Nova Pádua

À espera de uma definição

Comunidade escolar debate a respeito do possível retorno às aulas presenciais

Enquanto a pandemia de Covid-19 continua impondo uma série de restrições à circulação, a comunidade escolar empenha-se em debater a respeito do possível retorno às aulas presenciais. Uma discussão que tem gerado debates e controvérsias entre os que defendem o retorno das atividades e os que acreditam que o ensino online deve ser mantido até  o número de novos casos da doença não começar a cair. 
O governo estadual chegou a apresentar um calendário prevendo o retorno gradual das atividades presencias a partir da última segunda-feira, dia 31, mas a sugestão foi retirada devido ao impasse criado em torno do tema. Uma nova proposta foi apresentada, e o novo cronograma recomenda a volta às aulas a partir do dia 8 de setembro.
Na opinião das diretoras das duas escolas paduenses, ainda é cedo para se falar em ensino presencial. “Na educação infantil, os protocolos sanitários são fundamentais, pois precisamos pensar na saúde de todos, crianças, professores e funcionários. Com as crianças pequenas, todos esses cuidados requerem muito mais atenção por parte dos adultos. Queremos, sim, a reabertura da escola, pois para as crianças, nesta faixa etária, a interação com o professor é fundamental, mas queremos que isso aconteça quando for seguro para todos. Nesse momento, a saúde de todos é mais importante”, argumenta Marisangela Beazuti Triaca, diretora da Escola de Educação Infantil Professores Bôrtolo Bigarella e Idalino Vailatti.
O mesmo sentimento é compartilhado pela diretora da Escola Estadual de Ensino Médio Luiz Gelain, Lenita Sonda. “Vejo que todos os protocolos de segurança são eficazes. Como ponto principal está a preocupação em controlar a circulação do vírus, em virtude de não termos recursos humanos para suprir todas as demandas necessárias para esse controle. A nossa escola ainda está com falta de professor e também não temos o quadro completo de funcionários. É uma situação difícil pensar na volta às aulas presenciais diante desse cenário”.


De acordo com o secretário interino de Educação, Cultura, Turismo, Esporte e Lazer, Pedro Quintanilha, o município solicitou às escolas que fizessem uma consulta para verificar se os pais levariam seus os filhos às instituições, por ocasião da reabertura. O levantamento, segundo ele, apontou que aproximadamente 70% são favoráveis ao retorno. “Até nos surpreendeu”, afirma Quintanilha.
O secretário interino explica que um comitê interno, formado por representantes das secretarias da Saúde e Educação, além das direções das escolas, tem se reunido para discutir os protocolos necessários para o retorno dos alunos às salas de aula. “Para nós (município) não teria problema a questão de equipamentos de segurança. A maior dificuldade seria a questão do transporte escolar, mas os pais levariam as crianças, então não seria um problema. Mas, vamos aguardar um posicionamento do Governo do Estado”, argumenta Quintanilha.

Diretora Mariangela Triaca destaca a segurança na volta às aulas.  - Diego Adami
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