"A política deveria unir todo mundo", diz candidata Maria Branchini (MDB)
O gosto por pessoas e a dedicação ao trabalho voluntário estão entre as características que a florense Maria Branchini, 60 anos, apresenta para ser vereadora nos próximos quatro anos. A candidata pelo MDB tem sua trajetória comunitária muito ligada a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), onde acompanhou os seus pais desde o surgimento e esteve na diretoria nos últimos sete anos. Casada com Airton da Silva e mãe adotiva de Victor Kelleman de Andrade, Maria tem formação em Letras e pós-graduação em Educação Especial com foco em Deficiência Intelectual.
Por que a candidata acredita ter perfil para ser uma boa vereadora?
Sempre gostei de pessoas. Desde meus 11 anos, faço trabalho voluntário em todas as áreas. Desde religiosidade até entidades em geral, incluindo a área esportiva. Inclusive organizei as categorias de base do voleibol, que hoje não temos mais as escolinhas, o que é uma pena. Enfim, as coisas foram se perdendo por não termos espaços adequados para praticar essa atividade. A minha vida é voltada as questões do município, principalmente na entidade que trabalho atualmente (APAE), onde fiquei sete anos voluntariamente na diretoria. Meus pais fizeram parte da primeira ata onde se tinha a intenção de criar a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais. São 16 anos de trajetória.
Caso eleita, quais as bandeiras que irá defender?
Elenquei como primeira bandeira a saúde física e mental. Nos últimos anos, tivemos catástrofes e muitas situações de saúde, como a Covid-19, que intensificaram questões que já tínhamos no município referentes a saúde mental. Se a gente tem atividades, consegue se organizar para fazer alguma coisa e gastar energia, a nossa saúde mental melhora. Para isso, precisamos ter estrutura, analisar cada categoria e cada idade. Não vou propor para os jovens a mesma coisa que proponho aos idosos. Precisamos ter um pouco de visão e pensar. Tem as academias ao ar livre, só que no verão o idoso torra. Ir muito cedo não é conveniente e muito tarde também não. No inverno, nem se fala. Tudo é benefício, mas depende qual categoria e idade das pessoas. É um levantamento que precisa ser feito. Outra bandeira é a educação. A retomada dos festivais estudantis para mexer com essa gurizada, que na parte da música desenvolve muitas habilidades. Na parte física, precisamos oferecer espaços aos nossos adolescentes para eles brincarem, praticar esportes. E nada como as praças e locais públicos para ter uma quadra, aonde pode ter várias modalidades de esportes. Estou pensando mais na questão de recreação do que competitividade. Outro projeto seria o espaço aquático para desenvolver atividades físicas para os idosos e o público portador de algum tipo de doença que necessita de atendimentos como hidroterapia e hidroginástica.
Quais os maiores desafios de Flores da Cunha?
Sempre tenho um olhar voltado para quem não pode, para quem não tem como. Precisamos criar muitas políticas públicas que venham atender a todos. Não apenas no município, mas o município é um desafio maior ainda. Estou disposta a ser um canal receptivo para que as pessoas possam vir até mim e dizer: ”Olha, Maria, tem isso aqui que não está certo, que não está de acordo”. Vou investigar, conversar com todo mundo, com a comunidade, com o bairro e entender o que está acontecendo.
Como os vereadores podem evitar que as discussões sejam apenas situação contra oposição?
Se houverem algumas discussões, que elas sejam para o lado bom. Que venham a somar e não para a gente ficar de intriga. Acho péssimo quando brigam com pessoas e se tornam inimigos em função de política. A política deveria unir todo mundo. Mas, é como o jogo de futebol, se você vai ao estádio é para torcer pelo seu time e não ficar vendo se A ou B estão te criticando ou te desafiando para que tu entre numa briga. O importante mesmo é focar nas necessidades das pessoas e do nosso município. Na Câmara, precisamos focar no bem coletivo.
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