Covid-19 impõe nova rotina às academias
Horário agendado, limite de alunos e uso de máscaras estão entre as exigências
A pandemia de coronavírus impôs uma nova rotina às academias de Flores da Cunha. Para evitar a transmissão da Covid-19, uma série de medidas precisou ser adotada para continuar oferecendo os serviços em cumprimento ao decreto municipal 5.841, publicado no dia 17 de abril. Na prática, para continuarem abertos, os estabelecimentos tiveram de reduzir em, no mínimo, 70% a capacidade de alunos ao mesmo tempo para possibilitar uma distância mínima entre um e outro e suspender o desenvolvimento de atividades com contato pessoal entre os praticantes. Outra exigência é o uso de máscara por professores e clientes durante o treino e a higienização constante de mãos e equipamentos com álcool em gel.
Aos poucos, professores e alunos vão se adaptando à nova realidade. Para cumprir as determinações do decreto, o Studio Equilíbrio e Movimento, que já atendia somente com horário marcado, passou a ter um cronograma ainda mais rigoroso. Se antes do coronavírus a sala chegava a contar com até 12 alunos treinando simultaneamente, agora, o número chega a, no máximo, quatro. Os treinos passaram a ser mais rápidos, não excedendo uma hora.
Conforme a proprietária, Luciana Pulino, alguns alunos optaram por continuar seus treinos em casa, por meio de transmissões online divulgadas pela academia. Também houve bastante cancelamentos, especialmente de idosos. Com menos demanda, professores e estagiários tiveram horários reduzidos. “Procuramos adotar todos os cuidados necessários. Atividade física é importante para manter a imunidade alta”, salienta a educadora física.
A comerciante Marisete Rodrigues, 49 anos, voltou a treinar depois de período em casa. Ela conta que o uso da máscara durante os exercícios exige uma concentração maior na respiração, mas, segundo ela, o importante é não desanimar e continuar se exercitando. “Acho que todo mundo tem um pouquinho de medo de retornar à rotina normal em função da doença, mas o importante é não parar. A gente vai ter que conviver com isso por muito tempo, então temos que nos adaptar”, acredita.
Outro ponto negativo, acrescenta, é a falta de convivência com os colegas, o que também acabava sendo mais um motivo para frequentar as aulas. “Às vezes a gente se fala, se liga. É uma forma de matar a saudade. A gente tinha um grupo bem legal, que se via todos os dias”, lamenta Marisete.
Na Fórmula Fitness, o esquema é semelhante: permanência de, no máximo, uma hora na academia, horários agendados e aulas coletivas, bem como treinamentos específicos para grupos de risco, apenas pela internet. Em horários de pico, que chegavam a ter de 60 a 80 alunos na academia, atualmente são de, no máximo 20. “Ainda não permitimos a entrada nos vestiários para não ter problemas com agrupamentos. Assim, podem treinar e se sentir bem em um ambiente extremamente higienizado e organizado”, afirma a proprietária, Diana Meneguzzo Garibaldi.
Além de fazer bem para o corpo, a prática de exercícios traz benefícios para a mente, o que é muito importante para manter-se bem durante este período de distanciamento social. Algo semelhante a uma terapia para se desligar dos problemas, como define a auxiliar administrativa Bárbara Schiavenin, 29. “Foi bem complicado ficar sem treinar e, voltando dessa forma, garante a segurança de todos. Nesse momento difícil que estamos passando acho bem importante ter essa válvula de escape”, reflete.
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