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Uma nova ótica sobre o consumo

Projeto que visa estimular a comercialização de produtos locais será realizado na tarde de sábado na Sagu Coletivo, em Flores da Cunha

Conhecer os produtos feitos na nossa cidade, viver com um pouco mais de calma, saber de onde vem e quem produziu aquilo que se compra, será que é coisa do passado, ou seria algo do futuro? Essas perguntas poderão ser respondidas na primeira edição do evento Vilarejo – Economia Circular, que ocorrerá neste sábado, dia 27, das 14h às 17h, na Sagu Coletivo (Rua Anúncio Curra, 2.350), no Centro de Flores da Cunha. A iniciativa é do espaço de coworking e visa fomentar a produção e o consumo de marcas locais, sustentáveis e do bem. “É tanta coisa acontecendo, tudo ao mesmo tempo agora, que às vezes esquecemos de olhar para o lado e ver a quantidade de gente boa fazendo coisas legais, né? Bora tirar um dia para conhecer as iniciativas ao nosso redor”, convida Tuany Areze, uma das idealizadoras.

A ideia é criar uma espécie de vitrine para os pequenos empreendedores, nesta primeira edição foram convidados os expositores, mas a ideia das próximas atividades é abrir para todos que queiram participar. Na programação está música, com a banda caxiense Grandfúria, venda de comida com a Rango Local e Zero Culpa e brechós com a Casulo de Pano e Unidos pelo Bem. Entre as iniciativas convidadas a expor seu trabalho está a Inspira – Arte do Descarte, Heart and Craft, Ares de Mato – Saboaria Natural, Isso é Ócio – Criação da Dona Diála e Viver Zen – Produtos Veganos. Além disso, haverá exposição e oficina de desenho básico com o ilustrador Luan Zucchi. A participação é gratuita. Em caso de chuva o evento pode ser transferido.

Iniciativa

A design de produto Carolina Lopes, 26 anos, trabalhou como projetista de mobiliário mas sempre teve uma queda especial pela moda. Especialista em design de superfície, ela desenvolveu ainda na faculdade estampas e texturas próprias. “Eu era aquela que repaginava as roupas das amigas, e recebia algumas encomendas para fazer estampas pintadas a mão, e foi daí que surgiu a ideia de começar o projeto da marca”, conta ela, que aprendeu a costurar desde nova. A Heart & Craft traz o conceito do handmade, tudo é feito com cuidado e planejado aos mínimos detalhes. “Isso está representado no logo, que é um diamante em forma de coração, simbolizando nosso minucioso processo de produção e a dedicação e carinho depositado nele”, define.

A marca produz camisetas, totebags e necessaires. O desenvolvimento das estampas geralmente começa com desenhos e testes de cor. Só depois segue para a produção, ou seja, o modo como a estampa vai para o tecido. Algumas são carimbos, outras serigrafia, e também há peças feitas com estamparia digital. “Amei a iniciativa do evento. Penso que quanto mais houver oportunidades pra marcas de produção local, mais força vai ter o movimento slow fashion e consequentemente a economia consciente. Estamos em um momento muito bacana, onde há cada vez mais interesse do público em projetos sustentáveis, e isso é bom, não só para os produtores, mas para qualquer um que compra um produto sabendo quem o fez e como foi feito”, enfatiza Carolina, que já participou de iniciativas semelhantes em Santa Maria, onde estudava e residia. “É importante estar presente nessas feiras para que o público conheça de perto os produtos e poder trocar ideias com outros produtores”, coloca (saiba mais em facebook.com/hrtcrft).

 

 

A designer Carolina Lopes é uma das empreendedoras que participará do evento em Flores da Cunha. - Divulgação
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