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Verba de fundo municipal é pleiteada para escola técnica

Centro Empresarial encaminhou pedido à administração municipal para que montante superior a R$ 1 milhão, vinculado ao Conselho de Turismo, Indústria, Comércio e Serviços de Flores, seja destinado para a construção de uma unidade do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Caso será avaliado pela prefeitura

A destinação dos recursos do Fundo Municipal da Indústria, Comércio e Serviços foi pauta de um encontro entre representantes dos setores empresarial e comercial com o prefeito Ernani Herberle (PDT). O presidente do Centro Empresarial (CE), Vanderlei Dondé; o vice-presidente de Comércio, Tiago Paviani; o diretor-executivo César Conz; e o assessor jurídico da entidade, Vitor Hugo Zenatto, entregaram ao chefe do Executivo florense no dia 25 de outubro um ofício solicitando que o valor do fundo, superior a R$ 1 milhão, seja investido em benefício dos setores que o compõe.

ugestão passada ao prefeito foi a de que seja construída uma escola técnica profissionalizante, com base na necessidade de mão de obra qualificada nas empresas do município. “O real objetivo desse fundo era contemplar os setores da indústria, do comércio e dos serviços da cidade, visto que os recursos provêm da venda de duas áreas que seriam destinadas a um loteamento industrial. Fizemos uma pesquisa entre os empresários da cidade e concluímos que existe, sim, a necessidade da construção dessa escola”, evidencia Dondé.

O presidente do CE afirma que o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) de Caxias do Sul já foi contatado e teria manifestado interesse em firmar uma parceria com o município. Portanto, a sugestão é que o dinheiro seja investido na construção do espaço físico para a instalação da escola. Ao Senai competiria a gestão e a implementação do corpo docente e ao CE a elaboração de um projeto de mobilização do setor empresarial para incentivar a participação nos cursos, garantindo que a estrutura não fique ociosa. “Na semana passada o Centro Empresarial realizou o Seminário de Empregabilidade, que reuniu quase 300 jovens interessados em uma qualificação profissional. Com isso, percebemos que existe uma demanda para viabilizar a construção. A ideia é que não somente os jovens possam usufruir da escola, mas todas as pessoas que quiserem se qualificar, com cursos de pedreiro ou marceneiro, por exemplo”, aponta o líder empresarial.

Sobre o Fundo
O Fundo Municipal da Indústria, Comércio e Serviços é gerido por um conselho composto por seis pessoas: uma representante do Centro Empresarial, uma da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e quatro da administração municipal. Conforme a presidente do Conselho, a empresária Eroni Mazzocchi Koppe, a expectativa é que o parecer da prefeitura seja favorável à proposta, visto que a construção de uma escola técnica profissionalizante é um anseio antigo da comunidade florense. “Não recebemos uma resposta do prefeito sobre o assunto, mas esperamos que esse dinheiro não seja utilizado para outras coisas. Se vier para o Conselho, teríamos que colocar em votação dos seis conselheiros. Como presidente, vou respeitar a vontade dos conselheiros, mas pessoalmente considero que a destinação da verba deve respeitar a vontade da sociedade, do CE e dos empresários”, afirma Eroni.

A presidente da Câmara de Diligentes Lojistas, Sandra Camargo de Lima, afirma que a CDL é totalmente favorável a destinação do Fundo para a construção da escola profissionalizante. “Hoje a maior reclamação de todos que têm empresa ou comércio é a falta de mão de obra qualificada. Atualmente o comércio está com uma demanda grande e estamos tendo dificuldade de encontrar pessoas preparadas para ocupar essas vagas. Além disso, a escola abrangerá os municípios vizinhos”, pontua Sandra.

Em visita a Brasília, onde esteve acompanhado do prefeito eleito Lídio Scortegagna (PMDB), Ernani Heberle conversou com o jornal O Florense e comentou sobre a destinação dos recursos do Fundo para a construção da escola profissionalizante. Segundo ele, essa pauta está em discussão há bastante tempo, mas que ainda não há uma posição definida do poder público. Contudo, afirma que pretende encaminhar a questão até o encerramento do seu mandato. “Temos que sentar com os representantes do setor e, inclusive, com a próxima administração para discutirmos sobre qual será o melhor destino desse dinheiro. Não vamos tomar nenhuma atitude que caracterize desvio de finalidade. Pretendemos ouvir as entidades e o Conselho antes de tomar qualquer decisão”, afirma.

Com relação à compra da área para a construção de um loteamento industrial, destino inicial da verba existente no Fundo, Heberle afirma que a hipótese foi descartada devido a questões burocráticas que inviabilizaram o negócio. “Atualmente a iniciativa privada está investindo na construção de um loteamento industrial em Flores da Cunha. Acreditamos que esse empreendimento vai suprir as carências existentes. Também existe outro projeto de um investidor privado para a implantação de um condomínio industrial”, sinaliza o prefeito.

Verba poderia ser usada em São Cristóvão
A prefeitura de Flores da Cunha chegou a avaliar uma ação urgente na galeria do Arroio Curuzu, que atravessa São Cristóvão e a Avenida 25 de Julho, no Acesso Sul do município. Após a enxurrada que derrubou parte da galeria na Rua Luiz Zanandréa, a qual permanece interditada desde o início do ano. No final de agosto o vereador Moacir Ascari (PMDB), o Fera, disse na Câmara que fez uma indicação à prefeitura para a utilização do Fundo Municipal do Turismo, Indústria, Comércio e Serviços para obras no Curuzu e na Avenida – considerado o principal acesso do município com a ERS-122. Não há verbas específicas nesta administração para solucionar a interdição da via em São Cristóvão.



Documento foi entregue por Dondé (E) ao prefeito Heberle (D). - Divulgação
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