Nova Pádua

Beleza, simpatia, desfile, entrevista, pré-concurso e relações interpessoais. Estes foram os quesitos avaliados pelo corpo de jurados na noite de escolha da corte da 15ª Festa de Produtos Coloniais – Feprocol de Nova Pádua, responsáveis por transformar o sonho da jovem Érika Scariot Bernardi, de 18 anos, em realidade. 
Na emocionante noite do sábado, dia 17 de setembro, a representante da Adega Dom Camilo e da Base Turismo foi anunciada como rainha do evento máximo do Pequeno Paraíso Italiano. Aquele momento representou muito mais que o início de um dos capítulos mais inesquecíveis na história da paduense, marcou também a coroação de um sonho que teve início com sua mãe, décadas atrás. 
“Quando chamaram a primeira e a segunda princesa eu pensei que ela não iria conseguir, porque eu achava que se ela fosse ganhar seria como princesa. Nunca, na minha cabeça, como rainha. Então quando o “É” saiu, nossa, eu não vi mais nada, foi muito bom. Foi emocionante”, descreve a mãe, Angela Maria Scariot Bernardi, de 44 anos, quase sem voz por conta da torcida por Érika.   
Emoção que Angela também gostaria de ter vivenciado, anos antes, e, justamente por isso, sempre incentivou a filha a trilhar esse caminho. “Eu me sinto muito feliz, porque esse sonho de ser rainha ou princesa começou com a minha mãe, ela sempre quis participar, mas, nunca teve oportunidade. Então, desde cedo, quando eu ia nos desfiles da Feprocol, eu me encantava com as soberanas, com as coroas lindas e maravilhosas, com os vestidos. Com certeza esse era um desejo que eu tinha desde pequena, desde muito cedo, inclusive concorri à Garotinha da Banda da Escola Luiz Gelain e, foi ali, que despertei ainda mais o interesse pela festa”, lembra a jovem.
Depois de quatro meses de uma intensa agenda pré-concurso, a acadêmica do curso de Direito conta que, no dia da escolha, se sentiu confiante desde a manhã: “Quando eu acordei, até a mãe tinha falado que me sentiu muito confiante, que eu não estava ansiosa. No decorrer do dia começou a bater uma ansiedade, fiquei mais nervosa, mas, nada que atrapalhasse muito para a entrevista e para o desfile”, revela, acrescentando que ficou muito emocionada em seu desfile e que, ao ver as pessoas queridas torcendo por ela, não conseguia parar de chorar. 
“O que eu senti que me destacou foi no momento em que os jurados pediram minha idade, eles perguntaram se o fato de eu estar com 18 anos poderia me atrapalhar em alguma coisa no concurso, e eu respondi que não, que estava superpreparada para estar lá. Eu acho que foi ali, naquele momento, que eu ganhei um pouco de cada um”, destaca a rainha, ao mesmo tempo em que confessa que não imaginava receber o título. “Quando chamaram as duas primeiras meninas para princesas eu pensei ‘é agora ou nunca’ e, assim que chamaram o meu nome eu comecei a chorar, eu surtei, fui lá fora, vi todo mundo chorando, a mãe pulando de alegria e isso me fez chorar mais ainda. Foi incrível, indescritível”, emociona-se Érika. 
Apesar da pouca idade, a jovem sabe que está assumindo uma grande responsabilidade e promete não medir esforços para representar o povo paduense e levar sua cultura para o Brasil e, quiçá, para o mundo. “Vou me comprometer com a comunidade, com a prefeitura, para o que eles precisarem de mim. Sempre serei muito honesta com todos e continuarei me preparando, ainda mais, para poder dar o meu melhor para a comunidade e para todos os visitantes que vierem a Nova Pádua”, enaltece a rainha, completando que o Pequeno Paraíso Italiano está fortemente e, cada vez mais, voltado para o turismo e que, sente-se muito honrada com a confiança de poder recepcionar os turistas que visitarem o município, não só durante a festa – que será realizada de 16 a 26 de fevereiro de 2023 – mas, o ano todo.  
“Nova Pádua tem um povo acolhedor, um povo hospitaleiro, que sempre dá o seu melhor para chamar o visitante para cá. Nova Pádua, com os seus vários produtos coloniais, se destaca na sua agricultura, na sua gastronomia, nos seus vinhos e, principalmente, é um município cheio de belezas naturais, cheio de belezas encantadoras”, orgulha-se Érika. 
E por falar em orgulho, esse sentimento também é o evidenciado pelo pai, Solivan Bernardi, de 44 anos, ao falar sobre a dedicação da filha para o concurso da 15ª Feprocol: “A gente está bem tranquilo porque ela está preparada para isso, até pela segurança que ela passou nesses meses de pré-concurso, pelo que foi a escolha. Então nós vamos estar aqui para ajudar e apoiar! Vamos lá”, ressalta, com um sorriso no rosto, já ansioso para ver a filha representando o município em seu evento máximo.