Nova Pádua

Um exemplo de amor pela agricultura

A paduense Diana Rossi administra a propriedade desde os 15 anos e é inspiração para muitas mulheres

Diana Rossi, 30 anos. Filha de Odalcir e Clarisse, nasceu em 24 de fevereiro de 1992. Vinte e quatro dias antes de Nova Pádua se tornar município. 
Criada desde pequena na propriedade rural, no interior do Pequeno Paraíso Italiano, desde os quatro anos dirige trator e ajuda com os afazeres da colônia. “Fui pegando o gosto pela colônia e hoje eu tomo conta da propriedade, ajudo os vizinhos e estou sempre disposta a trabalhar. Não me vejo apertada em nenhuma atividade, sempre disposta a aprender e tocar para frente”, conta a engenheira agrônoma que fica sem palavras por ser exemplo para outras jovens mulheres. “Eu dirijo trator, eu lavro a terra, eu preparo, eu planto, eu cuido, eu aplico defensivos, eu colho, entrego as frutas no destino com caminhão. As mulheres precisam ter vontade de fazer, querer fazer. Sei que é difícil porque tem dentro de casa e fora, mas é melhor saber fazer tudo do que não saber e precisar fazer”, revela, exaltando a força da mulher paduense na agricultura.
E a representação de Diana não para por aí. Ela quer que outras pessoas se espelhem no seu trabalho: “Quem sabe assim eu consiga motivar mais mulheres, que elas se espelhem porque todas as mulheres podem fazer, nada impede. A mulher pode ir lá e fazer qualquer coisa. Muitas pessoas reconhecem o trabalho que a mulher, em si, faz e estamos em uma região que a presença feminina é cada vez mais forte. Estamos colhendo uva e as mulheres são maioria embaixo do parreiral”, conta a agricultora que, desde os 15 anos está à frente da propriedade de 10 hectares – apenas três com produção. “Eu não tive essa opção de ir para cidade. Eu precisei assumir ou isso tudo ia acabar. Eu cuido com amor, gosto do que faço e não me arrependo de não ter saído e experimentado outras coisas”, avalia a engenheira, que tem como carros-chefes na sua propriedade a uva e o pêssego. “Nesse ano plantei tomate para fazer um teste. Antes plantava alho e cebola, mas como as condições climáticas não estavam ajudando e não temos muita água para irrigar, plantei um pouco de tomate. A propriedade é pequena mas bem diversificada”, conta, ressaltando também as dificuldades dos últimos anos em relação ao clima.
“Eu gosto da agricultura, gosto de mexer com a terra, de cuidar das plantas, gosto de cultivá-las e, principalmente, quando produzimos ver a colheita, aí não tem nem explicação. É fantástico tu ver o teu produto desenvolvendo e colher ele”, alegra-se, salientando a gratidão do trabalho no interior.
 

 - Gabriela Fiorio
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