Nova Pádua

Acordo para coligação deve ser definido no dia 30

PSDB, PP e MDB devem definir na próxima semana seu rumo

A galeria de ex-prefeitos de Nova Pádua apresenta seis fotos de apenas três ocupantes do cargo: Dorvalino Pan, Ivo João Sonda e Itamar Bernardi. Todos eles administraram o município por duas vezes, sendo que Pan e Sonda intercalaram mandatos, enquanto Itamar Bernardi, o Kiko, foi reeleito. Isto pode ser uma tendência? Prestes a completar o sétimo mandado da história do município, o atual prefeito Ronaldo Boniatti, que também é o coordenador da coligação que ora administra o município, tem a missão de definir com o grupo de partidos que integram a coligação se ela continuará existindo, quem deve integrar e quem seriam os candidatos a prefeito e vice de Nova Pádua. Em relação à eleição passada, há um componente novo: o PDT já definiu que está em condições de ter candidato próprio.

Nos moldes do que foi definido há quatro anos, se for mantida a coligação formada pelo PP, MDB e PSDB, o candidato a prefeito seria indicado pelo PP e o vice pelo MDB. Mas há especulações de que este acordo possa ser quebrado. Extra oficial, todos os partidos dispõem de nomes para integrar uma chapa majoritária, embora apenas o PP já tenha apresentado o nome do atual vice-prefeito Gelson Sonda, para liderar a chapa majoritária da coligação.

Impedidos de realizar reuniões maiores para evitar aglomerações, os contatos vão sendo feitos por telefones ou pequenos encontros. Há também a alteração do calendário eleitoral, aprovado em primeiro turno pelo Senado, que adia as eleições de 4 de outubro para 15 de novembro. Tudo isso faz com que os partidos retardem ao máximo a definição de nomes.

Uma reunião entre os partidos PSDB, PP e MDB que integram a coligação que administra o município está marcada para a próxima terça-feira, dia 30. Ildo Stangherlin, presidente do PP, disse que seu partido já definiu “pela continuidade do acordo, pois deu certo e mostrou que é bom para o município”. Para ele, falta agora o MDB apresentar o nome para vice. “Esperamos que aconteça na próxima reunião”, manifesta o presidente do Progressistas, que enfatiza que a coligação representa “a força e união do município”.

Leo Sonda, presidente do MDB e atual vice-presidente do Legislativo, manifesta que em função da pandemia estão com dificuldades de reunir o partido, filiados e diretório para conversar, e que a definição do partido sobre a coligação será tomada pelo diretório. Ele diz que o partido “tem vários nomes para compor a chapa”, mas prefere não divulgar, e acrescenta “que o partido vai decidir por aquilo que acredita ser melhor para Nova Pádua”. Ele finaliza dizendo que o “clima é tranquilo, não há divergência” e que as dificuldades estão em poder se reunir e tomar as definições.

O presidente do PSDB e vereador Silvino Maróstica afirma que seu partido “está seguindo o acordo”. Ele lembra que os progressistas já apresentaram o nome para compor a chapa e agora “está na mão do MDB”. Se isto não acontecer, Maróstica diz que “então, tudo pode acontecer”, não descartando a possibilidade de novas configurações de acordo ou até mesmo a busca pela reeleição do atual prefeito. Ele também afirma que o PSDB e o Republicanos, presidido por Pedro Quintanilha, estão juntos. 

PDT deve ter candidato 
O PDT, que não apresentou candidato na eleição passada, também foi convidado a participar do acordo, mas respondeu negativamente. Franciele Pan, presidente dos trabalhistas, disse que “as regras já estavam postas e que, se aceitássemos, tínhamos que aceitar o que estava já definido”. Ela afirma que as definições em seu partido, até o momento, são de que “o PDT tem condições de apresentar nomes para concorrer à prefeitura de Nova Pádua”. Ela lembra que “o prazo para definições de nomes e realização das convenções partidárias encerra em 5 de agosto”, se não houver adiamento, por conta do novo calendário eleitoral que está em discussão no Congresso Nacional.

Franciele Pan também não descarta a possibilidade de o partido participar de outra coligação. “Mas tem que ser discutido internamente”, diz a presidente do PDT, e, por isso, preferem aguardar para ver os desdobramentos do atual acordo de coligação que administra o munícipio. Para ela, a atual administração “tem pontos positivos e negativo”, sem querer entrar em detalhes. 

Republicanos diz ser o fiel da balança
Mantendo pouco mais de 110 votos nas duas últimas eleições, para vereador em 2016 e deputado federal em 2018, o presidente do Republicanos, Pedro Quintanilha, diz que o partido quer incluir “suas propostas e ideias na construção do Plano de Trabalho para o próximo mandato”. Ele entende que deve haver continuidade “dos bons trabalhos desenvolvidos em saúde, turismo, educação e agricultura dos últimos sete anos”, do qual seu partido também participou. 
Mesmo não sendo integrante do acordo, o Republicanos integra o atual governo pela cota do PSDB, estando alinhado ao atual prefeito. Ele afirma ainda que o partido tem compromisso com a atual administração até o final deste ano e, seu partido, não terá candidato e aguarda a reunião do próximo dia 30. A partir desta definição “o Republicanos tomará seu caminho”. Para Quintanilha, “os votos do Republicanos serão decisivos em Nova Pádua”. 

Adiamento das eleições 
O prefeito de Nova Pádua, Ronaldo Boniatti, que também é tesoureiro da Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne), defende que os atuais mandatos possam ser prorrogados por um ano. Inclusive para governadores, deputados estaduais e federais, senadores e presidente da República, não apenas dos atuais vereadores e prefeitos. Se isto não for possível, ele defende que as eleições sejam realizadas em março de 2021. Até lá, temos mais chance de os efeitos da pandemia terem diminuído. Para ele, em mais de 80% dos municípios brasileiros, a forma de fazer campanha é através do contato pessoal com os eleitores. “No contexto atual, não há como fazer campanha. No interior a internet é ruim, dificultado a comunicação” finaliza Boniatti.

Especulações em torno de candidatos
O único nome que já está posto, na condição de pré-candidato, é o de Gelson Sonda, pelo Progressistas, que lideraria a chapa da atual coligação, se a mesma for mantida. Nos bastidores, especula-se que o ex-prefeito Kiko Bernardi (MDB) possa colocar-se à disposição para concorrer. Ele foi o articulador da coligação e agora, poderia ser o ponto de discordância da continuidade da mesma. Talvez ele entenda que esta escolha deve ser feita pelos eleitores, que teriam a sua disposição dois ou mais candidatos. Ainda no MDB, outro nome poderia ser o do presidente Leo Sonda, para ser indicado na chapa da coligação. Enquanto isto, há quem diga que Ronaldo Boniatti gostaria de continuar o trabalho que está realizando. Ele, por sua vez, alega que tem compromissos particulares e empresariais para cuidar, onde sua ausência é sentida. 
 

 - Arquivo OF
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