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Uma vitória a cada dia

Marisa Vacari Francescatto ficou 72 dias internada e hoje busca a retomada de uma vida normal pós-Covid-19

Ao lado do marido Irineu Francescatto, Marisa Vacari Francescatto, 72 anos, se recupera dia após dia das sequelas deixadas pela Covid-19. A doença foi diagnosticada no início de julho e, com a piora da situação, Marisa ficou 72 dias internada. “Ela estava retirada lá no interior, na chácara que nós temos, por mais de 60 dias. Provavelmente ela pegou de mim. Também tive resultado positivo para o coronavírus, mas não senti nada. Depois que ela foi hospitalizada, no dia 8 de julho, ela ficou quatro dias aqui em Flores, aí piorou a situação e ela foi para a UTI da Unimed. Lá, ela ficou 68 dias internada. Foram 72 dias de internação, no total, entre Flores e Caxias. E 48 dias de UTI, entubada e sedada”, recorda o marido com água nos olhos. 
Desde setembro em casa, Marisa ainda tem dificuldade, principalmente para andar por causa dos longos dias deitada em uma cama de hospital. “No início eu não senti muita coisa, estava um pouco fraca e com gripe, mas fui no médico e depois não me lembro mais de nada”, conta Marisa. Irineu relembra que quando ela estava internada no Hospital Nossa Senhora de Fátima, ela estava consciente. “Depois que foi sedada ela apagou as memórias mais recentes. Que sorte”, diz ele entre risos. “Eu começo a lembrar a partir do momento que eu fui para o quarto, depois de 50 dias”, diz Marisa. 
Francescatto, que acompanhou de perto o sofrimento da esposa, informa que até certo tempo ela foi entubada pela garganta. Depois foi feita traqueostomia. “Não tenho muitas sequelas. Foi mais a musculatura. Eu emagreci uns 10 kg. E eu não lembro de ter sofrido, fui muito bem cuidada. Não posso dizer que senti dor”. Mas Irineu, emocionado, fala que nos primeiros 30 dias Marisa ficou entre a vida e a morte. “Ela foi uma das primeiras pessoas aqui em Flores com problema grave. Mas, não dá para perder a esperança”, revela Irineu.
Marisa diz que antes da Covid não tinha nenhuma doença grave, apenas pressão alta. “As enfermeiras disseram que não foi muito difícil cuidar de mim, pois como a gente está sempre trabalhando, acaba tendo um pouco de físico para suportar. Às vezes eu sentia que estava cansada de ficar virada para o mesmo lado e eu não conseguia mexer a perna e a mão, não tinha força de pegar e ajeitar. Ficava paralisada. Então, a única sequela foi no caminhar, pois fiquei muito tempo parada”.
Ao lado de Irineu 50 anos completados em abril de 2020, Marisa pretende ainda passar muitos anos junto do marido. “Ele sempre esteve do meu lado e me cuidou. Também quero agradecer a todas as orações que fizeram por mim. Com certeza isso me ajudou muito a sair dessa”, finaliza.

Marisa Vacari Francesacatto e Irineu Francescatto comemoram a vitória da vida pós-Covid-19.  - Gabriela Fiorio
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