Política

A eleição de César Ulian (Progressistas/Republicanos/Patriota) com 9.903 votos (53,46%) válidos indica que a população apostou forte nos fatores como mudança e renovação. Sem dúvida, esse resultado ajudou no desempenho dos partidos de sua coligação. Além deles, outra surpresa foi o crescimento do PSD, que apesar de não obter votos para eleger vereador, foi o partido que, percentualmente, mais cresceu nesta eleição: 2.148%. O Republicanos teve um aumento de 162% e o Progressistas de 11,5%. Todos os outros partidos diminuíram sua votação. O Patriota foi “testado” nas urnas pela primeira vez em 2020, portanto não há como estabelecer um parâmetro com o pleito de 2016.
Para entender o crescimento dos partidos o fator que deve ser levado em consideração é o voto para vereador e o voto na legenda. Contudo é importante destacar que na eleição de 2016 os partidos políticos estavam liberados para coligações também na proporcional. Diferentemente de 2020. Na prática, teremos como novidade em 2021 a bancada dos Republicanos e a ausência do PTB. O Progressistas aumentou de dois para três vereadores. O MDB perdeu um (passou de quatro para três) e o PDT e o PSB mantiveram uma cadeira.
O PSD saiu de 47 votos em 2016 para 1.057 em 2020. O crescimento de mais de 2.000% se deve a diversos fatores. Em 2016, o partido lançou apenas um candidato e seu núcleo era formado por um grupo menor. Em março de 2020, o PSD se reestruturou, com a entrada de diversos nomes com tradição na política, boa parte de base do PDT, alguns do Progressistas e do PSB. O partido também apostou forte nas redes sociais, sendo, até o dia da eleição, o que mais tinha “curtidas” no Facebook, e em candidatos novos. Célio Breginski foi o mais votado com 385 votos. 
O Republicanos fez 586 votos, tendo dois candidatos em 2016 e saltaram para 1.537 com 12 em 2020, portanto um acréscimo de 162% e a conquista de uma vaga na Câmara de Vereadores com Luizzão, que fez 380 votos. Desde que assumiu o partido em maio de 2019, quando saiu do PDT, Luis Fernando Rosa, reestruturou e planejou o Republicanos, atraindo novos filiados fazendo um forte trabalho de base.
Já o Progressistas, depois de 38 anos (desde 1982), superou o MDB em votação proporcional e legenda e foi o partido mais votado em 2020 com 4.370 votos, superando em 11,5% a votação de 2016 que foi de 3.918. O Partido Progressista mesclou velhos conhecidos e pessoas completamente novas em sua nominata. Também foi determinante o engajamento de pessoas novas na campanha majoritária o que ajudou a impulsionar a votação proporcional. O Progressistas elegeu Diego Tonet com 596 votos e Silvana De Carli com 436 e reelegeu Clodo Rigo com 562. 
O MDB, apesar de ter o vereador mais votado, Guga Forlin, com 988 votos, foi o partido que mais encolheu. Passou de 6.878 votos em 2016 para 4.167 em 2020, uma queda de 39,4%. O que fez a bancada também encolher de quatro para três vereadores. Cabe destacar que em 2016 o MDB lançou 16 candidatos (contra 14 deste ano). Além disso, Fera, que foi candidato a prefeito e João Paulo Carpeggiani, dois puxadores de voto, não concorreram. Além disso, em 2016, Lídio Scortegagna se reelegeu com quase 70% dos votos válidos, o que sempre ajuda impulsionar a nominata de vereadores. Além de Forlin foram eleitos também Diretor Vitório, com 576 votos, e reeleito Ademir Barp, com 480.
O segundo partido que mais encolheu foi o PDT: 32%. Saltou de 2.903 votos em 2016 para 1.962. A queda no rendimento se deve a diversos fatores, entre eles a ida de candidatos e lideranças tanto para o Republicanos como para o PSD, bem como parte que também foi para o PSB. Apesar disso, manteve um vereador Mestre Jesus que fez 364 votos. Dos chamados “grandes” quem também encolheu foi o PSB. Diminuiu 10,7%, passando de 3.068 em 2016 para 2.738 este ano. Se considerar o falecimento do candidato João Carraro talvez alcançasse resultado semelhante à de 2016. O PSB manteve um vereador: Horácio Rech que fez 545 votos. 
Já o PTB, que na eleição passada se coligou na proporcional com outros cinco partidos e conquistou a vaga com Samuel de Barros (que concorreu a vice-prefeito este ano) por diferença de 11 votos sobre Jatir Mosquer, na época no PT (e hoje no PSD), praticamente manteve a mesma votação. Uma queda de 30 votos, o que representa – 3,5%. Fez 861, em 2016, e 831 neste ano. Já no PT houve uma queda de 25,5% de votação. Além da saída de Jatir o resultado foi de certo modo impactado pela eleição de Jair Bolsonaro em 2018, que fez o partido diminuir em todas as cidades da Serra. Em 2016, o PT fez 908 votos contra 676, em 2020. O Patriota, por sua vez, muito ligado ao Bolsonaro, foi testado pela primeira vez nas urnas. Apesar de também não eleger vereadores, assim como o PSD, seu resultado de certo modo pode ser considerado satisfatório, levando em consideração o pouco tempo de articulação e formação e a quantidade de candidatos (dez). O partido fez 927 votos.