Uso de agrotóxicos é inadequado nas lavouras do país
Pesquisa realizada pela Anvisa constata alto índice de aplicação de produtos em alimentos. Produtores de Flores e Nova Pádua contam com orientações quanto ao uso consciente dos produtos
O pimentão, o morango e o pepino lideram o ranking dos alimentos com o maior número de amostras contaminadas por agrotóxico em 2010. É o que apontam dados do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos de Alimentos (Para) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgados no início de dezembro. Mais de 90% das amostras de pimentão analisadas pelo projeto apresentaram problemas. Em Flores da Cunha, desconsiderando a uva, não existe produção de hortaliças ou frutas sem agrotóxico.
O secretário da Agricultura de Flores, Jair Carlin, esclarece que no município são realizadas palestras e encontros para passar orientações aos produtores quanto ao uso indevido de agrotóxicos. Uma fiscalização efetiva não existe por isso órgãos públicos apostam na orientação e conscientização dos agricultores. “Promovemos essas palestras que tratam do controle de doenças e seus tratamentos. O problema fica ainda maior quando alguns produtores misturam vários tipos de produtos ou acabam não observando o tempo de carência, assim, o agrotóxico fica ainda mais retido no alimento”, explica Carlin.
De acordo com o secretário, o uso demasiado muitas vezes é por consequência do medo de perder a produção da safra. “Os produtores têm o receio de ter perda na safra, mas é importante que procurem por produtos menos agressivos, cuidem da carência e das misturas de produtos”, complementa. Os riscos do uso de agrotóxicos podem ser reduzidos se o produtor utilizar equipamentos de proteção, observar rótulos e o receituário agronômico fornecido no momento da compra.
O chefe do escritório da Emater de Flores da Cunha, Valdir Franceschet, destaca que o órgão presta orientações aos agricultores quanto ao uso de agrotóxicos. Dados como o tempo de carência, produtos menos agressivos à saúde e ao meio ambiente, agrotóxicos regularizados e mistura de produtos são abordados em palestras e visitas realizadas pela Emater. “A grande maioria dos produtores utiliza agrotóxicos, como herbicidas e fungicidas. Procuramos repassar uma gama de informações e orientações para que seja feito um controle”, explica.
Sem orgânicos
Segundo o secretário Jair Carlin, a cultura dos produtos sem agrotóxicos ainda não está presente no município. Na produção de uvas, apenas cinco produtores investiram na modalidade. Nas hortaliças e outras frutas, nenhum produtor conta com o sistema que aboliu os agrotóxicos. “Estamos orientando e tentando buscar o agricultor, assim como municípios da região, mas os produtores estão bem descrentes da cultura”, lamenta Carlin. A agricultura orgânica está cada vez mais ganhando espaço na mesa dos brasileiros. A busca por um dia a dia mais saudável é um dos principais fatores desse aumento.
Orientação também em Nova Pádua
No município paduense a Emater busca na orientação com os agricultores a diminuição do uso de agrotóxicos. O técnico agrícola da Emater de Nova Pádua, Leonildo Sperotto, aponta que a situação não é diferente da de Flores. “Nossos produtores sofrem um bombardeio de vendedores de produtos químicos. Buscamos, nas visitas em propriedades, tentar diminuir o máximo o uso de agrotóxicos”, conta.
O técnico destaca ainda que em função da seca em que o município vem passando, a quantidade de produtos químicos deve diminuir. “Como não temos umidade, as doenças custam a se instalar, por isso teremos a diminuição de uma média de 50% dos agrotóxicos”, garante. Nova Pádua conta com um grupo de 10 produtores que aderiram à produção agroecológica. As culturas são de cebola, alho, uva e ameixa.
Amostras irregulares
Alguns dos resíduos encontrados pela Anvisa nas amostras são de produtos que estão sendo revistos pela entidade ou serão banidos do país, como é o caso do Endossulfan e do Metamidófos, que serão proibidos no Brasil nos próximos dois anos. No caso do morango e do pepino, o percentual de amostras irregulares foi de 63% e 58%, respectivamente. Os dois problemas detectados na análise das amostras foram teores de resíduos de agrotóxicos acima do permitido e o uso de agrotóxicos não autorizados para estas culturas. A alface e a cenoura também apresentaram elevados índices de contaminação – em 55% das amostras de alface foram encontradas irregularidades. Na cenoura, o índice foi de 50%.
O secretário da Agricultura de Flores, Jair Carlin, esclarece que no município são realizadas palestras e encontros para passar orientações aos produtores quanto ao uso indevido de agrotóxicos. Uma fiscalização efetiva não existe por isso órgãos públicos apostam na orientação e conscientização dos agricultores. “Promovemos essas palestras que tratam do controle de doenças e seus tratamentos. O problema fica ainda maior quando alguns produtores misturam vários tipos de produtos ou acabam não observando o tempo de carência, assim, o agrotóxico fica ainda mais retido no alimento”, explica Carlin.
De acordo com o secretário, o uso demasiado muitas vezes é por consequência do medo de perder a produção da safra. “Os produtores têm o receio de ter perda na safra, mas é importante que procurem por produtos menos agressivos, cuidem da carência e das misturas de produtos”, complementa. Os riscos do uso de agrotóxicos podem ser reduzidos se o produtor utilizar equipamentos de proteção, observar rótulos e o receituário agronômico fornecido no momento da compra.
O chefe do escritório da Emater de Flores da Cunha, Valdir Franceschet, destaca que o órgão presta orientações aos agricultores quanto ao uso de agrotóxicos. Dados como o tempo de carência, produtos menos agressivos à saúde e ao meio ambiente, agrotóxicos regularizados e mistura de produtos são abordados em palestras e visitas realizadas pela Emater. “A grande maioria dos produtores utiliza agrotóxicos, como herbicidas e fungicidas. Procuramos repassar uma gama de informações e orientações para que seja feito um controle”, explica.
Sem orgânicos
Segundo o secretário Jair Carlin, a cultura dos produtos sem agrotóxicos ainda não está presente no município. Na produção de uvas, apenas cinco produtores investiram na modalidade. Nas hortaliças e outras frutas, nenhum produtor conta com o sistema que aboliu os agrotóxicos. “Estamos orientando e tentando buscar o agricultor, assim como municípios da região, mas os produtores estão bem descrentes da cultura”, lamenta Carlin. A agricultura orgânica está cada vez mais ganhando espaço na mesa dos brasileiros. A busca por um dia a dia mais saudável é um dos principais fatores desse aumento.
Orientação também em Nova Pádua
No município paduense a Emater busca na orientação com os agricultores a diminuição do uso de agrotóxicos. O técnico agrícola da Emater de Nova Pádua, Leonildo Sperotto, aponta que a situação não é diferente da de Flores. “Nossos produtores sofrem um bombardeio de vendedores de produtos químicos. Buscamos, nas visitas em propriedades, tentar diminuir o máximo o uso de agrotóxicos”, conta.
O técnico destaca ainda que em função da seca em que o município vem passando, a quantidade de produtos químicos deve diminuir. “Como não temos umidade, as doenças custam a se instalar, por isso teremos a diminuição de uma média de 50% dos agrotóxicos”, garante. Nova Pádua conta com um grupo de 10 produtores que aderiram à produção agroecológica. As culturas são de cebola, alho, uva e ameixa.
Amostras irregulares
Alguns dos resíduos encontrados pela Anvisa nas amostras são de produtos que estão sendo revistos pela entidade ou serão banidos do país, como é o caso do Endossulfan e do Metamidófos, que serão proibidos no Brasil nos próximos dois anos. No caso do morango e do pepino, o percentual de amostras irregulares foi de 63% e 58%, respectivamente. Os dois problemas detectados na análise das amostras foram teores de resíduos de agrotóxicos acima do permitido e o uso de agrotóxicos não autorizados para estas culturas. A alface e a cenoura também apresentaram elevados índices de contaminação – em 55% das amostras de alface foram encontradas irregularidades. Na cenoura, o índice foi de 50%.
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