Política

Moacir Ascari Fera (Republicanos) fala sobre seus planos para o futuro de Flores da Cunha

Auto-proclamado candidato da mudança, Fera promete o "maior programa habitacional", a construção de duas escolas e o resgate de eventos culturais

Moacir Ascari Fera (Republicanos) aposta no discurso da mudança e não cansa de repetir: "temos o melhor projeto". As apostas são claras: um ambicioso programa habitacional, promessas para os bairros e um discurso de afeto para com a cidade.

Este roteiro apareceu na entrevista ao vivo pelas redes sociais do jornal O Florense, na terça-feira (24), quando o republicano respondeu a 23 perguntas durante os 40 minutos de transmissão.

Fera prometeu mudar o trânsito do Centro já nos primeiros meses de 2025, implementar o estacionamento rotativo e resgatar os eventos culturais e turísticos da história do município. Também foram abordados temas como a saúde, a agricultura e as relações político-partidárias.

Confira os principais trechos da entrevista. Para ouvir as respostas completas de Fera, em vídeo, clicando aqui.

 

O senhor tem uma mulher como candidata à vice-prefeita, o que é um sinal. Mas qual é a sua proposta para valorizar as mulheres?

A política para as mulheres será constantemente observada e dirigida, juntamente com a minha vice. Porque temos hoje, assuntos que tratam da saúde da mulher, que muitas vezes nós, homens, não percebemos isso. Como o toque feminino, o olhar mais delicado da mulher, certamente nós faremos uma dupla que vai agregar a toda a população de Flores da Cunha. Juntando a especialidade junto aos homens e o olhar feminino, nós queremos construir para com toda a população de Flores da Cunha.


A violência contra as mulheres tem números preocupantes em Flores da Cunha. A prefeitura pode ajudar a combater a violência de gênero?

Pode sim, trabalhando com políticas públicas. Que as mulheres tenham um local onde elas possam ser atendidas. De repente, a gente consiga implantar a Delegacia da Mulher no município de Flores da Cunha. Muitas mulheres, às vezes, ficam caladas, por não ter aonde ir colocar a sua mágoa e a sua agressão física ou verbal. A minha candidata à vice estará pronta para ouvir essas pessoas, ouvir essa demanda e certamente encontraremos uma solução que venha atender a todas as mulheres. A violência contra a mulher não se permite mais nos dias de hoje e sabemos que ela acontece muito.

 

A sua campanha promete o maior programa habitacional da história de Flores da Cunha. Onde será feito e como ajudará as pessoas?

Flores da Cunha tem 500 famílias à espera de um novo projeto habitacional, uma oportunidade para ter o seu chão, criar as suas raízes e ter a sua casa própria. Iremos fazer juntamente com o Governo do Estado, a Secretaria de Habitação, que tem os projetos habitacionais sociais muito bons, e o presidente dos Republicanos, Carlos Gomes, que é o secretário da Habitação, e já nos adiantou recursos para colocarmos em Flores da Cunha. O município irá adquirir terras, a gente produz os lotes, que podem ser de 200m², e a Secretaria de Habitação aportará R$ 20 mil por família, para dar a entrada para este financiamento para aquisição e construção da casa própria. Vimos isso em municípios vizinhos, onde estão sendo construídas 32 unidades habitacionais para a população mais carente. As famílias que estão hoje cadastradas vão ter oportunidade de ter o seu chão, a sua casa e a sua moradia. Queremos fazer que o êxodo do município não aconteça tão rotineiramente. Que as pessoas fixem raízes aqui, trabalhem na nossa indústria, no nosso comércio e nos serviços de Flores da Cunha.

 

Seu plano de governo promete fila zero na Educação Infantil. Qual a sua proposta?

O fila zero já deveria ter acontecido há muito tempo, mas, hoje, nós não temos estruturas nas escolas, seja ela pública ou privada. Oportunizaremos nos dois bairros que mais crescem no município, São Gotardo e Nova Roma. Lá terão duas escolas construídas, porque não tem quadra de esporte ainda nas escolas e não contemplam o número de alunos que lá querem estudar. São duas escolas antigas, mais de 70 anos, que transformaremos em escolas de educação infantil e creche, aproveitando os espaços que lá já estão. Com isso, abriremos vaga no centro da cidade, nas escolas públicas e privadas do município, para contemplar e atender a todas as pessoas que necessitam colocar o seu filho na creche.

 

O plano de governo dos seus adversários debate a criação de novos festivais e um novo calendário de eventos. Qual é a sua estratégia?

Flores da Cunha não precisa criar tantos eventos, mas sim resgatar os que foram esquecidos pelo caminho. Os eventos do município atraíam muita população, que vinha de todas as cidades do nosso estado para participar. Assim, fomentávamos o turismo. Queremos reativar esses eventos que foram deixados de lado e aproveitar melhor os nossos espaços públicos, que são ociosos praticamente o ano inteiro. A Vindima da Canção, o Rafaelito, o Festival da Música, o Festival Campeiro e todas as festas das comunidades que temos hoje. Fazer um calendário amplo para o município. O próprio Corpus Christi, temos que revitalizar. Anos passados ocupávamos quarteirões e quarteirões. Agora, mal dá a volta na praça. Temos que valorizar mais esses eventos para atrair mais público.

 

A Fenavindima é um desses eventos?
A Fenavindima deveria ser a cada dois anos, intercalando com Caxias. Fazer uma a cada quatro anos resulta em reestruturar a Fenavindima toda vez, porque cada administração que entra tenta mudar o formato e a visão. A Associação Comunitária Fenavindima tem que ser uma comissão permanente, independente de quem seja o prefeito. A Fenavindima tem que andar por si com um foco de preservar, cultivar e dar atenção aquilo que temos de melhor.

 

Caso eleito, o senhor irá reverter o sistema binário? É uma mudança já para 2025?

Não vai ser no primeiro ano, será no primeiro mês. Iremos encontrar essas travessas que não estão funcionando, este sentido único que muitas vezes as pessoas têm que dar voltas nas quadras. Isso não está funcionando. O número de acidentes é crescente no centro da nossa cidade. O estacionamento oblíquo, da maneira que está, ocupa mais vagas do que se fosse paralelo. Tem que ser revisto. O comércio é que está pedindo essa solução. E vamos fazer. Vamos implementar um estacionamento rotativo, onde a primeira hora não se paga. Só a partir da segunda hora. Isso vai fazer com que o estacionamento da cidade tenha uma rotatividade. Muitas lojas, que vivem do seu negócio hoje, estão pensando até em fechar porque mudou o fluxo e não se tem mais o estacionamento que se tinha. Queremos discutir e rever essa posição já no primeiro mês.

 

Seu plano de governo cita a “elevação do departamento de cultura a nível de secretaria”. Quantas secretarias terá o seu governo?

Nós vamos colocar a cultura dentro do turismo. Vamos ter uma Secretaria de Turismo, Indústria, Comércio, Serviço e Cultura. Porque temos o turismo cultural, o turismo religioso, o turismo gastronômico, o turismo de negócios, e tudo estará dentro da mesma Secretaria. E o secretário de Turismo será uma pessoa escolhida pelas entidades envolvidas no turismo, que certamente irão indicar uma pessoa comprometida para desenvolver o turismo. Vamos fazer sem criar cargo algum. Iremos elencar as atividades que hoje são da Secretaria de Educação e passar para a Secretaria de Turismo.

 

Como o candidato irá ampliar a oferta de ensino em tempo integral?

O secretário da Educação será uma pessoa totalmente ligada à educação e encontraremos atividades dentro do currículo escolar. Hoje, temos duas escolas em tempo integral. Queremos transformar mais escolas e ter outras atividades, que vem de encontro dessas necessidades de aperfeiçoamento e qualificação para esses alunos.

 - Reprodução / Jornal O Florense
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