Política

O balanço das eleições

Partidos avaliam a participação no pleito municipal e projetam os próximos passos

MDB
Depois de oito anos comandando a administração municipal, o MDB agora vai se configurar como um partido de oposição consciente e responsável, sempre prezando pelo melhor para a comunidade, segundo o presidente Everton Scarmin.
O partido, que foi a sigla que mais conseguiu emendas para o município nos últimos anos, perdeu um assento na Câmara. “Quando há três candidatos a prefeito, são três correntes, o que dificulta manter a quarta cadeira”, avalia Scarmin.
O projeto do partido é seguir trabalhando para voltar mais forte daqui a quatro anos, passando por uma renovação e atraindo lideranças jovens. 

 

Patriota
Com apenas cinco meses de existência, o Patriota conseguiu quase mil votos, desempenho avaliado como positivo pelo presidente do partido, Ilvo Salvador. 
Sobre a decisão de entrar para a coligação que elegeu o prefeito César Ulian, o partido diz que fez uma exigência: “Só aceitamos porque não havia promessas de cargos, que serão escolhidos por formação, competência e qualificação. A coligação foi perfeita, com ideias em comum”.
A ideia do partido é ajudar a nova administração e fortalecer o quadro de filiados nos próximos quatro anos. “Queremos trazer pessoas de bem que vão somar. Acreditamos na política na qual todos possam participar, com as pessoas em primeiro lugar”, afirma Salvador.

 

PDT
A avaliação da presidente do PDT, Paula Cavagnoli, é que o partido conseguiu fazer uma boa campanha, aproximando-se de siglas como o PSB e o PSD, que têm ideologias semelhantes.
Para a Câmara, o partido elegeu um representante, metade do objetivo estipulado. A derrota na majoritária é atribuída à vontade da população por mudança. “Cada campanha deve ser usada para o crescimento do partido, indiferente do resultado”, afirma Paula. 
O partido ainda avalia se vai configurar ou não base de apoio ao governo de César Ulian e concentra esforços em auxiliar o seu vereador eleito, bem como os suplentes.


Progressistas
Segundo o presidente progressista, Daniel Gavazzoni, o sentimento é de dever cumprido, já que o partido elegeu o prefeito após 44 anos e ganhou um novo assento na Câmara, sendo o partido que mais cresceu o número de vereadores. 
“O diferencial foi o trabalho incansável do César, do Márcio e dos candidatos a vereador. Eles se dirigiram às pessoas com humildade e coração aberto, passando a ideia de renovação. Isso permitiu uma proposta mais real e verdadeira para a comunidade”, avalia Gavazzoni.
O partido pretende, o mais cedo possível, reunir a Executiva e traçar os rumos para o próximo ano a fim de dar todo o apoio necessário para a nova administração.

 

PSB
Mesmo derrotado na majoritária, o presidente Ernani Heberle avalia como satisfatória a participação do partido, que teve poucos recursos e a primeira candidatura própria a prefeito. A coligação com o PDT e o PSD é vista como uma nova força política do município.
“Nossa expectativa era eleger dois vereadores. Mas, se confirmadas as irregularidades nas eleições, a composição do Legislativo poderá mudar e ganharemos mais uma vaga. Que a justiça seja feita, pois é preciso moralizar a política”, comenta o presidente da sigla.
Segundo Ernani, o partido intensificará as discussões internas para elaborar um Plano de Trabalho e ouvirá a nova administração antes de decidir se irá apoiá-la ou não.

 

PSD
O presidente do partido, Michel Renosto, conta que teve apenas 20 dias para filiar candidatos e, mesmo assim, fez a sigla saltar de 40 votos em 2016 para 1.057 em 2020, ficando na frente de partidos tradicionais como PT e PTB.
“Tínhamos a ideia de conseguir uma cadeira na Câmara, mas sabíamos da dificuldade pela falta de tempo hábil. Estamos crescendo e vamos nos estruturar ainda mais”, afirma Renosto.
Para o presidente, não houve falhas na coligação com o PSB e o PDT, derrotada nas urnas: “Foi um boa coligação, com a mesma linha de pensamento, de dar vez e voz para todos. Quem quiser uma política nova, diferente, está convidado a nos ajudar, sempre em prol do município”.

 

PT
O partido ficou abaixo das expectativas na avaliação do presidente Paulo Couto, que esperava eleger ao menos um vereador. Na visão dele, a repercussão negativa da sigla a nível nacional acabou repercutindo no desempenho nas eleições municipais.
A coligação com o MDB, o PTB e o Solidariedade foi visto com bons olhos. “Construímos um coletivo de pessoas sérias e capazes, determinadas em mostrar tudo de positivo feito nos últimos anos. Certamente seremos capazes de construir algo juntos outra vez”, diz Couto.
Couto não vê falhas do PT no processo eleitoral, apenas méritos na chapa vencedora, e diz que é muito cedo para apontar os próximos passos do partido, que ainda assimila o resultado.

 

PTB
Conforme o presidente do partido, Antonio Ingles, a candidatura a vice-prefeito foi uma experiência fantástica, permitindo à sigla chegar a muitos lugares e pessoas. Na Câmara, o PTB ficou aquém das expectativas, perdendo a cadeira que ocupava.
“Era uma campanha difícil, com muitos candidatos, o que pulverizou muito os votos. Temos muito respeito pela opção dos eleitores. Nossos candidatos estão de parabéns, tenho uma gratidão enorme às pessoas que defenderam a nossa bandeira”, afirma o presidente.
Ingles diz que o PTB representa uma boa faixa da sociedade e continuará apoiando as boas políticas para ajudar no desenvolvimento de Flores da Cunha.

 

Republicanos
O presidente Luís Fernando Rosa afirma que o partido se colocou entre as forças políticas do município: o Republicanos elegeu o vice-prefeito e assegurou uma cadeira na Câmara.
“Melhor impossível. Foi a primeira eleição sem a coligação na proporcional e isso criou uma dificuldade maior para nós. Mas atingimos o objetivo de ter nosso representante na Câmara e apenas os tradicionais Progresssistas e MDB tiveram desempenho melhor”, avalia Rosa.
A ideia do partido é, segundo ele, se estruturar cada vez mais e angariar novas pessoas e ideias. “Vamos ajudar o César e o Márcio a fazer a melhor administração que Flores da Cunha já teve, que pense nas pessoas e no futuro da nossa cidade”, encerra o republicano.

 - Gabriela Fiorio
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