.
No Rio Grande do Sul, dos 497 municípios gaúchos, três já identificaram pessoas com as novas variantes do vírus – Porto Alegre, Santa Maria e Gramado. O primeiro caso da variante BQ.1, contabilizado no estado, ocorreu no fim do mês de outubro, em Porto Alegre. Em novembro, outros oito casos foram confirmados – cinco em Porto Alegre e três em Santa Maria – somando, assim, nove casos. Recentemente também foi detectada outra variante, a BE.9, na amostra de um homem residente em Gramado. 
Apesar de a cidade de Flores da Cunha não apresentar nenhum caso da sublinhagem, a Secretaria da Saúde segue em alerta, uma vez que não há como saber de que forma o vírus se comportará. “Sempre é motivo de preocupação quando surge uma nova sublinhagem ou uma nova variante, pois não sabemos como o vírus irá se comportar frente à nossa comunidade. Até o momento, não temos nenhum caso notificado da nova variante em nosso município”, revela a secretária da Saúde, Jane Paula Baggio, ao mesmo tempo em que informa que os sintomas destas sublinhagens não diferem muito dos que já vinham sendo sentidos pelas pessoas com a doença, como congestão nasal, tosse, coriza e cansaço.
Flores da Cunha vinha, desde o mês de setembro, mantendo um número baixo de casos. De acordo com os dados dos últimos boletins da Covid-19, o município registrava uma média de 8 a 15 casos, a cada 15 dias. “Nos últimos meses, em comparação aos primeiros meses do ano, tivemos uma diminuição significativa de casos e praticamente nenhuma internação. Comportamento esperado de uma doença viral após a vacinação de um grande número de pessoas”, relata Jane. 
Porém, no último boletim, divulgado na terça-feira, dia 22, houve uma elevação na quantidade de contaminados. Foram confirmados 50 novos casos nos últimos 15 dias, 38 a mais que o penúltimo boletim, divulgado no dia 7 deste mês, onde foram registrados apenas 12 casos.
Além da chegada da sublinhagem da variante Ômicron, a proximidade da época de final de ano é um momento que pode influenciar na elevação de casos e disseminação do vírus. “Temos o risco de aumento de casos devido às aglomerações de final de ano, alavancado também por muitas pessoas sem o esquema vacinal completo e o relaxamento das medidas de proteção”, informa Jane, reforçando que sempre que houver circulação de uma doença viral é importante manter os cuidados para evitar a contaminação.

Vacinômetro
Com o aumento das subvariantes da Covid-19 no Rio Grande do Sul, o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) lançou, na última segunda-feira, dia 21, um novo informe com recomendações de atualização do esquema vacinal contra a doença e o uso de máscara em alguns casos, como, por exemplo, por pessoas com comorbidades, idosos e pessoas que apresentarem sintomas respiratórios. O informe visa incentivar a vacinação de quem ainda não está com esquema vacinal completo. 
Em Flores da Cunha, o número de pessoas que não concluiu o esquema vacinal é grande. De acordo com o vacinômetro, disponibilizado no site da prefeitura, das 13.965 pessoas, de 18 a 59 anos, sem comorbidades, que fizeram a primeira dose, 13.090 também receberam a segunda aplicação, mas, apenas 7.363 (52,72%) receberam a dose de reforço 3 e 1.245 (8,91%) a dose de reforço 4. Já entre as pessoas acima de 60 anos, sem comorbidades, 5.844 receberam a primeira dose, 5.831 também receberam a segunda aplicação, mas, apenas 4.809 (82,28%) procuraram a dose de reforço 3 e 2.186 (37,40%) a dose de reforço 4. 
“A procura pela vacinação segue baixa, muitas pessoas ainda não completaram o esquema vacinal”, relata a secretária de Saúde, ao mesmo tempo em que diz que a imunização das crianças também está com pouca adesão. Das 2.544 crianças, de 3 a 11 anos, sem comorbidades, estimadas pelo vacinômetro, apenas 1.102 (43,31%) receberam a primeira e 732 (28,77%) a segunda dose. Justamente por isso, a secretária frisa que a vacina segue disponível no Centro de Saúde Irmã Benedita Zorzi, de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h30min e das 13h15min às 17h30min.
Conforme Jane, até o momento, a imunização da Covid-19 possui quatro doses e não há novas orientações dos órgãos responsáveis. A secretária da pasta reforça, ainda, a importância de completar o calendário das vacinas: “Como qualquer esquema vacinal, ele só se torna mais eficaz se estiver completo”, explica, finalizando que a comunidade deve atentar para as medidas de proteção e buscar atendimento caso apresente sintomas.

 - Divulgação
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