Política

“Queremos construir algo ouvindo as pessoas”

César Ulian e Márcio Dotti Rech falam sobre suas pré-candidaturas ao executivo florense

Para iniciar a série de reportagens com os pré-candidatos à prefeitura de Flores da Cunha, conheça um pouco mais sobre a vida, a carreira e o cenário que vem sendo construído por César Ulian (Progressistas) e Márcio Dotti Rech (Republicanos), respectivamente, pré-candidatos a prefeito e a vice do munícipio. 

Nome: César Ulian                                                                
Idade: 37 anos
Formação: administrador
Profissão: empresário
Estado civil: casado com Lisiane Ulian
Filhos: João Paulo e Alice 

Nome: Márcio Dotti Rech
Idade: 41 anos
Formação: analista de sistemas
Profissão: empresário
Estado civil: casado com Edilene de Carvalho Rech
Filhos: Bernardo e Isabelle

OF: César, como foi tua trajetória na política até agora?
César:
Eu comecei participando do grupo da juventude pelo partido Progressistas e fui presidente do grupo por dois anos. Nunca tive um envolvimento direto com a política, embora minha irmã (Giovana Ulian, candidata a prefeita de Flores da Cunha em 2012) já tenha sido candidata. Eu acompanhei na época a campanha dela, mas nunca tive um envolvimento muito grande. Quando veio o convite para ser candidato a vereador (em 2016) foi algo, até brinco, de última hora, porque alguém desistiu e acabaram me colocando. E teve essa surpresa de ser eleito. Eu dizia que no mínimo queria fazer uns 300 votos pra não ficar feio, e acabei sendo o mais votado do partido. 

OF: A Giovana influenciou na tua carreira política?
César:
A gente é bem independente um do outro. Tá no nosso sangue, na nossa criação, de estar servindo, de estar ajudando, de estar se colocando a disposição. Sempre gostamos de tomar decisões em família. Ela contribuiu, mas não foi a principal influência. 

OF: Por que ser prefeito?
César:
Primeiro, é um grande desafio pessoal porque, como vereador, comecei a ampliar muito o meu olhar sobre a política e a perceber que podemos fazer as coisas diferentes para a gente ser mais justo. A expressão "ser justo" está muito dentro de mim, em toda a minha trajetória. E, quando cheguei na política, percebi o quanto isso pode ser ampliado quando estamos à frente e conduzindo os trabalhos. Eu e o Márcio já temos uma liderança dentro das nossas empresas, sendo gestores, e essa experiência menor que temos nas empresas já nos dá condições para que ampliemos em nível municipal. E temos a certeza de que não estaremos sozinhos. A certeza de poder contar com pessoas capacitadas para estarem ao nosso lado. E quando eu falo ao nosso lado, não é nem atrás e nem em baixo, é ao nosso lado. 

OF: Márcio, é a primeira vez que você está participando de um eleição a um cargo político? 
Márcio:
Sim. Se tu me perguntasse um ano atrás, nem me imaginava estando na política, mas é o início. Me filiei ao Republicanos na metade do ano passado e teve muitas pessoas que me incentivaram. Foi aí que comecei a analisar e ver como era. A deputada Fran Somensi teve muita importância nisso. Ela me contou a história dela, que também, da mesma forma, foi muito incentivada a entrar na política e ela declarou que, enquanto pessoas do bem, pessoas comuns da comunidade não se colocarem à disposição, essa visão que temos da política nunca vai mudar. Precisamos transformar a política e não ficar esperando que a política se transforme. Então dessa forma foi um poder de convencimento com as palavras de uma pessoa que eu senti uma pureza muito grande. 

OF: Presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas por quatro anos, tu achas que essa experiência e visibilidade irão te ajudar na carreira política?
Márcio:
Eu sempre tive uma postura dentro da CDL de não querer aparecer tanto, de estar por trás trabalhando e construindo. E isso eu construí com a minha equipe, de não estar sempre na mídia, se expondo. Nunca foi meu interesse. Eu nunca quis usar a CDL para aumentar a minha visibilidade, mesmo porque eu nem tinha essa pretensão política. Então acho que eu sou mais conhecido mesmo pelo meu trabalho dentro da empresa, eu sempre gostei muito de estar atuando junto com a comunidade, sou diretor do Flamenguinho, ajudo nos eventos. Eu sempre gostei de estar envolvido com a comunidade. Mas lógico que temos o respaldo do trabalho realizado na CDL.

OF: Vai ser um desafio ser vice-prefeito mesmo não tendo experiência política?
Márcio:
A ideia do partido Republicanos sempre foi a renovação, e a própria política parece estar abrindo um leque e dando uma importância muito grande para isso. Eu sempre disse que, se era para eu entrar na política, era para ser da forma certa, da forma que eu imagino e que eu sempre quis. A questão da experiência, eu acho que ao longo do tempo, nas nossas vidas como empresário, gestor de entidade, e no auxilio na comunidade, eu sempre aprendi muito a ouvir e decidir. Nunca acertei todas as minhas decisões, mas a tomada de decisão sempre foi uma característica muito forte em mim. E eu acho que a vida política é isso também. Então essa característica minha vem a agregar. Logicamente eu não tenho experiência na política, mas eu me sinto bem em não ter. Eu não carrego aqueles vícios políticos, que como pessoa de fora eu consigo ver. Sem sombra de dúvidas vai ser um desafio, mas quando o César me colocou como uma pessoa que podia contribuir, opinar, decidir, ajudar a construir junto, não simplesmente ser um vice decorativo, então isso me empolgou e eu consigo sim contribuir muito a ajudar a governar. 

OF: Vocês já se conheciam?
César:
Nos conhecemos na Câmara de Vereadores, quando o Márcio era presidente da CDL, mas foram algumas conversas bem formais e pontuais. Não tínhamos ainda esse contato mais próximo. Mas, em uma tarde, quando estávamos prestes a tomar uma decisão, fui conversar com o Márcio, colocando a minha vontade, os meus valores, o que eu imaginava que seria necessário para que se fizesse uma boa administração pública. E nessa conversa vimos que combinávamos muito. E, se fosse hoje, em cima dos nomes que eu tinha a disposição, eu escolheria novamente o Márcio. Não adianta eu ter alguém para fazer marketing, para vender uma ideia, e que não seja alguém que pegue junto. Então, eu não tenho dúvidas que o Márcio vai ser o melhor vice-prefeito que Flores da Cunha já teve.

OF: Como vocês pretendem conduzir a campanha?
César:
Queremos construir algo ouvindo as pessoas. Esse é um lema que temos muito forte. Uma porque elas vão trazer as necessidades, e outra porque elas vão contribuir com as soluções. Ainda não temos nosso material completo, ele está sendo construído. Mas, de primeiro momento, elaboramos um questionário online e obtivemos mais de 600 respostas, as quais passaram por uma análise e estamos trabalhando em cima da elaboração da nossa proposta de governo com base também nas respostas. Criamos também grupos estratégicos por áreas e convidamos pessoas, partidárias e não partidárias, mas que querem contribuir para ter uma Flores da Cunha melhor. Então, estamos construindo juntos, envolvendo as pessoas. 

OF: Qual o maior problema de Flores da Cunha que vocês pretendem melhorar?
César:
Estamos construindo os nossos direcionamentos, mas vemos um problema na questão do saneamento (esgoto e água) que precisa de uma atenção bem especial. 
Márcio: A questão da segurança pública, que é um anseio popular muito grande e tem que ter uma visão voltada para isso. 
César: E uma atenção específica, que já entra no desenvolvimento econômico, que é o turismo. Mas, a ideia é manter uma questão forte e firme em todos os pontos. Iremos trabalhar em cima de três pilares na nossa proposta: planejamento, organização e envolvimento. Eles vão nos guiar para que as coisas funcionem. Mas, uma coisa que iremos pensar muito, é no cuidar das pessoas, porque esse efeito da pandemia está influenciando no psicológico das pessoas. Vamos ter que nos voltar à políticas públicas bem específicas para cuidar das pessoas.

OF: Se forem eleitos, pretendem dar continuidade aos trabalhos que estão em andamento da atual administração?
César:
Tudo que é positivo vamos continuar, o que pode ser melhorado nós vamos melhorar, e o que deve ser criado, vamos criar. Se a semente já está lançada vamos fazer de tudo para que ela frutifique cada vez melhor. 
Márcio: Temos consciência que foi um bom mandato e a ideia de renovação não se aplica em dizer que vamos revolucionar tudo, e sim dar aquele algo a mais naqueles pontos que ainda não foram batidos. 

OF: Gostaríamos que vocês deixassem uma mensagem para a comunidade.
César:
Uma palavra que hoje, devido a tudo isso que estamos vivendo de pandemia, que queremos deixar para as pessoas é esperança. Que as pessoas acreditem, ainda, nas pessoas. Quando as pessoas assumem algo pensando nas pessoas, e com uma esperança de que a gente pode fazer melhor, isso dá um novo gás, um novo ânimo. E se acreditarem que a esperança possa estar em nós, que nos deem essa oportunidade para que possamos contribuir e apresentar a nossa proposta para Flores da Cunha.

César Ulian e Márcio Dotti Rech. - Gabriela Fiorio
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