Nova Pádua

Desfile retratará sacrifícios e valores

Carros alegóricos que percorrerão a Avenida dos Imigrantes estão sendo confeccionados pela comunidade e pelo artista plástico André Gnatta

Com o tema 'Nostri Noni, na storia de sudori e gran valori' – na tradução livre ‘Nossos avós, uma história de sacrifícios e significativos valores’, o corso alegórico da 14ª Festa dos Produtos Coloniais será dividido em três momentos e contará com quinze alegorias confeccionadas pelas comunidades e também pelo artista plástico André Gnatta. Serão dois desfiles: neste domingo, dia 17, às 15h30min; e no dia 24, às 10h.
O primeiro bloco irá retratar os primeiros tempos em Nova Pádua, pois tudo o que foi vivido é fruto de uma grande evolução, homenageando quem fez e quem dará continuidade à história do município. Neste primeiro contato, o público presente irá acompanhar a vinda dos imigrantes italianos ao Brasil com sua coragem, trabalho e fé. Serão cinco alegorias que mostrarão os elos da história, o desbravamento das terras e a sobrevivência dos primeiros tempos, além da família como base de tudo. Neste primeiro momento participam as comunidades dos travessões Curuzu, Bonito, Leonel, Divisa e Paróquia Santo Antônio.
O segundo bloco contará um pouco do convívio social, onde os imigrantes precisavam encontrar alguma alegria para superar as imensas dificuldades das longas e exaustivas jornadas de trabalho. Os momentos de lazer, raros e breves, ocorriam aos domingos em meio à criatividade dos imigrantes. As alegorias foram divididas em brincadeiras de infância, jogos de bodega, a escola de antigamente, o namoro, e o tradicional filó, um dos momentos mais apreciados pelas famílias, vizinhos e amigos. Os responsáveis pelas alegorias são as comunidades dos travessões Acioli, Barra, Bonito, Mützel e Sede.
O terceiro e último bloco vai ressaltar a conquista e o progresso, onde os sonhos, que muitas vezes pareciam distantes, dá lugar a bons resultados com as lutas diárias. Foi possível plantar, colher e comercializar o excedente. Abriram-se estradas, chegou a energia elétrica, a água encanada, os meios de comunicação e o transporte. Aos poucos, a perseverança e a persistência se fez progresso. Aqui as alegorias ressaltarão a produção colonial, uma homenagem aos agricultores; a evolução dos transportes que levavam as mercadorias e as distâncias que deixaram de ser obstáculos e a expansão por todo o território brasileiro; o município de Nova Pádua cheio de encantando trazendo as embaixatrizes da festa; uma homenagem aos municípios vizinhos; e as soberanas, representando a tranquilidade e o povo do Pequeno Paraíso Italiano. Os carros desta etapa são confeccionados pelas comunidades de Santo Isidoro e Cerro Largo, pela Banda Santa Cecília e pela prefeitura.

As alegorias
O artista plástico André Gnatta, que está trabalhando na construção dos carros das soberanas e das embaixatrizes, revela que, para ele, Nova Pádua possui muitas belezas. “Já viemos de um histórico de festas há mais ou menos 20 anos. Já trabalhamos em celebrações de Flores da Cunha, Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Nova Petrópolis e, então, chegamos aqui com uma vasta bagagem para deixar ainda mais bonita a Feprocol”, garante Gnatta.
O resgate histórico e a temática aplicada nos carros também foram estudados por André. “No carro das soberanas, o tecido terroso que envolve a estrutura representa a terra. E tudo que vem em cima do carro são os bons frutos que esta terra produz, inclusive as soberanas. Então, todo o carro tem uma semântica que vem sendo trabalhada para ele ter esse visual”, ressalta o artista.

Já o carro das sete embaixatrizes representará o turismo da região e as belezas naturais de Nova Pádua, com destaque para o Belvedere Sonda, com sua vista para o Rio das Antas. “Os valores turísticos da região são ressaltados. Como de um lado temos toda a riqueza dos frutos no carro das soberanas, no das embaixatrizes temos a própria terra”, revela. Os carros têm estruturas de metal e possuem detalhes em madeira, fibra de vidro, plástico, tecidos, entre outros materiais. Gnatta adianta que, além de admirar os carros, os visitantes podem se preparar para outras sensações durante o desfile.

O corso alegórico

Primeiro bloco: Os primeiros tempos em Nova Pádua
Alegoria 1 – Os elos dessa história
Alegoria 2 – Desbravando as terras da ‘cucagna’
Alegoria 3 – Fé e trabalho, aliados inseparáveis
Alegoria 4 – A sobrevivência dos primeiros tempos
Alegoria 5 – Família, base de tudo

Segundo bloco: Convívio social
Alegoria 6 – Brincadeiras de infância
Alegoria 7 – Jogos de bodega
Alegoria 8 – Escola de antigamente
Alegoria 9 – Namoro
Alegoria 10 – Filó

Terceiro bloco: Conquista do progresso
Alegoria 11 – Produção colonial, uma homenagem aos agricultores
Alegoria 12 – Transportando o progresso
Alegoria 13 – Nova Pádua, Bela Pádua, cheia de encantos mil
Alegoria 14 – Carros alegóricos de outros municípios
Alegoria 15 – Soberanas

Os carros onde as soberanas e as embaixatrizes vão desfilar estão sendo confeccionados pelo artista plástico André Gnatta. - Gabriela Fiorio
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