Nova Pádua

Escola Luiz Gelain em busca de médias melhores no Ideb

A média dos anos iniciais caiu de 6.9 para 6.6. Já os anos finais de 5.1 para 5.0

As dificuldades enfrentadas pelas escolas estaduais ao longo dos anos com falta de docentes e de infraestrutura estão influenciando as notas do Ideb, conforme afirma a diretora da Escola Luiz Gelain, Lenita Sonda. 
As notas divulgadas na última semana deixaram o município paduense com resultados inferiores ao esperado – a Escola Municipal Professores Bortolo Bigarella e Idalino Vailatti não integra os dados, que são realizados apenas com o 5º ano, representando os anos iniciais; 9º ano, representando os anos finais; e 3º ano para o Ensino Médio. 
De acordo com os números, os anos iniciais, que em 2017 tiveram 6.9 de média, caíram três décimos em 2019, ficando com 6.6. A meta a ser alcançada era de 7.0. Para 2021, Nova Pádua possui a meta de 7.2. 
Já nos anos finais, os números são ainda menores. Com meta de 6.2, o município alcançou a média 5 em 2019, um décimo abaixo do que na avaliação anterior. 
A diretora da escola, Lenita Sonda, destaca que mesmo com a baixa no índice, os anos iniciais estão acima da média do Estado, que é de 5.8. “Vejo que os anos iniciais se mantiveram e os pequenos, no dia da prova, são mais comprometidos em responder, na preocupação de fazer direito”, avalia. Já para os anos finais, que também ficaram acima da média do Estado (4.5), Lenita garante que a redução da nota foi consequência da falta de docentes e de coordenador pedagógico, influenciando negativamente a avaliação. “Estamos há 10 anos com falta de professores. Nossa situação é caótica e digo que é um descaso com os nossos alunos”, declara. 
O índice do Ensino Médio não foi contabilizado por causa do número insuficiente de participantes no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb). 
O Ideb é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar realizado todos os anos, e médias de desempenho nas avaliações do Inep, a Prova Brasil (para Idebs de escolas e municípios) e a Saeb (no caso dos Idebs dos estados e nacional). As avaliações são aplicadas no 5º e 9º ano do Ensino Fundamental e no 3º ano do Ensino Médio.

O retorno

A previsão do Estado para o retorno das aulas para o Ensino Médio é na terça-feira, dia 13 de outubro. Conforme a diretora Lenita Sonda, a orientação é esta, mas nada é certo. “Criamos o Comitê de Operações Especiais (COE) na escola como a nossa mantenedora orienta, mas a previsão é incerta. Acredito que eles irão analisar muitos fatores antes de retomar”, informa Lenita, destacando que a Luiz Gelain tem recursos humanos limitados. “Não temos professores na sua totalidade e muitos pertencem ao grupo de risco. Temos apenas uma servente, por exemplo, e ela se enquadra no grupo de risco. Como vamos atuar sem servente?”, questiona a diretora que também não tem a resposta para a questão.
Dos 243 alunos que estudam na Luiz Gelain, apenas 99 voltariam às aulas presenciais. “Fizemos esse levantamento e os pais que optaram por não voltar, além da insegurança que o momento passa, sabem das condições que a escola oferece”, finaliza. 
Dando sequência ao cronograma, os anos finais do Ensino Fundamental devem retornar no dia 28 de outubro e os anos iniciais no dia 12 de novembro. 
Na escola municipal Professores Bortolo Bigarella e Idalino Vailatti, a previsão de retorno é para os próximos dias. A diretora Marisangela Beazuti Triaca informa que a escola está organizando os protocolos para retorno. “Montamos o COE local. Elaboramos o nosso Plano de Contingência e agora estamos providenciando todos os materiais e equipamentos que este plano exige”, enfatiza. A data de previsão de retorno da escola é de 19 de outubro, mas poderá ser alterada de acordo com os índices de contaminação do vírus. “Também fizemos uma nova pesquisa para saber número de crianças que voltariam para a escola presencialmente. De acordo com os dados, 27% das crianças voltariam às aulas presenciais”. Hoje a escola possui 91 alunos de 0 a 5 anos.

 - Arquivo O Florense
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