Política

Projeto para calçamento de ruas tem ampla e improdutiva discussão na Câmara de Vereadores

O que era para ser a votação normal de um projeto na Câmara de Vereadores de Flores da Cunha, na noite de ontem, 15 de agosto, tornou-se uma longa discussão que, em resumo, não serviu para nada.

No dia 8 de agosto o vereador Moacir Ascari (PMDB) pediu tramitação com urgência urgentíssima para o projeto de lei que destina R$ 41 mil para o calçamento com bloquetos de duas ruas no loteamento Zuppa, na localidade de Nova Roma.

O projeto, na verdade, transfere os R$ 41 mil originalmente destinados na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do ano passado para a manutenção de uma ponte na localidade de Linha 100, verba que será suprida posteriormente pela administração, informa o líder de governo, Valdir Franceschet (PMDB). O pedido foi aceito por unanimidade e a proposta foi discutida e votada na sessão de ontem, 15 de agosto.

O motivo da improdutiva discussão foi o pedido de vistas feito pelo vereador Alexandre Scortegagna (PP), para postergar a apreciação do projeto por 48 horas, ou seja, transferindo a votação para quarta-feira. Para que esse adiamento fosse aceito seria preciso que os parlamentares aprovassem a solicitação, o que de fato ocorreu.

“O projeto recebeu parecer favorável nas comissões. Vai adiantar o que esse adiamento? Não vai adiantar nada, vota-se hoje e pronto”, disse Ascari. “O que me surpreende é a urgência urgentíssima. É igual à urgência urgentíssima para a compra do carro do prefeito. A manutenção da ponte é uma urgência urgentíssima”, contrapôs Gilberto Malacarne (PSDB).

“O senhor está tumultuando tudo para satisfazer seu ego, porque a emenda à LDO que destinou a verba à ponte é de sua autoria. Os R$ 41 mil previstos não são suficientes para arrumar aquela ponte, mas sim para fazer as obras em Nova Roma. O seu pedido feito pelo Alexandre é só para atrapalhar os trabalhos”, contextualizou Renata Zorgi Lusa (PMDB).

“Estão fazendo uma tempestade num copo de água. Essas 48 horas não vão resolver muita coisa. É preciso ter coerência e vergonha na cara. E é preciso comprometimento da prefeitura para fazer as duas obras”, disse o suplente Moacir Mattana (PDT).

“Vota-se hoje e se derruba o projeto se for o caso. A oposição é maioria”, ironizou Franceschet, o líder de governo. “Estão fazendo politiquinha hoje. É mais importante arrumar a ponte primeiro, depois as ruas de Nova Roma”, emendou Élio Salvador (PP).

Ao fim das manifestações, foram contra o pedido de vistas (adiamento da votação) Ascari, Franceschet, Renata, Mattana e Valdomiro Viasiminski (PRB); e favoráveis, Scortegagna, Malacarne e Salvador. Em seguida, houve, enfim, a votação do projeto. Mas não antes sem mais discussões.

“Cadê o dinheiro destinado das sobras da Câmara para a Estrada Velha? E o dinheiro para a viagem da rainha e das princesas da Fenavindima? E o dinheiro para melhorias na Feira do Agricultor? Esse dinheiro foi devolvido para a prefeitura, então, eles têm dinheiro para a ponte e para as ruas de Nova Roma”, recordou Salvador.

“Acho que estão colocando pimenta de forma exagerada nesse assunto. Acho que há o comprometimento do prefeito em fazer as obras”, opinou Mattana.

A votação do pedido de vistas se repetiu no projeto, sendo aprovado por maioria. Dessa forma, a prefeitura irá encaminhar o calçamento com bloquetos de duas ruas no loteamento Zuppa com a verba de R$ 41 mil originalmente prevista para a manutenção de uma ponte na estrada da Linha 100-Capoeirão. Tão logo tenha recursos disponíveis, informa o líder de governo, as melhorias serão encaminhadas também na ponte.

 

Sessão foi realizada na noite de segunda-feira, 15 de agosto. - Fabiano Provin/O Florense
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