Nova Pádua

Para fazer a diferença na medicina

Em dois turnos, atendimento médico em Nova Pádua está nas mãos do canoense Emerson Gonzalles

A quinta-feira, 24 de junho, era dia de São João. Para os paduenses, havia um outro motivo para comemorar: foi o primeiro dia de trabalho do médico Emerson Gonzalles, 44 anos, que desde então atende todos os turnos, de manhã e tarde, de segunda a sexta-feira, na Unidade Básica de Saúde Dom Henrique Gelain. Agora, a recomendação é de que pacientes busquem consultas na própria cidade, evitando se deslocar ao Hospital Nossa Senhora de Fátima.
Formado em Medicina pela Ulbra em 2004, com especialização médica em Psiquatria, Emerson Gonzalles pretende repetir em Nova Pádua o trabalho realizado por nove anos no município de Barra Bonita, no oeste catarinense. “Lá os pacientes se tornaram amigos, a comunidade era pequena, todos se conheciam. Quando eu saí, mais de mil pessoas se despediram no meu Facebook, praticamente toda a cidade, agradecendo o meu trabalho”, conta Gonzalles.
Com contrato emergencial de seis meses, Emerson ainda não sabe o que será de seu futuro. Mas enquanto estiver no município, ele quer ser um médico que faz a diferença. “Quero ser o médico que fica conhecido como aquele que curou, que salvou, que ajudou quando alguém precisou. Depois que eu for embora daqui, quero poder voltar e ser lembrado com carinho como já sou em outros municípios”, diz o clínico geral.
Gaúcho de Canoas, Gonzalles sempre teve o desejo de trabalhar na Serra Gaúcha, região que visita desde criança, quando foi a uma Festa da Uva e ficou impressionado com a beleza dos pavilhões e das uvas. “Eu sempre tive uma admiração pela Serra, uma boa impressão dos “gringos”, pela cultura italiana, pela música, pela culinária. Aí eu resolvi abraçar essa experiência nova”, revela Emerson.
Desde o início, ele teve as melhores impressões da cidade, que ainda não havia conhecido – e já planeja fazer um tour pelas vinícolas da região. “Eu cheguei à noite aqui, vi as luzes acesas na praça e achei linda a cidade. Quando clareou o dia, então, eu me apaixonei. É uma cidade que se vê em poucos lugares, é fora de série, um verdadeiro paraíso italiano aqui”, que também se sentiu bem-vindo pelo restante da equipe e pela Administração Pública.
Ele conta que foi recepcionado pelo prefeito, o vice-prefeito e todo o secretariado. Em relação ao gestor da Saúde, Odir Boniatti, Emerson afirma que recebe dele todo o suporte necessário, elogiando a estrutura do município número 1 em Saúde no Índice de Desenvolvimento Socioeconômico (IDESE) do Rio Grande do Sul. “Estão sempre me perguntando o que precisa investir, o que precisa ser comprado. Estou tendo uma assessoria muito boa aqui”, diz o médico.
Dos “gringos”, Gonzalles já aprendeu a valorizar a alegria, a receptividade e o amor pelo trabalho. “Eu tive uma receptividade muito boa. São bons pacientes, estou gostando de tratá-los e espero que eles estejam gostando de mim. Um povo bem alegre, embora bem sofrido. Pessoal fala que gringo tem dinheiro, tem isso, tem aquilo, mas gringo trabalha. Nós vemos pelas mãos das pessoas, calejadas de trabalhar”, observa Emerson.
Conquistar os paduenses não será tarefa difícil para o médico que enfrentou inúmeros desafios na pandemia, como atender mais de 100 pacientes em 12 horas na Ala-Covid. Mas desses tempos difíceis, sobra também o orgulho de ter feito a sua parte: “Não tem coisa mais gratificante do que salvar uma pessoa, ajudá-la, dar assistência. Chegar em casa e ter aquele sono dos justos. Estar com a sensação de trabalho cumprido”, encerra o doutor. 

O médico Emerson Gonzalles atua de segunda a sexta-feira, na parte da manhã e tarde. - Pedro Henrique dos Santos
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