Política

Aos 72 anos, Idalina Dal Bó, decidiu colocar seu nome à disposição do eleitor. A candidata mais velha nas eleições 2024 de Flores de Cunha pretende dar voz as necessidades dos idosos, parte da população que Idalina argumenta estar esquecida pelo Poder Público. 
Idalina tem sua trajetória marcada pela solidariedade e dedicação a projetos voltados para os idosos. A candidata pelo PSB destaca que seus princípios são profundamente influenciados pelos valores transmitidos por seu pai, Ângelo Dal'Bó, que foi um expedicionário na Segunda Guerra Mundial. Para honrar esta memória, Idalina participa de eventos no Museu em Caxias.

Por que a candidata acredita ter perfil para ser uma boa vereadora?
Acredito ter um bom perfil porque eu quero ajudar muito os idosos do município. A gente não tem mais o idoso como prioridade em Flores da Cunha. Precisamos ser vistos com um olhar de atenção por parte do Poder Público. A gente está abandonado. Nós temos um projeto juntamente com o Frei Jaime Bettega, mas não é de Flores da Cunha, é de Caxias do Sul. Em Flores da Cunha, a prefeitura não assumiu os idosos e nós estamos meio que jogados. Queremos que retornem os projetos que olham para os mais velhos, para podermos nos reunir e discutir medidas para essa parcela da população. Queremos que volte, pelo menos uma vez por semana, os encontros entre idosos. Isso é importante para o bem-estar dessas pessoas.

Caso eleita, quais as bandeiras que irá defender?
A gente sempre irá trabalhar pelo povo. Sempre vou trabalhar pelo povo e ajudar as pessoas no geral. Mesmo sem ter sido eleita, sempre trabalhei pela população. Sempre quero o bem-estar de todo mundo. Eu gosto de distribuir coisas para as pessoas. É importante que a gente pense no próximo. Eu adquiri essa característica da minha mãe, ela gostava muito de fazer caridade e eu gosto muito de fazer isso também. A minha maior bandeira é a ajuda das pessoas mais velhas, mas, caso eleita, trabalharei para todos. Todos precisam de atenção por parte dos representantes do povo. Nós somos eleitos para isso, para cuidar das pessoas. 

Quais os maiores desafios de Flores da Cunha?
Tem muita coisa, principalmente no trânsito. Nós, de mais idade, estamos um pouco perdidos com esse trânsito. Tem senhoras que vêm para a cidade e deixam os carros nos bairros. Não vêm para o centro porque não conseguem gravar onde estacionaram os seus veículos. Elas se veem perdidas no Centro. É uma grande demanda da população que a gente melhore o trânsito da cidade. As pessoas querem que o trânsito seja como antes. São muitos carros na rua e a gente tem medo. Eu dirijo e tenho medo de passar por duas filas. Sou contra o projeto atual (sistema binário implantado no primeiro semestre de 2023). Para citar outras demandas da população, a saúde sempre tem que melhorar. Vejo muitas queixas do povo em relação à saúde. A limpeza urbana e do interior também estão deixando a desejar. Não fazem mais as roçadas. Na frente da minha casa tem um barranco que é da prefeitura, mas estou pagando um rapaz há quatro anos para roçar. Do pórtico até o Centro é difícil de andar. Não fizeram nada na entrada da cidade. Aqueles canteiros no meio da Rua 25 de Julho também é uma vergonha. Aquelas calçadas todas quebradas. Isso acaba impactando no turismo. Deveria ser o cartão de visitas do nosso município.

Como os vereadores podem evitar que as discussões sejam apenas situação contra oposição?
Penso que se a proposta é boa, se a ideia é boa, eu irei apoiar independente do partido do prefeito. Se a coisa for mal feita, se a ideia for ruim, eu já "meto a boca". Eu sou uma pessoa muito certa. Eu "meto a boca" onde preciso. Não importa a posição. A gente precisa discutir projetos bons para Flores da Cunha sem olhar para os partidos políticos. Se for apresentado algo bom para a comunidade, pode contar com o meu voto. Se for ruim, pode ter certeza que irei votar contra.