Política

Em Nova Pádua, MDB deixa o acordo com PSDB e PP e coliga com o PDT

PP e PSDB devem definir nas próximas semanas seus candidatos

Depois de comunicar aos partidos que dão sustentação à atual administração de que estaria fora do acordo, o MDB paduense já acertou nova coligação para a eleição de novembro, com o PDT. Os nomes do ex-prefeito Itamar Bernardi, o Kiko, e da presidente do PDT, Francieli Gonçalves Pan Menegat, como pré-candidatos a prefeito e vice, devem ser anunciados nos próximos dias.

           


O presidente do MDB, Leo Sonda, explica que a decisão de não renovar a coligação com PSDB e Progressistas deu-se depois de consulta aos filiados e à comunidade em que “mais de 70% se manifestaram pela rejeição do acordo”. Ele complementa dizendo que “não há mágoas nem com a administração, nem com os demais partidos, apenas o fato de que na pesquisa que fizemos o povo quer o direito de escolher”.  
O rompimento do acordo pelo MDB foi comunicado no dia 4 de agosto. No dia 13 aconteceu a reunião que selou a coligação com os pedetistas. As convenções devem ocorrem até o dia 10 de setembro, estima Leo Sonda. 
Neste novo cenário, o Republicanos, que tem como presidente o atual secretário da Fazenda e Administração, Pedro Quintanilha, poderá apoiar a chapa composta por Bernardi e Pan. Quintanilha tem uma relação de proximidade tanto com o atual prefeito, como com o ex-prefeito Bernardi. Entretanto, “nada está definido”, afirma Quintanilha. “Teremos uma importante reunião nesta sexta-feira, dia 21, e as definições devem acontecer nos próximos dias”, finaliza. 
 

PSDB avalia a possibilidade de reeleição

Com o rompimento do acordo com MDB e Progressistas, o PSDB avalia qual o caminho tomar: o da reeleição, pois entendem que houve avanços na administração e poderiam continuar, o apoio a outro candidato ou, ainda, como terceira opção, a neutralidade para não ter que escolher entre partidos que estão sendo companheiros na atual administração. 
O atual prefeito, Ronaldo Boniatti (PSDB), terá que definir se deseja concorrer à reeleição. Ele explica que a decisão ainda não está tomada e que este é um dos momentos mais difíceis, pois, “pela continuidade do acordo, havíamos aberto mão da reeleição”, explica Ronaldo. “A partir do momento em que um elo quebra, toda corrente perde seu valor”. Do ponto de vista pessoal, ele deve definir entre três diferentes possibilidades: concorrer à reeleição ou dedicar-se às atividades da empresa da família. A terceira opção surgiu nos últimos dias, através de sondagem do presidente estadual do PSDB, deputado Mateus Wesp, que sinalizou a possibilidade de que o atual prefeito integrasse o governo estadual a partir de janeiro do próximo ano. “Vamos avaliar com o partido o que será melhor para Nova Pádua”. Ronaldo também explica que, o partido teve uma parceria profícua tanto com o PP como com o MDB, por isso fica difícil tomar um dos lados. “Vamos aguardar as próximas definições”, finaliza o prefeito. 
Nesta semana, as conversações entre o PSDB e os lideres do Progressistas foram retomadas. É possível que nos próximos dias tenha-se a confirmação de uma nova aliança para contrapor à aliança entre MDB e PDT.

Para os Progressistas, tudo é possível  

O Partido Progressista, que já havia lançado o nome do atual vice-prefeito, Gelson Sonda, como pré-candidato a prefeito para compor uma chapa no acordo com outros dois partidos, está revendo suas definições. De acordo com o presidente, Ildo Stangherlin, com a mudança do cenário, “tudo é possível”, até mesmo a desistência de candidatura. 
Os progressistas demonstram um forte desconforto com a quebra do acordo. Para o presidente, o ex-prefeito Itamar Bernardi, “que foi o mentor da coligação há quatro anos atrás, agiu nos bastidores, sem dar maiores explicações, utilizando o frágil argumento de que foram decisões do diretório”. 
Stangherlin explica que o Progressistas, dentro da atual administração, “sempre trabalhou em prol do município, dando credibilidade e comprometimento aos programas e projetos desenvolvidos pelo executivo, juntos a coligação. Porém, por parte dos mentores do acordo, não ouve o mesmo diálogo e engajamento que tiveram no passado, contrariando os próprios argumentos para a criação da coligação e resultando na quebra da mesma”.
Dentre as possibilidades de candidatura, se for esta a decisão dos Progressistas, a escolha poderá se dar entre os nomes de Gelson Sonda ou do atual presidente da Câmara, Danrlei Pilatti. “Outros nomes podem surgir, nada está descartado”, explica Ildo Stangherlin, concordando que até mesmo o nome dele pode ser uma das opções. 
Também não está descartada a possibilidade do partido retomar o acordo com o PSDB, indicando o nome para vice, na reeleição do atual prefeito.

Veja abaixo as datas do calendário eleitoral deste ano

18 de agosto a 16 de setembro: o juiz eleitoral nomeará os mesários e o pessoal de apoio logístico dos locais de votação;
31 de agosto a 16 de setembro: período destinado às convenções partidárias e à definição sobre coligações;
26 de setembro: prazo para registro das candidaturas;
A partir de 26 de setembro: prazo para que a Justiça Eleitoral convoque partidos e representação das emissoras de rádio e TV para elaborarem plano de mídia;
Após 26 de setembro: início da propaganda eleitoral, inclusive na internet;
9 de outubro: início do horário eleitoral gratuito em rádio e TV;
27 de outubro: prazo para partidos políticos, coligações e candidatos divulgarem relatório discriminando as transferências do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (Fundo Eleitoral), os recursos em dinheiro e os estimáveis em dinheiro recebidos, bem como os gastos realizados;
15 de novembro: primeiro turno da eleição;
29 de novembro: segundo turno da eleição;
Até 15 de dezembro: para o encaminhamento à Justiça Eleitoral do conjunto das prestações de contas de campanha dos candidatos e dos partidos políticos, relativamente ao primeiro turno e, onde houver, ao segundo turno das eleições;
Até 18 de dezembro: será realizada a diplomação dos candidatos eleitos em todo país;
1º de janeiro de 2021: posse dos eleitos.
 

 - Divulgação
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