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Yangos, brasilidade do Sul

Quarteto instrumental caxiense é uma das doze atrações brasileiras a tocar na programação cultural da Copa do Mundo da Rússia

Profissionalismo e música de qualidade. Esses são os ingredientes base para a receita de sucesso do Yangos, que no último ano se destacou pela indicação ao Grammy Latino na categoria Música de Raízes Brasileira e agora está entre as selecionadíssimas doze atrações que irão representar o Brasil na Copa do Mundo da Rússia.

Há 13 anos, César Casara (piano), Cristiano Klein (percussão), Rafael Scopel (acordeon) e Tomás Savaris (violão) apostam na universalidade da música instrumental para disseminar os sons do Sul. Além das definições como músicos, cada um também assume funções no negócio. “Enquanto um cuida da parte de divulgação outro se preocupa com as questões burocráticas, outro nas vendas e contatos e outro nos projetos musicais. Somos uma empresa e por isso existe uma autogestão feita pessoalmente, o que nos permite participar ativamente de todos os processos”, conta Cristiano, frisando que além do trabalho em palco eles desprendem também dedicação incondicional ao negócio. 

Mesmo o início da história da banda ter sido despretensioso, com o tempo os músicos passaram a objetivar voos altos e provam que com responsabilidade e qualidade não existem limites. “Queremos ser a referência máxima da música do Sul do Brasil, e estamos começando a assim ser reconhecidos”, enfatiza Rafael. O quarteto é notório por difundir a música regional gaúcha de uma forma contemporânea, inicialmente para as regiões do país e agora para diversas partes do mundo. 

As parcerias do Yangos, entre os cinco trabalhos já lançados, são de nomes como Lúcio Yanel e Dante Ramon Ledesma, reconhecidos internacionalmente. O último álbum, recém-lançado, está em circulação e denomina-se Brasil Sim Senhor, contando com o selo Natura Musical. Para quem escuta, é um som que traz identidade e uma espécie de brasilidade do Sul. 

O céu não é o limite
A base do Yangos é em Caxias do Sul. Aqui estão, além das suas famílias, também o estúdio onde são realizadas as – em média – seis horas semanais de ensaio, e também a produção musical e negócios em geral. “A maior motivação é o time que se criou, um ajuda o outro no trabalho e na vida. Não nos apresentamos individualmente em palco, por que ali somos todos Yangos”, define Tomás.

Neste mês eles embarcam para Portugal e seguem para a Rússia, onde integram a programação cultural da Copa do Mundo 2018. “Ainda não temos a agenda dos shows da Copa definidos, mas serão diversos shows e participações”, adianta Rafael. Muito atenciosos, os artistas entregam através dos olhos a ansiedade de quem sabe os grandes passos que estão prestes a dar, mas também a tranquilidade que a maturidade de um trabalho projetado lhes confere. 

E quando a pergunta é se o quarteto já imaginava ganhar tamanha proporção eles são enfáticos em responder que sim, pois todo o trabalho foi direcionado e pretendem ir sempre além. “Costumamos brincar que queremos ser os primeiros a tocar música instrumental na lua. Miramos longe mesmo, os medos existem, mas é preciso ousadia pra chegar onde se quer, acreditando no que se faz”, finaliza César. 

Os álbuns do Yangos estão disponíveis nas plataformas streaming Spotify e SoundClound e no YouTube no canal oficial Yangos.

Grupo é formado por Tomás Savaris, César Casara, Cristiano Klein e Rafael Scopel. - Natalia Biazus/Divulgação
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