Política

"Nosso papel é fiscalizar e ver demandas", diz Ivete Romano (PT)

Única mulher entre os três candidatos apresentados pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Ivete Romano, 67 anos, volta a disputar uma vaga na Câmara Municipal. Após a estreia em 2020, quando obteve 45 votos, Ivete quer ser porta-voz dos simpatizantes da Esquerda. A baixa aceitação do PT no cenário municipal não a assusta. Ivete acredita que o partido tem em sua vantagem o atual presidente Lula, que abre mais canais para o recebimento de recursos do Governo Federal.

Ivete traz sua trajetória de vida marcada pela dedicação à família e pela experiência em diversos setores econômicos. A candidata, que se aposentou após atuar em madeireiras e no setor de uva e vinho, oferece sua maior disponibilidade de tempo e capacidade de se engajar em trabalhos sociais que demandam mais proximidade com a comunidade.

Além disso, Ivete também destaca a importância de fiscalizar, identificar as demandas e colaborar de forma proativa com o Poder Executivo. A candidata pretende concentrar seus esforços na promoção do turismo local, onde acredita ser necessário um trabalho mais robusto para abrir portas e criar uma infraestrutura adequada para visitantes.

Por que a candidata acredita ter perfil para ser um bom vereadora?
Porque tenho disponibilidade de tempo e hoje a comunidade é pequena, não são muitos habitantes (disponíveis para o pleito). É possível fazer quase um trabalho social só, abrangente de ouvir e encaminhar. Como vereadora, o nosso papel é fiscalizar e verificar quais são as demandas e o que a comunidade e as pessoas precisam para fazer um bom trabalho junto aos governantes com a majoritária. Se posicionando no momento certo e também ajudando o prefeito eleito a administrar melhor. Não dá para ser do contra ou só querer brigar lá (na Câmara de Vereadores). Mas, é importante ter o posicionamento correto em cada situação.

Caso eleita, quais as bandeiras que irá defender? 
A minha principal bandeira é a do turismo. Já temos rotas turísticas, como os Caminhos do Alfredo, já temos vinícolas magníficas, que são o carro-chefe, agora quero fazer um turismo junto a comunidade. Fazer um trabalho mais forte, porque se fala muito em turismo, mas todas as portas estão fechadas, desde a igreja. Se vem um visitante ao município, a igreja está fechada. Se querem ir em outro lugar, não tem restaurante. Precisamos, e eu quero trabalhar com a comunidade para desenvolver para valer o turismo.

Quais os maiores desafios de Flores da Cunha?
Flores da Cunha, em comparação com o que eu vivi fora, está muito magnífica. Só falta o povo ser mais feliz, mais autêntico, mais verdadeiro e menos (voltado para a) economia. Guardar menos dinheiro, porque eles só sabem guardar dinheiro. É mentalizado na mulher do interior “mettere via”, guarda o dinheiro, coloca o dinheiro no banco... assim só o banco ganha dinheiro. Estes recursos deveriam circular pela nossa sociedade e gerar desenvolvimento a todos. Acredito que é preciso ter mais disposição e alegria. E a cultura,  precisamos trazer mais eventos, criação de ofertas de esportes e deixar os jovens mais felizes, se não todo mundo só bebe e acaba se perdendo por aí.

Como os vereadores podem evitar que as discussões sejam apenas situação contra oposição?
Nunca me posicionei para brigar. É preciso analisar, ver como são os trabalhos e somar. Não tem muito o que discutir. Tem que se dispor em fiscalizar, analisar e crescer. Não adianta travar para ficar empacando as coisas e impedindo o andamento. Geralmente, é o ego (dos partidos e das pessoas) que "pega". Porque, se for pensado em um todo para todo mundo, as coisas melhoram. Porque todos têm ideias boas.

 - Paola Castro
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