Geral

Flores da Cunha fez história na Avaliação Nacional dos Vinhos – Safra 2020. Quatro vinícolas florenses tiveram seus vinhos entre os 16 mais representativos daquela conhecida como “a safra das safras”: Casa Venturini, Família Bebber, Hortência e a Cooperativa Nova Aliança. Além delas, também fizeram presença entre os 30% mais representativos as vinícolas Angelo Luvison e Salvattore e a Fante Indústria de Bebidas.
A tradicional Avaliação Nacional dos Vinhos, que ocorre desde 1993, foi realizada em formato online no último dia 7 de novembro. Foram mais de 11,2 mil garrafas enviadas para 700 apreciadores no Brasil, Uruguai e Chile. Cada um deles pôde degustar as 16 amostras em sua própria casa, enquanto assistia à transmissão com os comentários e descrições feitas pelos enólogos participantes do evento, organizado pela Associação Brasileira de Enologia.
Na categoria Branco Fino Seco não aromático, a Cooperativa Agroindustrial Nova Aliança teve seu vinho Chardonnay reconhecido.

“Sempre estivemos na lista dos 30% mais representativos com o Chardonnay e agora conseguimos atingir o topo. Reflexo de um trabalho comprometido com a qualidade e que representa o esforço de nossos associados e funcionários”, destaca o presidente da Cooperativa, Alceu Dalle Molle.
A bebida foi descrita como um vinho límpido, brilhante, amarelo palha intenso com tons dourados. Aroma intenso, complexo e elegante, aparecem frutas brancas maduras como abacaxi, banana, maçã, pêssego, frutas secas, damasco, notas de baunilha, chocolate branco, coco, tostado, café, carvalho, madeira de boa qualidade. Apresenta bom volume de boca, untuoso, com ataque doce, equilibrado e boa acidez, notas de abacaxi, pêssego, mel, baunilha, carvalho, madeira muito bem casada, completo, retrogosto com notas de frutas maduras e longa persistência. 
Entre os vinhos Brancos Finos Secos aromáticos, o premiado foi o Moscato Giallo, da Hortência Vinhos e Espumantes.

“Ter um produto reconhecido entre os 16 em uma Avaliação Nacional de Vinhos, com uma safra histórica, é motivo de muito orgulho e vem para coroar um trabalho que é feito por todo o nosso grupo, desde a lavoura”, diz o diretor da empresa, Moisés Giacomin.
A descrição sensorial apresenta um produto de visual límpido e brilhante, amarelo palha claro com reflexos esverdeados. Aroma intenso, fino, cítrico, frutado com notas de pêssego, mamão, papaia, graviola, intensas notas florais como jasmim, rosas, flor de laranjeira, lavanda, notas de batata doce, mel, também notas vegetais, alecrim e erva cidreira. Na boca, é intenso, refrescante, elegante, agradável e equilibrado, entrada doce, repete as notas aromáticas como pêssego, batata doce e ervas. Notas nítidas de moscatéis, com boa acidez, corpo médio, bom volume, final de boca frutado e prolongado, persistência excelente.
A Família Bebber também marcou presença entre os melhores vinhos, na categoria Tinto Fino Seco, representada pelo seu Tannat.

“Ficamos muito honrados com esse resultado, visto que é o terceiro ano que a gente coloca um Tannat entre os 16 vinhos mais representativos. A safra 2020 é histórica e isso torna ainda mais gratificante esse reconhecimento”, comenta o sócio-diretor Felipe Bebber.
O vinho premiado é descrito como de visual brilhante, intenso e profundo, tonalidade vermelho rubi vivo, com reflexos violáceos. No nariz, é fino, de boa qualidade e intensidade média, com notas de geleia, frutas vermelhas e pretas (cereja, framboesa, amora, ameixa vermelha e preta, e mirtilo), também baunilha, chocolate, café e especiarias, toque de tostado e eucalipto. Em boca, é equilibrado, intenso e elegante, ataque doce inicial, acidez correta, boa estrutura e volume de boca, untuoso, com notas de especiarias e madeira bem equilibrada, taninos presentes, macios e agradáveis, boa persistência.  
Outra das vinícolas florenses premiadas, a Casa Venturini, esteve entre as melhores na categoria Tinto Fino Seco, com seu Tinto de Corte, composto pelas variedades Tannat, Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc, que será lançado comercialmente em 2022. “Recebemos com muita alegria e satisfação pelo reconhecimento do trabalho sério que viemos fazendo ao longo de muitos anos, o que incentiva a gente a melhorar cada vez mais”, afirma o enólogo e diretor, José Virgílio Venturini.
O comentarista do vinho Tinto de Corte na Avaliação Nacional dos Vinhos foi o narrador Galvão Bueno. A bebida foi descrita por um visual bastante intenso, coloração vermelho violáceo. No nariz é complexo e agradável, com notas de frutas vermelhas e negras (amora, groselha, morango, ameixa preta, mirtilo), compota, geleia e licor de cassis, especiarias, baunilha, cacau, café, tabaco, com barrica bem integrada, notas de mentol e eucalipto. Na boca, é intenso, equilibrado e elegante, acidez presente e estrutura média, taninos ‘doces’ e marcantes, corpo intenso e excelente volume de boca, com madeira adequada e longa persistência. 
Entre os 30% mais representativos, a Casa Venturini teve seis produtos. As outras empresas florenses reconhecidas nesse grupo foram a Família Bebber, com cinco vinhos, a Hortência, com quatro e a Cooperativa Nova Aliança, com três. As vinícolas Angelo Luvison e Salvattore e a Fante Indústrias e Bebidas entraram na lista com um produto cada.

Vinhos florenses entre os 30% mais representativos

Casa Venturini Vinhos e Espumantes
Chardonnay (Tanques 60 e 62)
Chardonnay (Tanques 65 e 66)
Chardonnay (Tanques 67 e 57)
Chardonnay (Tanques 69 e 55)
Tannat/Cabernet Sauvignon/Cabernet Franc *
Tannat

Cooperativa Agroindustrial Nova Aliança 
Chardonnay *
Tannat (Tanque 14)
Tannat (Tanque 71) 

Família Bebber
Cabernet Franc
Malbec
Tannat (Tanque 10) *
Tannat (Tanque 19)
Teroldego

Fante Indústria de Bebidas
Merlot

Hortência Vinhos e Espumantes
Cabernet Sauvignon
Moscato Branco
Moscato Giallo (Tanque 6) *
Moscato Giallo (Tanque 34)

Vinícola Angelo Luvison 
Merlot

Vinícola Salvattore
Cabernet Sauvignon

* Vinhos escolhidos entre os 16 mais representativos