Política

Partidos devem cumprir cota de 30% para mulheres

Emenda vetou a celebração de coligações nas eleições proporcionais

A Emenda Constitucional (EC) nº 97/2017 vetou, a partir de 2020, a celebração de coligações nas eleições proporcionais para o legislativo. As coligações serão permitidas apenas para as chapas majoritárias. Desta forma, cada partido terá que, individualmente, indicar o mínimo de 30% de mulheres para concorrer à Câmara de Vereadores. Em Flores da Cunha e Nova Pádua, se os partidos preencherem todas as vagas, terão que ter pelo menos quatro mulheres do total de 14 candidatos que cada sigla pode inscrever. Outra novidade que a legislação estabelece é a obrigatoriedade de percentual mínimo de 30% para mulheres e o máximo de 70% para candidaturas de cada sexo. Ou seja, um partido não pode ter candidatos de um só sexo. Também significa que, se um partido não apresentar candidatos a todas as vagas, a cota de 30% para um dos sexos deve ser mantida. 
Em Flores da Cunha, nem todos os partidos tem núcleos femininos. O Republicanos e o Progressistas contam com estruturas específicas para as mulheres. Acompanhe, a seguir, como alguns dos partidos trabalham a questão da mulher para as eleições 2020. 
Republicanos: o movimento Mulheres Republicanas conta com 14 integrantes e é presidido por Sandra Camargo de Lima. Ela que já foi a primeira e única mulher a presidir a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Flores da Cunha e a mais votada pra o Conselho Tutelar em 2003, com 307 votos, deverá concorrer pela terceira vez à Câmara de Vereadores. Ela conta que o Republicanos já tem quatro candidatas ao legislativo, as quais já estão com material fotográfico pronto e participando, periodicamente, de cursos online sobre política e comunicação em preparação para a campanha. O núcleo conta com o apoio da deputada estadual Fran Somensi, que tem disponibilizado a equipe de seu gabinete para a preparação política das integrantes do núcleo feminino. Sandra Camargo relata que também estão trabalhando na organização, em Flores da Cunha, de um núcleo de prevenção à violência contra a mulher. 


Progressistas: com duas mulheres candidata à prefeita, nas últimas eleições, Giovana Ulian, em 2012, e Roberta Verdi, em 2016, o partido criou o Mulher Progressista em 2017 com o objetivo de atuar no empoderamento da mulher na política. A coordenadora Giovana Ulian explica que as mulheres podem contribuir muito com a política e com a sociedade, já desempenhando importantes papéis em diversos setores. Ela conta que através deste movimento, tem conseguido mobilizar e ativar várias líderes mulheres e já contam com seis nomes como pré-candidatas, podendo finalizar com cinco nomes concorrendo pelo partido. Para estimular e apoiar as pré-candidatas o Mulher Progressista estadual está realizando uma série de lives. Em nível municipal, Giovana explica que não há um direcionamento específico, mas as mulheres estão integradas à construção das propostas de definições com vistas às eleições de novembro. 


MDB: mesmo não tendo um núcleo feminino, o MDB deve reunir, na próxima terça-feira, dia 28, um grupo de mulheres e lideranças para debater, na visão feminina, o futuro do município. O presidente Everton Scarmin cita que são encontros com poucas pessoas, devido à pandemia, e que o partido terá quatro mulheres concorrendo à Câmara. Sobre as coligações, Scarmin afirma que o MDB ainda aguarda a posição do PSB e que já tem diversos partidos confirmados na configuração de coligação para chapa majoritária. Sem citar os mesmos, tudo indica que já confirmaram permanência no acordo com o MDB o PTB, PT e Solidariedade.
PDT: de acordo com o presidente do partido, Domingos Dambrós, o PDT terá quatro mulheres concorrendo à Câmara. Em relação às candidaturas, ele cita que o partido segue em conversações internas sobre os possíveis candidatos a prefeito: o juiz aposentado Sérgio Augustin, a vereadora Claudete Gaio Conte, o próprio Domingos Dambrós e, ele acrescenta ainda, o nome do advogado Miguel Debortoli, que nas discussões internas também é lembrado como possível candidato à majoritária. Em relação às coligações, Dambrós afirma que nada está definido, pois todos estão esperando as definições dos quatro maiores partidos: PP, MDB, PSB e PDT. “Os partidos querem saber se terão espaços para as decisões políticas, por isso querem segurança na cabeça de chapa”, finaliza o trabalhista. Como não tem aliança para vereador, o partido que não eleger ninguém, pode ficar sem representação, se não pertencer a uma coligação.

 - Divulgação
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